Categoria: Agenda
Da poltrona para a mesa de voto
Os liberais são uma espécie rara que gosta de debater ideias e acima de tudo criticar a situação, quase sempre deplorável, da coisa pública. Cépticos no que toca à natureza dos partidos políticos e do exercício do poder, são frequentadores habituais da poltrona, lugar privilegiado para discorrer sobre os problemas políticos da nação. A poltrona é confortável e o seu usufruto evita que as mãos fiquem sujas, exceptuando a tinta dos jornais, cada vez mais em desuso. Esta característica é universal de liberais em quase todo o lado. Os anglo-saxónicos chamam-lhes armchair liberals.
Pela primeira vez em Portugal, haverá um partido liberal no boletim de voto. A Iniciativa Liberal. Apesar deste facto, é possível que alguns liberais fiquem nas suas poltronas a dissertar sobre o costume. Cépticismo oblige. Por mim acho que já era hora de sair desse recatado conforto e ir, no mínimo, até à mesa de voto. Se não pelo princípio da coisa, pelo menos pelo esforço meritório do Carlos Guimarães Pinto e do Ricardo Arroja, entre outros, que foram os primeiros a tomar a iniciativa de sair da poltrona.
Orbán: Podia ser Pior
Esta questão do Orbán preocupa-me imenso, pois sou um pessimista e considero que pode sempre ficar pior. Ora imaginem lá que o homem não se dedicava apenas a fechar a Universidade do Soros e apertar uns adversários, mas decidia implementar uma ampla estratégia de censura de modo a condicionar globalmente o debate político?
Imaginem que o Orbán, à semelhança de um certo VP do Parlamento Europeu vinha afirmar que a intenção da UE era afastar determinados partidos do boletim de voto. Equacionem um cenário em que Orbán, ainda que admitindo a falta de provas, empreendia um vigoroso ataque contra um gigante tecnológico estrangeiro alegando interferência externa.
E se ele não se limitasse a correr com os refugiados? E se fosse a casa deles bombardear a malta até à idade da pedra, removendo no processo os líderes de países soberanos e deixando um rastro de morte e miséria? Era capaz de ser bem pior.
E se apostasse em montar um super-estado federal à revelia da população e ignorasse constantemente as decisões desta? Aí teria, claramente, uma grande parte das características de um fascista.
Felizmente a coisa ainda não está tão preta e Orbán ainda não se transformou nisso.
A génese teórica da democracia 21 e um hambúrguer sff

Disseram-me que, formalmente, o D21 ainda não é um partido. Isso não o impediu de se aliar ao Chega nas “europeias”, embora me impeça de me alargar nos comentários. Deduzo que seja contra a ciganada, os parasitas do RSI, as galdérias que abortam à balda e, quem sabe, os portistas. Avaliação: consta que o D21 é feminista.
Cooperação entre bostas
Erdogan oferece todo o seu apoio ao mano Maduro.
Desejos natalícios
Desejo um Santo Natal a todos os leitores e camaradas. E, se não for pedir muito, que 2019 nos traga a todos um bocadinho menos de socialismo.
Espero que estes desejos passem pelo apertado crivo da dona Fernanda Câncio.
A aldrabice é a luz que guia o bloco de esquerda
Segundo o diário digital “DN”, a agremiação também conhecida como bloco de esquerda “avança com (um) código de conduta. No horizonte estão as próximas campanhas eleitorais, em que os bloquistas temem que as notícias falsas assumam relevância no contexto dessas eleições.”
Regressado à realidade, recordei-me de um post no Facebook de um grupo intitulado Algarve Político do deputado bloquista João Vasconcelos – que subiu ao poleiro da casa da democracia por se ter destacado como dinamizador e porta-voz da Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI), na luta contra as portagens nesta via e aprovados todos os orçamentos desta legislatura, continua a bater-se com invulgar heroicidade contra as portagens algarvias e a aprovar todos os orçamentos que as mantêm -, em que escreve sobre os apoios às vítimas dos incêndios que afectaram boa parte do Barlavento algarvio e Odemira:
Orçamento de Estado para 2019: PS votou contra e PSD/CDS abstiveram-se, o que levou ao chumbo da proposta bloquista – uma vergonha! E PS, PSD e CDS ainda dizem que são a favor das populações do Algarve – neste caso as vítimas dos incêndios de Monchique, Silves, Portimão e Odemira! Cada um que retire as suas ilações!
A proposta do Bloco alargava às vítimas dos incêndios de Monchique, Silves, Portimão e Odemira, ocorridos em agosto passado, os mesmos critérios nos apoios concedidos às vítimas dos incêndios que tiveram lugar em junho e outubro de 2017!
Mas PS, PSD e CDS preferiram discriminar as populações do Algarve, vítimas dos incêndios. Ainda por cima, grande parte pessoas idosas e com mais dificuldades.Uma vergonha mesmo.
Ora, uma vez mais, transportado para a realidade, o que na verdade se passou foi que a Proposta 372C do BE Artigo 261-A, foi votada e aprovada às 18 horas do dia 28 de Novembro de 2018 d.C., um dia após o post aldrabão do deputado caviar.
A favor, votaram: be, PSD, PCP e CDS. Contra, votou o PS.
Parece-me muito transparente e com muita margem de progressão o código de conduta para a “campanha nas redes sociais” idealizado pelo agremiação a que pertence o deputado algarvio. Parece-me reposta a superioridade moral, o suposto humanismo do gang da extrema esquerda.
O muro que protegeu o socialismo
Crédito da foto: © Crown copyright. IWM (HU 73009)
Hoje os fásssistas comemoram o fim da edificação do socialismo na saudosa RDA.