Quando, no final de Fevereiro, anunciei que era candidato ao Parlamento Europeu pela Iniciativa Liberal, abracei o desafio da política activa de corpo e alma, com entusiasmo e convicção. Foi o início de uma caminhada que terminaria a 26 de Maio, durante a qual me coloquei à prova, batendo-me pelas ideias nas quais acredito. Tendo sido a minha primeira experiência na política e o primeiro acto eleitoral da Iniciativa Liberal, só posso estar imensamente grato às quase 30.000 pessoas que votaram nas ideias liberais e a todos aqueles que comigo percorreram o caminho das europeias. Bem hajam.
Foi com orgulho e muita satisfação que, pela primeira vez na democracia portuguesa, levámos a palavra liberal a votos, sem quaisquer pruridos, com todas as suas letras e com todo o seu significado. Pela primeira vez, que eu tenha visto em Portugal, pessoas juntaram-se para defender sem hesitações, e à vista de todos, o liberalismo. A votação obtida, com maior expressividade nos concelhos de Lisboa, do Porto e, também, no estrangeiro – as três áreas do País nas quais superámos a fasquia dos 2% -, permitiria encher um estádio da primeira divisão e fazer a festa liberal. É uma imagem que ficará no espírito e que certamente constituirá estímulo para o futuro.
Sempre entendi que a política deve ser vivida com convicção, mas também com independência. Foi assim, como independente, que me candidatei e é assim, como independente, que agora saio de cena. A razão é simples e cristalina: depois de me ter dedicado intensamente à Iniciativa Liberal, é agora minha obrigação regressar à vida privada, reconstituir a vida profissional, e cuidar da minha família que continua a crescer. Faço-o acreditando que valorizei o partido e que contribuí para a sua emergência no panorama político-partidário nacional.
Foi sob o desígnio da “política de futuro sem os políticos do passado” que assumi o compromisso das europeias junto do Carlos Guimarães Pinto, a quem presto homenagem pela liderança e inspiração que tem proporcionado ao partido. O Carlos, um amigo e um companheiro, é o John Galt da política portuguesa. É, pois, minha convicção de que, sob o mesmo desígnio, a Iniciativa Liberal vencerá os próximos desafios, trazendo para a política portuguesa pessoas que, tal como eu, aspiram à mudança. As pessoas são a prioridade da política e são a força da Iniciativa Liberal. Quanto a mim, continuarei na batalha pelas ideias liberais. A forma será diferente, mas a convicção será a mesma.
Com um abraço, do Ricardo Arroja.