Uma aberração

Uma das desvantagens de ter como presidente um idoso hipocondríaco é que coisas que deveriam ser imediatamente repudiadas ganham o estatuto de coisas merecedoras de debate público. A ideia de “adaptar” a constituição para situações de pandemia é inacreditável. Uma aberração. A tentação de permitir mais facilmente a supressão de direitos fundamentais com base no medo é uma grave ameaça à ordem constitucional.

As constituições das diversas democracias liberais são o resultado de centenas de anos de pensamento político, durante os quais houve diversas pandemias e emergências de saúde pública muito piores que a presente. A ideia de que há alguma novidade inédita é falsa e fruto do medo irracional. Nestes momentos espera-se dos chefes de estado que estejam à altura da ocasião. O nosso claramente não está.

9 pensamentos sobre “Uma aberração

  1. Marques Aarão

    SENTINELA ALERTA, ALERTA ESTÁ
    Alguém que mereça crédito nos explique que sentido é que faz considerar agora para alguns dias do final de Dezembro confinamento geral, quando é neste momento que se assiste a um aumento galopante de infetados e mortos.
    Até lá é deixar andar a maleita subir desmesuradamente ao ponto de subir aos postes para apalpar o cu às lâmpadas?
    Está tudo burro ou quê?
    Está dito, dito fica, e não retiro uma virgula.

  2. Ze bedeu

    A forma mais fácil de levar as pessoas a fazerem o que não querem é através do medo. Pânico? Ainda melhor.

    Worldometer >> comparem a mortalidade em Março/Abril com agora, e agora juntem à análise o número de casos de então e de agora.

    Outra coisa, dos casos activos, menos de 0,5% estão em estado grave. Vendo pelo outro lado, alguém que venha a ficar infectado tem 99,5% de probabilidade de ter uma gripe. Nuns mais valente, noutros nem isso.

    Tenho conhecimento directo de pessoas que tiveram o covid, e à parte de alguns sintomas ligeiros, não se passou nada.

    É claro que para alguns é muito grave… alguém tem que estar no lado errado da estatística

  3. Nos tempos de Passos Coelho, manietava-se o governo à vontade da Constituição. Nos tempos de Costa, manieta-se a Constituição à vontade do governo.

    Precisamente João Sousa

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