No Jornal de Notícias de hoje aparece o título da foto. É incrível como os jornais compram esta conversa aldrabona de que os governos criam empregos. Pior: Neste caso os empregos são “criados por Costa”. Que se saiba os únicos empregos criados pelo actual PM, durante toda a sua vida, foram os tachos para os correligionários e para o amigo mega-consultor.
E a adorável ironia de que os empregos são criados por ele e destruídos pelo Covid? É que apesar de tudo, a relação entre as decisões do governo relativas ao confinamento que causaram esta destruição de emprego é mais directa do que a suposta relação entre políticas públicas e a criação de emprego. Mas enfim. É para isto que servem os milhões dos contribuintes que subsidiam os media.
A culpa é do Covid, nunca de quem toma as decisões na sua gestão.
Governo e Costa são ‘doubleplusgood’!
Lá está o Miguel Botelho Moniz a tentar espalhar a sua propaganda.
1º – Caso não saiba, o Estado pode criar emprego. A não ser que ache que médicos, enfermeiros, policias, professores e funcionários públicos não têm empregos. Devem ser todos uns desocupados… Empilhar latas num supermercado? Emprego! Realizar uma cirurgia? Passatempo!
2º – Os responsáveis políticos têm ferramentas ao seu dispor para fomentar a criação ou destruição de emprego no sector privado. Como por exemplo aumentar a procura recorrendo a investimento público directo no primeiro caso ou aplicar austeridade no segundo caso. É daí que os jornais falam em políticos que “criam” ou “destroem” emprego
“E a adorável ironia de que os empregos são criados por ele e destruídos pelo Covid?”
Na altura do Passos Coelho os jornais também referiam que o que tinha destruído aqueles empregos todos tinha sido a crise não o governo de então. Porque não se queixou disso na altura?
“É que apesar de tudo, a relação entre as decisões do governo relativas ao confinamento que causaram esta destruição de emprego é mais directa do que a suposta relação entre políticas públicas e a criação de emprego.”
Olha… Propaganda trumpista. Que surpresa… O que destruiu a economia foi o vírus, não o confinamento. Ao controlar o vírus estamos a melhorar as perspectivas económicas e a fomentar a criação de emprego. Basta olhar para os Estados Unidos. Os estados do “Sun Belt” estão a desconfinar com o vírus ainda à solta. Resultado: apesar dos negócios estarem abertos, as mortes e o nº de casos aumentam significativamente, as pessoas com medo fecham-se em casa e a economia está a ir pelo cano abaixo.
“É para isto que servem os milhões dos contribuintes que subsidiam os media.”
Não foi um subsidio, foi o adiantamento da compra de publicidade institucional. Ou seja, uma despesa que seria sempre efectuada. E abrangeu a comunicação social que era e que continua a ser hostil ao governo. Mas pronto, percebe-se que o Miguel Botelho Moniz prefere a abordagem húngara para a comunicação social…
O Bostas também anda aqui ? “Cheira que fede” …
Eu mantive emprego, tambem sou Costa, paguei do meu bolso mês e meio à empregada, sem trabalar, nem layOff nem linhas de credito, quero mais que o Governo se f….
Os jornais não compraram conversas aldrabonas – os jornais vendem conversas aldrabonas. A Global Media, proprietária do JN, vende as aldrabices por cerca de 1 milhão; a Impresa, proprietária da Sic e do Expresso, vende-as por quase três milhões e meio; etc.
Os RESPONSÁVEIS pela destruição de Portróikal são…
O presidente, o governo e todos os deputados.
Não esquecer que todos eles agiram sem que a MANADA Tuga emitisse um único zurro de contestação, pois rebentar com o país por causa da época de constipações/gripes/pneumonias de 2019/2020 é algo que ficará na triste estória desta república das bananas podres!
Para os que só sabem ver TV!

E termino com a Bonita Foto de Família!

“É incrível como os jornais compram esta conversa aldrabona de que os governos criam empregos.”
Os jornais não compram, os jornais são parte de.
Os jornais só existem para fazer proselitismo da política.
jornalistas=padres
jornais, telejornal=missa
politica=religião
“Na altura do Passos Coelho os jornais também referiam que o que tinha destruído aqueles empregos todos tinha sido a crise não o governo de então.”
A crise, que efectivamente destruiu empregos, foi provocada pela politica despesista do governo anterior, o socialista de José Sócrates.
O governo de Passos Coelho herdou a crise e teve de a gerir e ultrapassar.
A austeridade, que por sinal foi iniciada ainda pelo governo socialista anterior e que foi negociada com a Troika ainda pelo mesmo governo socialista anterior, foi o sintoma principal da própria crise e não a sua causa. Quando há falta de dinheiro e, por isso, se tem mesmo de apertar o cinto, ninguém pretende que a falta de dinheiro se deve ao apertar do cinto !…
A austeridade permitiu corrigir o descalabro das contas públicas e privadas e, deste modo, restabelecer o financiamento normal da economia.
A retoma do financiamento da economia e as reformas de ajustamento durante o governo de Passos Coelho permitiram que, apenas 2 anos depois, logo desde meados de 2013, a economia tivesse invertido a tendência decrescente e começado a criar empregos.
Fernando S
Você não perde uma oportunidade para defender a austeridade. Ou seja, mal pode esperar para justificar o sofrimento dos seus compatriotas às mãos de outros. E tudo apenas para impingir uma politica económica de privatizações e aumento da desigualdade.
O Sócrates era um trafulha, mas não foi o responsável pela crise das dividas soberanas. Essa começou quando as dividas dos países aumentaram com a crise de subprime e quando se instalou uma crise de confiança na capacidade de financiamento de alguns países, as instituições europeias nada fizeram. A partir de aí a historia é conhecida.
Sabe como dá para ver que você está a impingir tretas? Simples, porque a partir de 2012 as dividas dos países intervencionados continuaram a aumentar mas os juros caíram apos o “whatever it takes” de Mário Draghi.
E está previsto o nosso défice e dividas aumentarem significativamente mas os juros da divida nunca estiveram tão baixos. E porquê? BCE e o Plano de Recuperação da U.E. É esta a diferença e assim vai continuar enquanto a Europa assim o quiser.
A austeridade foi e é uma escolha politica. Ao menos assuma as suas opções politicas em vez de vir para aqui tentar limpar o sangue que tem nas mãos na parede.
ATAV
“Não foi um subsidio, foi o adiantamento da compra de publicidade institucional”
Gastos de publicidade institucional:
2016 – 372.447,00€
2017 – 914.806,77€
2018 – 1.322.464,33€
2019 – 3.364.325,43€
2020 – 551.3459,98€ (Janeiro a Maio 2020)
Ou seja os 15.000.000,00€ de publicidade institucional para 2020 representam 40x o valor gasto em 2016 e 4,5x o valor gasto em 2019.
Interessante o valor gasto em 2020, em plena pandemia e com informações importantes para dar à população, os gastos em Fevereiro de 2020 foram 12.275,00€, Março 85.659,99€, Abril 56.418,98€ e Maio 247.236,02€. Analisando os valores de Maio: 181.936,02 foram da secretaria geral da educação e ciência e 59.999,99€ da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Florestais. Ou seja gastos relacionados com a pandemia foram mínimos. Para que serve a publicidade institucional, além de criar empregos para amigos do Costa?
Carlos Guerreiro
História engraçada: o Krugman trabalhou na administração Reagan. Mas como o Reagan fez campanha pela a redução do tamanho do governo, o Krugman não entrou para os quadros da Casa Branca. Foi para um departamento de estado qualquer apesar de trabalhar para a Casa Branca. Moral da história: o estado não é constituído por unidades estanques independentes. Não ficaria nada surpreendido que a elaboração e divulgação da publicidade referente às medidas higiénicas e de confinamento para os cidadãos tivesse ficado a cargo da educação. A saúde diria apenas qual a mensagem a passar e a educação iria pô-la em prática.
Mas mesmo que fosse um subsidio, fica por demonstrar que era para os amigos do Costa. Os principais beneficiários são a Impresa, a Media Capital e a Cofina. O Sol e o Ionline também receberam e estava previsto o Observador e o Eco receberem.
Nenhuma destas empresas de comunicação social são conhecidas por serem favoráveis ao PS. Eu diria que a maioria delas até é hostil…
ATAV,
Se não quer sofrer às mãos de outros, não lhes peça dinheiro emprestado. Se não pedir dinheiro emprestado, não tem de cumprir nada a que se comprometa no futuro. Basta ter contas equilibradas sem truques contabilísticos.
Pode, por exemplo, diminuir a despesa pública. Para não causar austeridade aos contribuintes à força (ou à forca).
Pode também aumentar impostos. Para não causar austeridade aos alapados do Estado.
Por qual das vias segue o Tó Cocosta sob a égide do Marselfie Cuecas de Sousa?
Francisco Miguel Colaço
Só faltava você também vir para aqui justificar moralmente a austeridade.
Tudo se resolve com uma bíblia e um “vai trabalhar ó vadio”… Incluindo os problemas de uma construção politica que alberga economias muito distintas entre si.
Já não há pachorra…
ATAV
“Não ficaria nada surpreendido que a elaboração e divulgação da publicidade referente às medidas higiénicas e de confinamento para os cidadãos tivesse ficado a cargo da educação.”
E não vai ficar mesmo surpreendido, os 181.936,02 gastos pela da secretaria geral da educação e ciência, dizem respeito à campanha “Divulgação Prémio Capital Humano”….
“Mas mesmo que fosse um subsidio, fica por demonstrar que era para os amigos do Costa. Os principais beneficiários são a Impresa, a Media Capital e a Cofina. O Sol e o Ionline também receberam e estava previsto o Observador e o Eco receberem.
Nenhuma destas empresas de comunicação social são conhecidas por serem favoráveis ao PS. Eu diria que a maioria delas até é hostil…”
Impresa e TVI hostis? A TVI até arranjou um meio de os espectadores puderem dar os parabéns ao Costa. Se ele encolher a barriga e vestir um fato de treino, diria que estávamos na Venezuela (também não falta muito).
Carlos Guerreiro
“E não vai ficar mesmo surpreendido, os 181.936,02 gastos pela da secretaria geral da educação e ciência, dizem respeito à campanha “Divulgação Prémio Capital Humano”….”
Duas alternativas:
1º O Governo utilizou o COVID como desculpa para pagar a publicidade de umas coisas (tipo o Prémio Capital Humano) alegando que era para outro fim (medidas higiénicas e de confinamento). Isto é grave. É má utilização de recursos públicos.
2º Os gastos efectuados com publicidade durante o confinamento e pandemia só serão publicados mais tarde. Isso acontece frequentemente com os contratos publicados no BASE. É desleixo, mas não é grave.
E continuo sem estar convencido que os 15 milhões são para amparar os amigos. Não seria mais prático anunciar a medida sem valores especificados e ameaçar telefonicamente os responsáveis dos orgãos de comunicação social? “Ou os senhores põem-se finos ou não pinga nada?” Assim já anunciaram o valor total e quem o vai receber.
A TVI até arranjou um meio de os espectadores puderem dar os parabéns ao Costa.”
Fizeram o mesmo dias antes com Cavaco Silva. E então?
“Se ele encolher a barriga e vestir um fato de treino, diria que estávamos na Venezuela (também não falta muito).”
Venezuela… Tinha que ser. Não há melhor maneira de se perder a credibilidade hoje em dia do que puxar da Venezuela…
ATAV
“Os gastos efectuados com publicidade durante o confinamento e pandemia só serão publicados mais tarde. Isso acontece frequentemente com os contratos publicados no BASE. É desleixo, mas não é grave.”
Não é desleixo, é incumprimento da lei. É grave. Ou posso usar esse argumento para a autoridade tributária se esquecer-me de pagar um imposto/taxa?
Segundo a Lei nº 95/2015 devem ser comunicados à ERC, através do Portal da Publicidade Institucional do Estado, os contratos referentes a publicidade institucional até 15 dias após a sua contratação.
“Venezuela… Tinha que ser. Não há melhor maneira de se perder a credibilidade hoje em dia do que puxar da Venezuela…”
Quem diz isso? Você que inventa argumentos?
Não se esqueça que Cuba e Venezuela são os sonhos da extrema-esquerda que apoia o governo (BE e PCP) e a esquerda do PS que quer por as pernas dos alemães a tremer.
Carlos Guerreiro
“Não é desleixo, é incumprimento da lei. É grave. Ou posso usar esse argumento para a autoridade tributária se esquecer-me de pagar um imposto/taxa?”
Pode. Se tiver bom historial como contribuinte e se for patente que foi um lapso (ex: enganar-se em meia dúzia de euros), o estado pode prescindir do valor da coima.
Já aconteceu comigo. Enganei-me numa declaração de IVA ( mas sem prejuízo para o estado) por causa de uns recibos que passei. Tive que fazer uma declaração de substituição fora de prazo mas o estado prescindiu da coima que estava associada.
O incumprimento da lei tem vários graus de gravidade. Conduzir bêbado e sem carta não é a mesma coisa que atravessar a rua fora da passadeira.
NOTA: Não fique a pensar que, caso haja um atraso na publicação dos contratos da publicidade institucional do estado, eu estou confortável com essa situação ou que quero desvalorizar esse incumprimento. A lei é para ser cumprida.
“Quem diz isso? Você que inventa argumentos?”
Sim digo eu. Quando se está constantemente a referir algo para descrever tudo e um par de botas, esse algo perde todo o significado. E a partir desse momento já ninguém leva a sério. E então? O que acha deste argumento que acabei de inventar?
“Não se esqueça que Cuba e Venezuela são os sonhos da extrema-esquerda que apoia o governo (BE e PCP) e a esquerda do PS que quer por as pernas dos alemães a tremer.”
Alemães? Isso é tão 2011… Agora os maus da fita são os holandeses.
ATAV
Você gosta de baralhar para afastar do essencial.
E o essencial é que o Costa desde 2016 vem aumentando os gastos com a publicidade institucional que passou de 372.447,00€ em 2016 para 3.364.325,43€ em 2019 e em 2020 arranja um bónus de 15.000.000€ (cujos critérios de distribuição não divulga).
Neste ano de pandemia os gastos em Fevereiro de 2020 foram 12.275,00€, Março 85.659,99€, Abril 56.418,98€ e Maio 247.236,02€ (existe um limite de 15 dias para informar a ERC dos valores gastos). Analisando os valores de Maio: 181.936,02 foram da secretaria geral da educação e ciência (campanha “Divulgação Prémio Capital Humano”) e 59.999,99€ da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Florestais. Ou seja gastos relacionados com a pandemia foram mínimos. Para que serve a publicidade institucional, nomeadamente os 15 milhões de euros, além de controlar a comunicação social?
Carlos Guerreiro
“Ou seja gastos relacionados com a pandemia foram mínimos. Para que serve a publicidade institucional, nomeadamente os 15 milhões de euros, além de controlar a comunicação social?”
Vou-lhe dizer o que acho. Acho que a comunicação está em tão mau estado que o governo português arranjou um pretexto para os subsidiar e evitar mais despedimentos no sector sem que a Europa e a DG Comp notassem.
Inventaram que iriam precisar de muito mais publicidade institucional (que vão consumir sendo que a maior parte será a encher chouriços) mas na realidade é um resgate ao sector.
Se fosse um plano para controlar a comunicação social, o governo faria o que outros fizeram antes. O Sócrates tentou acabar com o programa da Manuela Moura Guedes ou encheu-lhe os bolsos? E o Orban? Fechou aquele jornal ou subsidiou-os? A coisa funciona assim: subsidiar os amigos e perseguir os inimigos. Ora bem, a Cofina e a Média Capital não grandes fãs do PS nem deste governo mas são dos maiores beneficiados. Então o Sol ou o Ionline? Também gostam do PS? E o Observador que estava previsto receber mas fez birra quando achava que era muito pouco?
Resumindo: acho que isto é frouxo demais para ser um plano de controlo dos média. E como resgate ao sector acho que é curto…
ATAV
“Resumindo: acho que isto é frouxo demais para ser um plano de controlo dos média. E como resgate ao sector acho que é curto…”
O controlo dos media já o Costa estava fazendo quando os gastos com publicidade institucional passaram de 372.447,00€ em 2016 para 3.364.325,43€ em 2019.
Escreve o governo no preambulo da resolução do conselho de ministros 28-B/2020 de 19 de Maio, onde aprova o subsídio, perdão, os gastos em publicidade institucional: “A presente pandemia aumentou significativamente as necessidades do Estado em fazer campanhas de publicidade institucional, designadamente sobre as medidas higiénicas e de confinamento que os cidadãos tiveram de tomar. Essa necessidade prolongar-se-á durante este ano, não só para as medidas diretas de prevenção da pandemia mas também, e sobretudo, para a retoma da atividade económica e cultural, bem como para endereçar problemas sociais que poderão agudizar-se face à crise económica e sanitária causada pela pandemia da doença COVID -19.
As referidas campanhas de publicidade institucional devem ser feitas maioritariamente através dos órgãos de comunicação social. Com efeito, se já nas circunstâncias normais da vida em sociedade os órgãos de comunicação social desempenham um papel insubstituível, prestando informação, formando e entretendo os cidadãos e escrutinando os poderes públicos, na atual situação de pandemia, o seu papel assume ainda maior relevância, no esclarecimento e prevenção da doença, no combate à desinformação e na oferta de entretenimento e cultura aos cidadãos confinados em casa.”
A mentira começa logo quando diz que a “pandemia aumentou significativamente as necessidades do Estado em fazer campanhas de publicidade institucional”, ora como se verifica até Maio (já com a resolução do conselho de ministros em vigor) os gastos de publicidade institucional do estado foram de 551.3459,98€ (quando a média mensal em 2019 foi de 280.360,00€), sendo em Maio gastos 247.236,02€ (181.936,02 foram da secretaria geral da educação e ciência, campanha “Divulgação Prémio Capital Humano”, e 59.999,99€ da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Florestais. Portanto os gastos com a pandemia até Maio de 2020 foram pouco mais de zero (o estado tem de informar a ERC no prazo de 15 dias dos gastos em publicidade institucional)
Mas depois o governo explica para que serve o subsidio, perdão compra de publicidade institucional, “no combate à desinformação”, mas que desinformação? A que o governo decidir que é desinformação? Isto parece mesmo uma tentativa de controlo dos média…
Carlos Guerreiro
Mas depois o governo explica para que serve o subsidio, perdão compra de publicidade institucional, “no combate à desinformação”, mas que desinformação? A que o governo decidir que é desinformação?
Presumo que considerem desinformação tipo aquela que diz que o vírus responsável pela COVID 19 foi fabricado num laboratório chinês e libertado no mundo a mando do governo chinês ou que a hidroxicloroquina cura esta doença.
“Isto parece mesmo uma tentativa de controlo dos média…”
Então uma tentativa de controlo dos média passa por subsidiar aqueles que dizem mal de nós? Pagar para levar nas orelhas, é isso? Você diz que isto começou em 2016 mas eu não notei que a TVI, a Cofina ou a SIC tenham sido meigos com o governo desde então. Quanto muito até ficaram mais agressivos. Uma maneira de ver isso é pela maneira como as TVs metem aqueles comentadores politicos sem contraditório. Olhe aqui:
https://pt.ejo.ch/top-stories/a-esquerda-no-parlamento-e-a-direita-na-televisao?fbclid=IwAR1Evm2MPGOcXx74L6_GXaqhEuFMLiPd3zMJjWCA0LWPGfsiI9SLHv2Q7t8
Quase tudo de direita. E onde há um maior desequilíbrio contra a área politica do governo? Nos principais beneficiários da compra de publicidade institucional.
Uma tentativa de controlo dos média onde se subsidia os adversários para nos largarem na cabeça… Por amor da santa. Já não há pachorra!
ATAV,
Falemos então de austeridade …
A austeridade não foi uma criação da Troika ou do governo Passos Coelho.
A austeridade foi uma consequência da politica despesista e intervencionista do governo socialista de José Sócrates que levou o pais à quase bancarrota em 2010/2011.
Uma politica que, por sinal, você nunca perde uma oportunidade para defender.
A situação de endividamento excessivo do Estado portugês é anterior à crise dos sub-prime em 2008. É verdade que este endividamento foi ainda agravado pela crise. Mas também é verdade que o pior foi mesmo o Estado português, em vez de fazer o que qualquer bom chefe de familia faz em tempo de crise, gastar menos no que não é essencial, ter feito em 2009 exactamente o contrário (é, por exemplo, o ano dos aumentos extraordinário na função pública e dos investimentos em projectos que não eram imediatamente indispensáveis).
Dito isto sobre as causas, convém ainda lembrar que a austeridade começou em 2010 com o governo de José Sócrates (os famigerados PRECs) quando se tornou evidente o descontrôlo das finanças públicas e que os mercados estavam a subir o custo do financiamento das dividas nacionais. Foi ainda o governo de José Sócrates que, no inicio de 2011, em situação desesperada, chamou a Troika e aceitou condições austeritárias para o pais poder ter uma ajuda financeira imediata que evitasse o colapso financeiro.
O governo Passos Coelho, que assumiu funções a partir de meados de 2011, apenas secundou e aplicou o que tinha sido começado e assumido antes pelo governo de José Sócrates.
Portanto, o principal responsável politico directo pela austeridade e pelo « sofrimento dos seus compatriotas » que dela resultou foi efectivamente o PM do governo socialista de Portugal, José Sócrates.
Não foi a crise das dividas soberanas europeias em 2012 que determinou a crise financeira em Portugal mas mais o inverso. A crise portuguesa tornou-se visivel já em 2010 e intensificou-se em 2011, ainda com o governo de José Sócrates. Na verdade, a crise de confiança na Zona Euro foi uma consequência directa do risco de falência de alguns dos paises europeus, sobretudo do Sul e da periferia, incluindo Portugal. Ou seja, a crise portuguesa não foi uma consequência mas antes precedeu e foi uma das causas da crise na Zona Euro. É verdade que a crise na Zona Euro tornou mais dificil a situação em Portugal mas isso foi já depois da saida do governo socialista de José Sócrates, durante o periodo da Troika e do governo Passos Coelho, obrigando então a um aumento da austeridade.
Não é verdade que as instituições europeias não fizeram nada. Foram mobilizados milhares de milhões de Euros para ajudar os paises em dificuldade, incluindo Portugal. A chamada « Troika » incluia, para além do FMI, duas instituições europeias, a UE e o BCE. Você próprio reconhece que a partir de 2012 o BCE anunciou que iria fazer tudo o que fosse necessário para evitar o colapso dos paises em dificuldade e, portanto, do próprio Euro.
Mas importa lembrar que todas as modalidades de ajuda e apoio da altura, incluindo o acesso aos programas de compra de titulos de divida pelo BCE, tinham como condição que os paises beneficiários em dificuldades fizessem o seu trabalho de casa e aplicassem e cumprissem os programas de austeridade e de reformas estruturais recomendados e acordados. Sim, a austeridade, para além de ser inevitável em qualquer circunstância de descontrôlo das finanças, foi ainda uma condição não negociável dos credores para podermos ser ajudados e para assim podermos recuperar crédito junto dos mercados financeiros.
Nestas circunstâncias, a austeridade foi efectivamente uma escolha politica. Sem uma austeridade imediata não haveria ajuda financeira e o nosso pais entraria numa crise ainda maior que muito provávelmente o forçaria a sair do Euro e levaria certamente a uma austeridade muito maior, a um ainda maior « sofrimento dos seus compatriotas às mãos de … » dos irresponsáveis nacionais que tivessem feito essa outra escolha politica. A austeridade, que pecou sobretudo por chegar atrasada e mal calibrada, principalmente devido às hesitações e às manobras politicas de José Sócrates, foi uma escolha politica acertada, como veio de seguida a ser largamente comprovado pela evolução das finanças públicas e da economia portuguesas nos anos seguintes. Houve um pais que procurou por todos os meios evitar essa austeridade imediata : foi a Grécia. Pagou um elevado preço por essa escolha politica errada e, sem outra saida, acabou depois por ter de se sujeitar a uma austeridade ainda maior, por sinal e irónicamente aplicada por uma força politica que inicialmente se opusera com vehemencia à austeridade. Felizmente Portugal não foi a Grécia.
É verdade que a ajuda financeira da Troika e o « quantitative easing » do BCE foram importantes para que as taxas de juro portuguesas pudessem baixar. Mas também é verdade que elas não teriam baixado se o governo português não tivesse feito internamente o que era suposto fazer. As taxas (em CDS porque na altura Portugal não estava a ir aos mercados) inverteram a tendência ascendente que vinha da governação anterior e começaram a baixar sobretudo porque os mercados começaram a acreditar que Portugal estava a aplicar a sério um programa de austeridade e de reformas de ajustamento da economia. Esta foi e primeira e a principal razão. Aconteceu mesmo antes do BCE ter tomado medidas adicionais para aumentar a liquidez na Zona Euro. De resto, o maior aumento veio a acontecer só em 2015, depois de ter acabado o programa da Troika e de Portugal ter regressado aos mercados financeiros já com taxas de juro bastante mais baixas. A politica do BCE foi importante mas só por si não teria sido suficiente. Sem o trabalho de casa feito pelo governo de Passos Coelho, sem a politica de austeridade e as reformas de ajustamento, as taxas de juro ter-se-iam mantido altas. Dois contra-exemplos. Em primeiro lugar, o da Grécia. Apesar da poltica do BCE, e precisamente por não ter sido feito o trabalho de casa, as taxas de juro gregas mantiveram-se altas ainda durante muito tempo. Segundo exemplo, o de Portugal em 2016, já com o governo socialista da « geringonça » liderado por António Costa. Apesar da politica do BCE ter sido substancialmente reforçada a partir de 2015, as taxas de juro portuguesas recomeçaram a subir no 2° semestre desse mesmo ano logo que os observadores e os mercados perceberam que o governo podia vir a cair nas mãos de um partido politico, o PS, que prometera nos anos anteriores que acabaria com a politica de austeridade e reverteria as reformas feitas pelo governo de Passos Coelho. Esta desconfiança e a subida das taxas de juro acentuaram-se ainda mais em 2016 enquanto o governo socialista não deu sinais de não se querer conformar com as exigências orçamentais da UE. Só depois do governo ter dado o dito por não dito e corrigido substancialmente a politica orçamental é que a confiança voltou aos mercados e as taxas de juro voltaram a descer.
Você diz primeiro que eu não perco uma oportunidade para defender a austeridade e diz depois que eu não a assumo como opção politica. Eu defendo a austeridade como uma politica transitória quando estamos a viver acima das nossas possibilidade e as nossas finanças ficam descontroladas. É efectivamente uma opção politica em circunstâncias de emergência. Mas, ao contrário do que você pretende, não defendo a austeridade pela austeridade, como se fosse um um objectivo politico final, um ponto de chegada. É um absurdo fazer tamanha acusação. Ninguém, digo bem, ninguém, defende a austeridade pela austeridade. A austeridade é apenas uma consequência inevitável das circunstâncias ou dos erros politicos do passado. A austeridade é apenas um meio para se evitar o pior, o colapso, e para se reconstituirem as condições que permitam precisamente sair da austeridade o mais rápidamente possivel mas de forma sustentada e duradoura. Há quem, demagógicamente, nunca defenda e assuma a austeridade, mesmo quando, forçado pelas circunstâncias, a aplica, as mais das vezes até de forma mais drástica e, por conseguinte, com um ainda maior « sofrimento dos seus compatriotas », precisamente por ter estado tempo demais com a cabeça debaixo da areia e a viver na ilusão de que o dinheiro cai do céu !…
Quanto a eu « vir para aqui tentar limpar o sangue que [tenho] nas mãos na parede » … é exactamente isso !!
Fernando S
“A austeridade não foi uma criação da Troika ou do governo Passos Coelho.”
A austeridade foi uma escolha dos nossos parceiros europeus e dos responsáveis do BCE (o cretino do Trichet principalmente). A Troika e os governantes portugueses foram os seus executantes. A diferença é que o Sócrates o fez contrariado e o Passos fê-lo de boa vontade. Só afrouxou quando as eleições se aproximaram e mesmo assim prometeu mais 600 milhões de cortes nas pensões.
“Se o principal partido de hoje [PS] não se importou de apresentar um programa que hoje já está desactualizado o nosso programa está para além daquilo que foi negociado”; “o programa de privatizações está acordado e detalhado pela troika não inclui alguns sectores que o PSD considera também essenciais, não deixaremos de fora os órgãos de comunicação social do Estado”
“A austeridade foi uma consequência da politica despesista e intervencionista do governo socialista de José Sócrates que levou o pais à quase bancarrota em 2010/2011.”
E que despesismo foi esse? Um aumento de 2.9% da função publica e a redução do IVA? Talvez o TGV e o novo aeroporto? Isso dá quanto? Nem a 3% do PIB chegou. O resto do défice foram os estabilizadores automáticos e a queda da economia. Não me parece ter havido despesismo.
“Uma politica que, por sinal, você nunca perde uma oportunidade para defender.”
Eu? Defender a politica do Sócrates? Qual delas? A liberalização do mercado de trabalho? As PPPs? As politicas activas de emprego que consistia em pôr os desempregados a apresentarem-se no Centro de Emprego de 15 em 15 dias como se fossem uns criminosos? Quando é que me viu defender alguma delas? A única politica do Sócrates que eu gostei foi o Simplex. Havia outras com potencial tipo a reabilitação do parque escolar ou o choque tecnológico mas a execução foi tão má que mais valia terem ficado quietos.
“A situação de endividamento excessivo do Estado portugês é anterior à crise dos sub-prime em 2008. É verdade que este endividamento foi ainda agravado pela crise. Mas também é verdade que o pior foi mesmo o Estado português, em vez de fazer o que qualquer bom chefe de familia faz em tempo de crise, gastar menos no que não é essencial, ter feito em 2009 exactamente o contrário.”
A sério??? Tenho mesmo que lhe dizer que um estado não é uma dona de casa? A coisa já chegou a esse nível de ridículo? Bom, mais uma vez então… Um estado, como não é uma dona de casa, deve fazer politica contraciclica. Isso foi uma lição aprendida em 1929, posta em prática em 2009 e novamente em 2020. Quantas mais vezes serão necessárias até entrar nalgumas cabeças?
Frenando S
“Dito isto sobre as causas, convém ainda lembrar que a austeridade começou em 2010 com o governo de José Sócrates (os famigerados PRECs) quando se tornou evidente o descontrôlo das finanças públicas e que os mercados estavam a subir o custo do financiamento das dividas nacionais. Foi ainda o governo de José Sócrates que, no inicio de 2011, em situação desesperada, chamou a Troika e aceitou condições austeritárias para o pais poder ter uma ajuda financeira imediata que evitasse o colapso financeiro.
O governo Passos Coelho, que assumiu funções a partir de meados de 2011, apenas secundou e aplicou o que tinha sido começado e assumido antes pelo governo de José Sócrates.”
Mais uma vez: Não foi uma crise de finanças públicas e despesismo. Foi uma crise de balança de pagamentos. Ou seja do endividamento de toda a economia. Na Grécia como o endividamento externo era da responsabilidade do estado, rebentou aí. Em Espanha e Irlanda foi os bancos que ficaram sem financiamento. Quando foi preciso o estado recapitalizar a banca a crise migrou para o sector público. E a solução para isto não é austeridade à bruta. Era o BCE mexer-se para estabilizar o financiamento desses países e as economias com desiquilibrios desendividarem-se quando a crise financeira mundial passasse.
“Não é verdade que as instituições europeias não fizeram nada. Foram mobilizados milhares de milhões de Euros para ajudar os paises em dificuldade, incluindo Portugal. A chamada « Troika » incluia, para além do FMI, duas instituições europeias, a UE e o BCE. Você próprio reconhece que a partir de 2012 o BCE anunciou que iria fazer tudo o que fosse necessário para evitar o colapso dos paises em dificuldade e, portanto, do próprio Euro.”
Fizeram alguma coisa. Esperaram até o último momento possível e deram uma escolha aos países enrascados: ou um pancadão de austeridade para ficarem ou ainda mais austeridade para sairem do Euro. E só o fizeram porque a zona euro ficou em risco de colapsar . “Estás a passar dificuldades? Não há problema, eu empresto-te dinheiro. Só tens que passar a comer uma refeição por dia, trabalhar 12 horas por dia e não ter fins-de-semana ou ferias durante os próximos 3 anos” Que belos amigos, hem?
E o BCE? Esse lançou o programa OMT apenas em 2012 quando a crise estava a chegar à Itália e o Quantitive Easing foi só em 2015. Nos Estados Unidos o Quantitive Easing foi lançado em 2008. Eu acho que 7 anos fazem diferença.
“Mas importa lembrar que todas as modalidades de ajuda e apoio da altura, incluindo o acesso aos programas de compra de titulos de divida pelo BCE, tinham como condição que os paises beneficiários em dificuldades fizessem o seu trabalho de casa e aplicassem e cumprissem os programas de austeridade e de reformas estruturais recomendados e acordados. Sim, a austeridade, para além de ser inevitável em qualquer circunstância de descontrôlo das finanças, foi ainda uma condição não negociável dos credores para podermos ser ajudados e para assim podermos recuperar crédito junto dos mercados financeiros.”
Você tem a noção que numa linha diz que a austeridade é inevitável e na outra diz que a austeridade foi exigida pelos parceiros europeus? Se os parceiros europeus não exigissem austeridade, ela seria evitável. É aí que eu quero chegar. Foi uma escolha politica.
“A austeridade, que pecou sobretudo por chegar atrasada e mal calibrada, principalmente devido às hesitações e às manobras politicas de José Sócrates, foi uma escolha politica acertada, como veio de seguida a ser largamente comprovado pela evolução das finanças públicas e da economia portuguesas nos anos seguintes.”
“Atrasada e mal calibrada”… Sim, despedir 150 000 funcionários públicos e cortar pensões em logo 2009 seria uma panaceia para a economia portuguesa. Estou mesmo a ver que sim… E quanto à evolução das finanças públicas. Acha mesmo que se a a economia não tivesse contraído 7% as finanças publicas estariam pior? Por amor de deus…
“Mas também é verdade que elas não teriam baixado se o governo português não tivesse feito internamente o que era suposto fazer. As taxas (em CDS porque na altura Portugal não estava a ir aos mercados) inverteram a tendência ascendente que vinha da governação anterior e começaram a baixar sobretudo porque os mercados começaram a acreditar que Portugal estava a aplicar a sério um programa de austeridade e de reformas de ajustamento da economia”
Sim, é isso mesmo. Estou mesmo a visualizar um gestor de um fundo de pensões a ler ferverosamente pela noite fora a lei laboral portuguesa e a decidir comprar divida pública com base nisso…. “ahhh! Já se despede mais facilmente. Temos que comprar 1000 milhões. O quê? Eles também cortaram 4 feriados? Mais 500 milhões”. A única coisa que eles queriam saber era se o resto da Europa se chegava à frente. Nada mais.
“É verdade que a ajuda financeira da Troika e o « quantitative easing » do BCE foram importantes para que as taxas de juro portuguesas pudessem baixar. Mas também é verdade que elas não teriam baixado se o governo português não tivesse feito internamente o que era suposto fazer. As taxas (em CDS porque na altura Portugal não estava a ir aos mercados) inverteram a tendência ascendente que vinha da governação anterior e começaram a baixar sobretudo porque os mercados começaram a acreditar que Portugal estava a aplicar a sério um programa de austeridade e de reformas de ajustamento da economia. Esta foi e primeira e a principal razão. ”
A fada da confiança volta à ribalta. Ouvi dizer que se pusermos uma medida de austeridade debaixo da almofada, no dia seguinte encontra um juro mais baixo no lugar da austeridade.
Então porquê que as agências de rating continuaram a cortar o rating de Portugal apesar das medidas todas de austeridade do Sócrates e do Passos? A coisa só parou após 2012.
“Houve um pais que procurou por todos os meios evitar essa austeridade imediata : foi a Grécia. Pagou um elevado preço por essa escolha politica errada e, sem outra saida, acabou depois por ter de se sujeitar a uma austeridade ainda maior, por sinal e irónicamente aplicada por uma força politica que inicialmente se opusera com vehemencia à austeridade. Felizmente Portugal não foi a Grécia.”
Portanto se bem o percebo, se a Grécia tivesse feito austeridade ela teria evitado ter que fazer austeridade. Ou será que era o oposto, ou seja, que a Grécia teria evitado a austeridade se tivesse feito austeridade? Agradeço que me clarifique esta questão.
Dois contra-exemplos. Em primeiro lugar, o da Grécia. Apesar da poltica do BCE, e precisamente por não ter sido feito o trabalho de casa, as taxas de juro gregas mantiveram-se altas ainda durante muito tempo.
Uma das maiores intrujices que os defensores da austeridade tentam impingir é que a Grécia sofreu tanto porque não cumpriu. Ora bem, a Grécia sofreu três resgastes e perdeu 30% do PIB. Durante 5 anos levou com vários funcionarios da Troika a vasculhar as contas publicas e a exigir “reformas”. E apesar de ter tido um perdão de divida, a economia encolheu tanto a divida continua nos 200% do PIB. Dizer que eles não fizeram nada é gozar com o sofrimento alheio.
“Segundo exemplo, o de Portugal em 2016, já com o governo socialista da « geringonça » liderado por António Costa. Apesar da politica do BCE ter sido substancialmente reforçada a partir de 2015, as taxas de juro portuguesas recomeçaram a subir no 2° semestre desse mesmo ano logo que os observadores e os mercados perceberam que o governo podia vir a cair nas mãos de um partido politico, o PS, que prometera nos anos anteriores que acabaria com a politica de austeridade e reverteria as reformas feitas pelo governo de Passos Coelho. Esta desconfiança e a subida das taxas de juro acentuaram-se ainda mais em 2016 enquanto o governo socialista não deu sinais de não se querer conformar com as exigências orçamentais da UE. Só depois do governo ter dado o dito por não dito e corrigido substancialmente a politica orçamental é que a confiança voltou aos mercados e as taxas de juro voltaram a descer.”
As taxas subiram porque os mercados achavam que o governo português ia fazer o mesmo que o Syriza e que a Europa nos iria esmagar. Nada disso aconteceu.
Fenando S
“Você diz primeiro que eu não perco uma oportunidade para defender a austeridade e diz depois que eu não a assumo como opção politica. Eu defendo a austeridade como uma politica transitória quando estamos a viver acima das nossas possibilidade e as nossas finanças ficam descontroladas. É efectivamente uma opção politica em circunstâncias de emergência.”
“Politica transitória”. Que treta!! Crise financeira mundial? Austeridade! Crise das dividas soberanas? Austeridade! Pandemia? Austeridade! Nunca muda. A despesa pública é para ser sempre cortada, faça chuva ou sol…
“viver acima das nossas possibilidade” Esse moralismo é absolutamente insuportável. E uma afronta para as pessoas que perderam imenso nestas crises todas.
“É efectivamente uma opção politica em circunstâncias de emergência. Mas, ao contrário do que você pretende, não defendo a austeridade pela austeridade, como se fosse um um objectivo politico final, um ponto de chegada. É um absurdo fazer tamanha acusação. Ninguém, digo bem, ninguém, defende a austeridade pela austeridade.”
Nem eu alguma vez disse que você defende a austeridade pela austeridade. Ninguém faz isso, nisso concordo consigo. Fazem-no por diversos motivos. Há os racistas como aqueles americanos pobres que são contra a redistribuição porque sabem que isso vai ajudar os negros. Há os misóginos que não gostam que as mulheres tenham acesso a cuidados de saúde de planeamento familiar ou que as mães solteiras sejam ajudadas. Também temos os plutocratas que acham que as riquezas produzidas pela sociedade devem ser colocadas nas mãos de apenas meia dúzia de pessoas e por fim temos os autoritários que gostam de uma sociedade estratificada onde uma grande maioria está subalternizada por uma minoria e que os fracos devem ser espezinhados pelos fortes. Toda esta gente marcha e vota pela austeridade mas o que querem é infligir sofrimento através da redução do estado redistributivo.
A austeridade é, para todos os efeitos, uma politica que nasce do ódio ao outro.
“A austeridade é apenas uma consequência inevitável das circunstâncias ou dos erros politicos do passado. A austeridade é apenas um meio para se evitar o pior, o colapso, e para se reconstituirem as condições que permitam precisamente sair da austeridade o mais rápidamente possivel mas de forma sustentada e duradoura.”
Ah! Mais “se querem evitar austeridade têm que fazer austeridade”. Muito bom!
“Há quem, demagógicamente, nunca defenda e assuma a austeridade, mesmo quando, forçado pelas circunstâncias, a aplica, as mais das vezes até de forma mais drástica e, por conseguinte, com um ainda maior « sofrimento dos seus compatriotas », precisamente por ter estado tempo demais com a cabeça debaixo da areia e a viver na ilusão de que o dinheiro cai do céu !…”
Claro que o dinheiro não cai do céu. Mas que o BCE e a Comissão Europeia fiquem de braços cruzados ou andem de dedo em riste a exigir austeridade já é outra história.
“Quanto a eu « vir para aqui tentar limpar o sangue que [tenho] nas mãos na parede » … é exactamente isso !!”
Devemos assumir que as nossas escolhas têm consequências nos outros.
NOTA: Quando eu me refiro a austeridade quero dizer a redução da despesa pública ou aumento de impostos durante um período de contração económica. Ou seja uma politica próciclica.
ATAV
“Presumo que considerem desinformação tipo aquela que diz que o vírus responsável pela COVID 19 foi fabricado num laboratório chinês e libertado no mundo a mando do governo chinês ou que a hidroxicloroquina cura esta doença.”
Acabou de escrever algo que é mesmo desinformação.
Em Wahan existe uma laboratório de virologia nível 4, construído em parceria com os franceses em que tem existido várias falhas de segurança. Por coincidência, nesse laboratório fazem-se estudos com coronavírus. Não existem provas que o vírus veio do laboratório mas também não se pode excluir essa origem. O que hoje se sabe é que os primeiros casos de infecção com o SARS-Cov-2 não tiveram origem no mercado.
A sua frase é um exemplo claro de desinformação quando refere que o vírus foi “libertado no mundo a mando do governo chinês”, uma mentira, associado a “o vírus responsável pela COVID 19 foi fabricado num laboratório chinês” o que hoje não pode ser excluído (e aí com responsabilidade negligente do governo chinês), ou seja tenta branquear o governo chinês associando uma mentira que todos identificam com algo que pode ser verdade.
Quanto ao facto de a “a hidroxicloroquina cura esta doença”, em vitro em 48h o vírus morre com a hidroxiclororquina. Os estudos publicados na Lancet e no New England Medical Journal que associavam a hidroxiclororquina ao aumento da mortalidade (e levaram à suspensão do seu uso e de estudos coordenados pela OMS) eram uma fraude, as 2 revistas retrataram-se. A universidade de Oxford fez um estudo em que a hidroxiclororquina não teve resultados significativos em doentes internados em UCI, ou seja com um quadro clinico grave. A mesma universidade de Oxford recomendava o uso da dexametasona em doentes graves (o medicamento milagroso como diziam os jornais), e a dexametasona também não “cura esta doença”.
Os estudos que têm dado alguma esperança associam o hidroxicloroquina com azitromicina e com zinco (normalmente 5 dias), mas não existem resultados conclusivos (têm amostras pequenas).
“Você diz que isto começou em 2016 mas eu não notei que a TVI”
O que digo é que desde 2016 os gastos com publicidade institucional tiveram um aumento exponencial, terminando nos 15 milhões de 2020, em que são justificados com o “combate à desinformação”. Acho que o Estado Novo justificava o exame prévio com desculpas semelhantes.
Recordei-lhe também que a necessidade de prestar mais informações à população era desmentida pelos reduzidos gastos de publicidade nos primeiros 5 meses de 2020 (os problemas com o vírus eram conhecidos desde Dezembro de 2019 e o caos em Espanha e Itália desde Fevereiro de 2020, o estado de emergência em Portugal foi decretado em Março 2020). Volto a repetir o que já lhe disse “Neste ano de pandemia os gastos em Fevereiro de 2020 foram 12.275,00€, Março 85.659,99€, Abril 56.418,98€ e Maio 247.236,02€ (existe um limite de 15 dias para informar a ERC dos valores gastos). Analisando os valores de Maio: 181.936,02 foram da secretaria geral da educação e ciência (campanha “Divulgação Prémio Capital Humano”) e 59.999,99€ da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Florestais. Ou seja gastos relacionados com a pandemia foram mínimos”.
“Olhe aqui:
https://pt.ejo.ch/top-stories/a-esquerda-no-parlamento-e-a-direita-na-televisao?fbclid=IwAR1Evm2MPGOcXx74L6_GXaqhEuFMLiPd3zMJjWCA0LWPGfsiI9SLHv2Q7t8 “
Em primeiro lugar o estudo refere-se apenas à televisão (os 15 milhões de euros de “subsidio” dizem respeito a toda a comunicação social).
E o que diz o “estudo”, 55% dos comentadores têm filiação partidária conhecida, os restantes 45% “sem militância conhecida, é possível, salvo raras exceções, detetar uma simpatia política no espectro esquerda-direita, muitas vezes declarada na forma de ex-militância, do apoio a uma candidatura partidária ou de uma orientação político-ideológica dominante”. No entanto referem “entre aqueles conotados politicamente, existe uma primazia, ligeira mas existente, de comentadores de direita (55%)”. Ou seja apesar dos restantes 45% ser possível identificar a simpatia politica não são considerados nas conclusões… Mesmo assim referem “Perante este aparente domínio da direita na televisão portuguesa em 2019”.
Depois foram excluídos da análise determinados programas “«Prós e Contras», «As Palavras e os Atos» ou «Expresso da Meia-Noite», em que a esquerda está em maioria.
Finalmente relativamente ao estudo em si. O “estudo” foi feito pelo ISCTE, instituto onde foi impedido um comentador de direita de fazer uma aplestra, e apresentado no EJO do qual o ISCTE faz parte (ou seja não é uma revista que faz uma revisão do estudo antes da sua publicação). E mais importante de tudo, não identifica que comentadores o “estudo” identifica como de direita e esquerda, e sem isso o estudo não vale nada. Recordo que o Pedro Marques Lopes é habitualmente identificado como comentador de direita (aliás o comentador de direita que a esquerda adora…), o Júdice também é de direita (apesar de ter dormido com o PS de Sócrates e elogiar o Costa)…
ATAV
“Quase tudo de direita. E onde há um maior desequilíbrio contra a área politica do governo? Nos principais beneficiários da compra de publicidade institucional.
Uma tentativa de controlo dos média onde se subsidia os adversários para nos largarem na cabeça… Por amor da santa. Já não há pachorra!”
Analisando o seu argumento, “quase tudo de direita”, se os comentadores fossem todos de esquerda, para quê gastar 15 milhões para os “domesticar”?
Não há mesmo “pachorra” para tamanhas idiotices…
ATAV
“A austeridade foi uma escolha dos nossos parceiros europeus e dos responsáveis do BCE (o cretino do Trichet principalmente). A Troika e os governantes portugueses foram os seus executantes. A diferença é que o Sócrates o fez contrariado e o Passos fê-lo de boa vontade.”
A austeridade não foi uma escolha, foi uma consequência das políticas despesistas e irresponsáveis do Sócrates (e também criminosas, não esquecer que o mesmo tomava decisões que depois lhe rendiam valores bem chorudos que financiavam a sua vida faustosa). Quando o estado não tem recursos para os gastos, e ninguém lhe empresta dinheiro, tem de reduzir a despesa e aumentar a receita (impostos) ou seja austeridade.
“A diferença é que o Sócrates o fez contrariado e o Passos fê-lo de boa vontade.” – está a gozar? A austeridade existiu por culpa do Sócrates que aumentou a divida pública em 100.000.000.000,00€, e em apenas 6 anos (mais que duplicou). Convém não esquecer que foi o Sócrates que assinou o memorando de entendimento com a Troika, e que o Passos Coelho não cumpriu esse memorando, foi sendo renegociado. Se o tivesse cumprido como foi assinado pelo Sócrates a austeridade teria sido muito pior (é a falácia de que o Passos foi além da Troika). O pacote de 78.000.000.000,00€ negociado pelo Sócrates era insuficiente e foi mal negociado (afinal era difícil não impor austeridade quando o Sócrates já ia no 4 pacote de austeridade, o famigerado PEC4). A Espanha teve um pacote de 100.000.000.000,00€ para resgatar os bancos sem quase nenhuma condicionalidade.
“E que despesismo foi esse? Um aumento de 2.9% da função publica e a redução do IVA?”
O despesismo foi o aumento da dívida em 100mil milhões de euros que o Sócrates conseguiu fazer em apenas 6 anos (muito dos “investimentos” foram feitas para que o Sócrates recebesse contrapartidas via o Santos Silva). Sabe quanto custa em juros? Mais do que o orçamento da Saúde ou da Educação, e isto se os juros não subirem…
“A única politica do Sócrates que eu gostei foi o Simplex”
Qual Simplex, o da corrupção, que lhe permitia a vida faustosa? O Simplex do controlo das instituições financeiras? O Simplex do controlo dos meios de comunicação social?
“Um estado, como não é uma dona de casa, deve fazer politica contraciclica.”
Pois é, a dívida num estado “não é para pagar, é para gerir” dizia o “inginheiro” da bancarrota. A dona de casa não gere dívidas, pága-as!
Este ATAV é como o tipo que lhe pegam o fogo à casa, chama os bombeiros, e depois queixa-se que os bombeiros estragaram-lhe tudo com a água. Um cómico…
Carlos Guerreiro
“Acabou de escrever algo que é mesmo desinformação.
Em Wahan existe uma laboratório de virologia nível 4, construído em parceria com os franceses em que tem existido várias falhas de segurança. Por coincidência, nesse laboratório fazem-se estudos com coronavírus. Não existem provas que o vírus veio do laboratório mas também não se pode excluir essa origem. O que hoje se sabe é que os primeiros casos de infecção com o SARS-Cov-2 não tiveram origem no mercado.
A sua frase é um exemplo claro de desinformação quando refere que o vírus foi “libertado no mundo a mando do governo chinês”, uma mentira, associado a “o vírus responsável pela COVID 19 foi fabricado num laboratório chinês” o que hoje não pode ser excluído (e aí com responsabilidade negligente do governo chinês), ou seja tenta branquear o governo chinês associando uma mentira que todos identificam com algo que pode ser verdade.”
Isto não foi o enredo de um episódio dos Ficheiros Secretos?
Enfim, com tantos pecados do regime chinês atual (o genocidio dos uigur; a repressão generalizada, o sistema económico iniquo, o sistema de credito social distópico, o atentado contra a democracia de Hong Kong, a agressividade para com Taiwan e até mesmo a Belt and Road Initiative que parece ser um plano de expansão da influencia chinesa) você escolhe logo um em que não há provas e muito poucas poucas testemunhas.
“Quanto ao facto de a “a hidroxicloroquina cura esta doença”, em vitro em 48h o vírus morre com a hidroxiclororquina. Os estudos publicados na Lancet e no New England Medical Journal que associavam a hidroxiclororquina ao aumento da mortalidade (e levaram à suspensão do seu uso e de estudos coordenados pela OMS) eram uma fraude, as 2 revistas retrataram-se. A universidade de Oxford fez um estudo em que a hidroxiclororquina não teve resultados significativos em doentes internados em UCI, ou seja com um quadro clinico grave. A mesma universidade de Oxford recomendava o uso da dexametasona em doentes graves (o medicamento milagroso como diziam os jornais), e a dexametasona também não “cura esta doença”.
Os estudos que têm dado alguma esperança associam o hidroxicloroquina com azitromicina e com zinco (normalmente 5 dias), mas não existem resultados conclusivos (têm amostras pequenas).”
Resumindo: não existem dados que provem que a hidroxicloroquina seja eficaz como cura ou tratamento da COVID-19. A Dexametasona parece ajudar os doentes em cuidados intensivos. E apesar disso temos que gramar com o Bolsonaro a levantar uma caixa de hidroxicloroquina perante os seus apoiantes enquanto eles deliravam em êxtase, com a fixação de Trump por esse medicamento e com os insurgentes quase todos a defenderem acriticamente essa terapêutica. E estamos assim…
“O que digo é que desde 2016 os gastos com publicidade institucional tiveram um aumento exponencial, terminando nos 15 milhões de 2020, em que são justificados com o “combate à desinformação”. Acho que o Estado Novo justificava o exame prévio com desculpas semelhantes.
Recordei-lhe também que a necessidade de prestar mais informações à população era desmentida pelos reduzidos gastos de publicidade nos primeiros 5 meses de 2020 (os problemas com o vírus eram conhecidos desde Dezembro de 2019 e o caos em Espanha e Itália desde Fevereiro de 2020, o estado de emergência em Portugal foi decretado em Março 2020). Volto a repetir o que já lhe disse “Neste ano de pandemia os gastos em Fevereiro de 2020 foram 12.275,00€, Março 85.659,99€, Abril 56.418,98€ e Maio 247.236,02€ (existe um limite de 15 dias para informar a ERC dos valores gastos). Analisando os valores de Maio: 181.936,02 foram da secretaria geral da educação e ciência (campanha “Divulgação Prémio Capital Humano”) e 59.999,99€ da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Florestais. Ou seja gastos relacionados com a pandemia foram mínimos”.”
Os gastos com a publicidade institucional aumentaram desde 2016. E daí?
Mas dou-lhe razão quanto aos gastos da publicidade serem prometidos para a pandemia e gastos com outra coisa. Alegar uma coisa e usar para outra não está correcto. É um desrespeito para com o eleitorado.
Carlos Guerreiro
“E o que diz o “estudo”, 55% dos comentadores têm filiação partidária conhecida, os restantes 45% “sem militância conhecida, é possível, salvo raras exceções, detetar uma simpatia política no espectro esquerda-direita, muitas vezes declarada na forma de ex-militância, do apoio a uma candidatura partidária ou de uma orientação político-ideológica dominante”. No entanto referem “entre aqueles conotados politicamente, existe uma primazia, ligeira mas existente, de comentadores de direita (55%)”. Ou seja apesar dos restantes 45% ser possível identificar a simpatia politica não são considerados nas conclusões… Mesmo assim referem “Perante este aparente domínio da direita na televisão portuguesa em 2019”.
Isso dos comentadores serem 45% de esquerda e 55% de direita é em todos os canais analisados. Se tivermos em conta só as SICs, TVIs e CMTV que são os principais beneficiários da compra de publicidade institucional o desequilíbrio é ainda maior para a direita.
“Depois foram excluídos da análise determinados programas “«Prós e Contras», «As Palavras e os Atos» ou «Expresso da Meia-Noite», em que a esquerda está em maioria.””
Presume então que todos os comentadores dos painéis são de esquerda. Isso inclui o João Miguel Tavares, o Pedro Mexia e o Pedro Marques Lopes que são todos uns esquerdalhas.
“Finalmente relativamente ao estudo em si. O “estudo” foi feito pelo ISCTE, instituto onde foi impedido um comentador de direita de fazer uma palestra, e apresentado no EJO do qual o ISCTE faz parte (ou seja não é uma revista que faz uma revisão do estudo antes da sua publicação). E mais importante de tudo, não identifica que comentadores o “estudo” identifica como de direita e esquerda, e sem isso o estudo não vale nada. ”
Claro! É o ISCTE que é uma fabrica de propaganda. Só pode ser. Na televisão são só esquerdalhas. Curiosamente os esquerdalhas passam a vida a bater no governo apesar dos canais receberem cada vez mais dinheiro. E chega ao ponto que até o pivot principal da RTP publicou artigos onde debita a propaganda que o fascismo é socialista e cada vez que sai uma sondagem onde o CHEGA sobe começa aos berros de contentamento. Os tipos do ISCTE é que martelaram os números todos. É só esquerdalhas! Excepto o Júdice que andou na MDLP a detonar bombas. Esse é de direita. Não da extrema-direita ou fascista. Da direita moderada e perigosamente perto de ser um esquerdalha visto que elogiou o Costa e aproximou-se do PS quando lhe deu jeito. Você está tão à direita no espectro politico que para si é tudo de esquerda…
Já agora qual foi o comentador de direita que foi impedido de fazer uma palestra no ISCTE? Foi o Jaime Nogueira Pinto?
ATAV
“Isto não foi o enredo de um episódio dos Ficheiros Secretos?”
Não, é uma mentira que tentou passar.
“não existem dados que provem que a hidroxicloroquina seja eficaz como cura ou tratamento da COVID-19”
Mas também não existem dados que provém o contrário
“A Dexametasona parece ajudar os doentes em cuidados intensivos.”
Mas também não “cura” a Covid-19.
“E apesar disso temos que gramar com o Bolsonaro a levantar uma caixa de hidroxicloroquina perante os seus apoiantes enquanto eles deliravam em êxtase, com a fixação de Trump por esse medicamento e com os insurgentes quase todos a defenderem acriticamente essa terapêutica. E estamos assim…”
Oh homem deixe o Bolsonaro e Trump em paz, não deixe que a sua cegueira ideológica privem as pessoas de medicamentos que podem ter sucesso. Deixe que sejam feitos os estudos e que tirem as devidas conclusões.
“Os gastos com a publicidade institucional aumentaram desde 2016. E daí?”
“Apenas” aumentaram de 372.447,00€ em 2016 para 3.364.325,43€ em 2019 (quase 10x)…
“Mas dou-lhe razão quanto aos gastos da publicidade serem prometidos para a pandemia e gastos com outra coisa. Alegar uma coisa e usar para outra não está correcto. É um desrespeito para com o eleitorado.”
Escreveu isto depois do drink da tarde? É que eu não afirmei nada disso…
O que escrevi foi que os 15 milhões de publicidade institucional para 2020 (40x o valor de 2016 e 4,5x o valor de 2019) são justificados pelo governo com a necessidade de dar informação à população, o que era desmentido pelo baixo valor gasto nos primeiros 5 meses do ano e no tipo de campanha em que foram gastos. Fica o combate à desinformação – o lápis azul do exame prévio do antigo regime
E por fim, esta má gestão do dinheiro do estado é um desrespeito para com todos os contribuintes, e não do eleitorado (do ps?).
Folgo em que concorde que o estudo que referiu além de incompleto (só abrange a televisão) tira conclusões tendenciosas.
“Está a gozar? A austeridade existiu por culpa do Sócrates que aumentou a divida pública em 100.000.000.000,00€, e em apenas 6 anos (mais que duplicou).”
E agora, para além desses 100.000.000,00€ já temos mais 50.000.000,00€ em cima do pêlo. E vem muito mais a caminho. E os juros nunca estiveram tão baixos e enquanto o contexto europeu permaneça assim é pouco provável que aumentem muito. O que será que mudou entretanto? Já sei!!! Foi alteração da lei das rendas. Com isso deixamos de “viver acima das nossas possibilidades”.
“Convém não esquecer que foi o Sócrates que assinou o memorando de entendimento com a Troika, e que o Passos Coelho não cumpriu esse memorando, foi sendo renegociado.”
Se o Sócrates não tivesse assinado o resgate a alternativa era a saída do Euro.
“Se o tivesse cumprido como foi assinado pelo Sócrates a austeridade teria sido muito pior (é a falácia de que o Passos foi além da Troika).”
Verdade! Mas o que não diz é que o Passos queria ir para além da troika. Não teve foi condições para isso (o fiasco da TSU, a privatização da RTP, os 600 milhões das pensões, os chumbos do Constitucional, etc…)
“O pacote de 78.000.000.000,00€ negociado pelo Sócrates era insuficiente e foi mal negociado (afinal era difícil não impor austeridade quando o Sócrates já ia no 4 pacote de austeridade, o famigerado PEC4).”
Certo! Não viram aquele que terá sido o maior pecado de Sócrates nas finanças públicas: a desorçamentação de divida que foi enfiada em empresas públicas. E o buraco da banca também foi calculado por baixo. Faltaram cerca de 20.000.000.000,00€.
“A Espanha teve um pacote de 100.000.000.000,00€ para resgatar os bancos sem quase nenhuma condicionalidade.”
Pois… Isto já é treta! Vá perguntar a um espanhol qualquer se a não veio austeridade a dar com um pau de fora…
“O despesismo foi o aumento da dívida em 100mil milhões de euros que o Sócrates conseguiu fazer em apenas 6 anos (muito dos “investimentos” foram feitas para que o Sócrates recebesse contrapartidas via o Santos Silva). Sabe quanto custa em juros? Mais do que o orçamento da Saúde ou da Educação, e isto se os juros não subirem…”
Temos muito mais divida agora e os juros nunca estiveram tão baixos. Será que já vivemos “dentro das nossas possibilidades”? Ainda bem que alteramos o regime da requalificação da administração pública. Isso fez toda a diferença…
E se a Europa tivesse feita na altura o que fez agora? Será que os investidores iriam exigir “reformas estruturais”? Claro! Porque estávamos claramente “a viver acima das nossas possibilidades”. Mas agora que o défice vai disparar e o stock de divida vai aumentar já não.
NOTA: Apesar do tom jocoso, eu concordo que Portugal nunca teve contas públicas famosas e que os défices orçamental e comercial precisavam de diminuir. Mas não durante a crise de 2009. E a crise das dividas públicas foi uma ferida autoinfligida. A Europa falhou de forma clamorosa!
Carlos Guerreiro
“Qual Simplex, o da corrupção, que lhe permitia a vida faustosa?”
Acha que “A empresa na hora” foi o que enriqueceu o Sócrates? *sigh*
“O Simplex do controlo das instituições financeiras?”
O BCP, BANIF, BPN e BES não precisaram do Sócrates para fazerem trafulhices.
“O Simplex do controlo dos meios de comunicação social?”
E como é que o Sócrates tentou controlar a comunicação social? Encheu a Manuela Moura Guedes de dinheiro ou tentou acabar com o programa dela? Lá voltamos sempre ao mesmo….
“Este ATAV é como o tipo que lhe pegam o fogo à casa, chama os bombeiros, e depois queixa-se que os bombeiros estragaram-lhe tudo com a água. Um cómico…”
Neste caso os bombeiros exigiram que o tipo proibisse o filho dele ir para a faculdade, deixasse de comprar a medicação da mulher e cortasse parte da pensão da mãe dele antes de o ajudarem. Disseram que como o tipo não limpava bem o seu quintal era o responsável pelo incendio e tinha que aprender a sua lição. Que beneméritos! E no final ficaram todos muito surpreendidos que o tipo não lhes bateu palmas nem lhes agradeceu…
ATAV
“Pois… Isto já é treta! Vá perguntar a um espanhol qualquer se a não veio austeridade a dar com um pau de fora…”
Isso é mentira, não preciso de perguntar, passava lá algum tempo. Talvez você é que deva perguntar.
“O BCP, BANIF, BPN e BES não precisaram do Sócrates para fazerem trafulhices.”
O BCP tinha à frente o actual presidiário Armando Vara. O BES fazia parte do gangue Socrático.
O BPN era o tal que não ia ter custos para o contribuinte (Teixeira dos Santos dixit). Curioso que o Teixeira dos Santos que se esqueceu de intervir na Sociedade Lusa de Negócios foi depois presidir o EuroBic, herdeiro do BPN. Xuxalismos
Carlos Guerreiro
“Isto não foi o enredo de um episódio dos Ficheiros Secretos?”
Não, é uma mentira que tentou passar.”
Qual mentira? Que ninguém sabe a origem do virus mas que se pensa que a hipótese mais provável foi que tenha passado de um animal selvagem (pangolim? morcego?) para um ser humano? É porque eu acho que esta é a hipótese mais plausível.
“Oh homem deixe o Bolsonaro e Trump em paz, não deixe que a sua cegueira ideológica privem as pessoas de medicamentos que podem ter sucesso. Deixe que sejam feitos os estudos e que tirem as devidas conclusões.”
Talvez o meu problema seja esse! Não gosto de gente que impinge medicação sem ter provas que funciona! Isto é deletério para os doentes que estão a ser tratados com um medicamento que não se sabe se funciona e limita o acesso À medicação daqueles doentes que precisam mesmo deste fármaco.
““Mas dou-lhe razão quanto aos gastos da publicidade serem prometidos para a pandemia e gastos com outra coisa. Alegar uma coisa e usar para outra não está correcto. É um desrespeito para com o eleitorado.”
Escreveu isto depois do drink da tarde? É que eu não afirmei nada disso…”
Não? Vejamos…
“Analisando os valores de Maio: 181.936,02 foram da secretaria geral da educação e ciência (campanha “Divulgação Prémio Capital Humano”) e 59.999,99€ da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Florestais. Ou seja gastos relacionados com a pandemia foram mínimos”.””
OK!
E não tente associar-me a uma imbecilidade dito por governante português de forma tão trapalhona! É prosaico e eu vou largar-lhe nas orelhas sempre que tentar um golpe de rebaixamento por associação semelhante.
“Fica o combate à desinformação – o lápis azul do exame prévio do antigo regime”
O lápis azul do antigo regime era manuseado por agentes de uma policia politica. Se um jornalista saísse da linha, podia ver-se de um momento para o outro numa masmorra a levar pancada de meia noite ou desterrado para um campo de concentração. Portanto sim, a compra de publicidade institucional ou fazer fact checking é equivalente à perseguição, tortura ou aprisionamento de jornalistas.
“E por fim, esta má gestão do dinheiro do estado é um desrespeito para com todos os contribuintes, e não do eleitorado (do ps?).”
O eleitorado é um conjunto de eleitores. Isto inclui quem vota noutros partidos e mesmo aqueles que podem votar mas ficam em casa a dormir ou arranjam outra coisas que fazer nesse dia… Eu sei que o conceito que um governo tem obrigações para com os eleitores de outros partidos ou com gente que não paga impostos é algo estranho nesta casa mas asseguro-lhe que tal é verdade. Mas o eleitorado do PS terá razões adicionais para ficar zangado! Eles votaram no PS e no programa eleitoral do PS não vinha nada sobre dar 15 milhões à comunicação social para pagar uma coisa e receber outra…
“Folgo em que concorde que o estudo que referiu além de incompleto (só abrange a televisão) tira conclusões tendenciosas.”
Eu não acredito que o estudo seja tendencioso. Acho apenas que qualquer coisa que contradiga a sua ideologia politica, você não irá acreditar nela.
Carlos Guerreiro
“Isso é mentira, não preciso de perguntar, passava lá algum tempo. Talvez você é que deva perguntar.”
Ora bem. O PIB espanhol caiu mais de 5%, o desemprego chegou aos 25% e Espanha assinou um memorando de entendimento com a Troika. Um memorando que não tinha palavras visto que “quase não tinha condicionalidades”.
Pode ter andado em Espanha, mas vê-se que teve uma vida protegida das agruras. Seria bom que todos os espanhóis também pudessem dizer o mesmo.
“O BCP tinha à frente o actual presidiário Armando Vara. O BES fazia parte do gangue Socrático.
O BPN era o tal que não ia ter custos para o contribuinte (Teixeira dos Santos dixit). Curioso que o Teixeira dos Santos que se esqueceu de intervir na Sociedade Lusa de Negócios foi depois presidir o EuroBic, herdeiro do BPN. Xuxalismos”
Espantoso como só refere o PS nos desmandos da banca. Incluindo o BPN que provavelmente foi o banco mais partidário do regime! Não foi você que falou em cegueira ideológica acima?
Carlos Guerreiro
“Pois é, a dívida num estado “não é para pagar, é para gerir” dizia o “inginheiro” da bancarrota. A dona de casa não gere dívidas, pága-as!”
Isto é muito interessante e merece uma atenção redobrada. Por duas razões:
1º A ignorância em questões de finanças públicas.
Os estados são por definição eternos (Bem, na realidade não o são. Eles morrem, transformam-se noutra coisa, são absorvidos por outros, mas enfim parta-se do principio que não é suposto um estado acabar). Portanto como não morre pode-se dar ao luxo de emitir nova divida para pagar a antiga. Claro que pode diminuir a despesa ou aumentar impostos para reduzir a divida. Mas geralmente o que fazem para reduzir a dívida é tentar que o crescimento da divida seja inferior ao crescimento do PIB, reduzindo a proporção. Resultado: a divida em percentagem do PIB diminui.
Como as pessoas morrem, não têm esta opção. Portanto, o Sócrates tem razão. A divida dos estados gere-se. Quando os tempos estão bons reduz-se a divida, quando a coisa piora, a divida sobe.
2º O mensageiro pode fazer com que a mensagem perca credibilidade.
Se fosse um funcionário qualquer do ministério das finanças a dizer isto, ninguém pensaria duas vezes. Achariam que as finanças públicas têm as suas questões mais técnicas e que o funcionário lá sabia o que dizia. Como foi o Sócrates a dizer isto no meio da crise das dividas soberanas a coisa foi entendida como um trafulha a tentar impingir a banha-da-cobra. Até eu fiquei indignado, apesar de saber que ele tinha razão.
Moral da história: o mensageiro também conta, especialmente na politica.
ATAV
“Qual mentira? Que ninguém sabe a origem do virus mas que se pensa que a hipótese mais provável foi que tenha passado de um animal selvagem (pangolim? morcego?) para um ser humano? É porque eu acho que esta é a hipótese mais plausível.”
É a hipótese mais plausível baseada em quê? Em fezadas? Não existe nenhum estudo que a justifique. Mas já se sabe que os primeiros casos não tiveram origem no mercado de Wuhan.
“Talvez o meu problema seja esse! Não gosto de gente que impinge medicação sem ter provas que funciona! Isto é deletério para os doentes que estão a ser tratados com um medicamento que não se sabe se funciona e limita o acesso À medicação daqueles doentes que precisam mesmo deste fármaco.”
Para saber se funciona tem de ser testado… Que doentes que precisam de hidroxiclororquina não tiveram acesso ao mesmo devido a estar a ser usada em doentes com Covid-19? Por acaso sabe que este principio activo não está protegido por patentes e existe em genérico, podendo ser produzido por qualquer empresa?
““Mas dou-lhe razão quanto aos gastos da publicidade serem prometidos para a pandemia e gastos com outra coisa. Alegar uma coisa e usar para outra não está correcto. É um desrespeito para com o eleitorado.”
Escreveu isto depois do drink da tarde? É que eu não afirmei nada disso…”
Não? Vejamos…
“Analisando os valores de Maio: 181.936,02 foram da secretaria geral da educação e ciência (campanha “Divulgação Prémio Capital Humano”) e 59.999,99€ da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Florestais. Ou seja gastos relacionados com a pandemia foram mínimos”.””
Mas que discurso retorcido!
Reproduzo o que omitiu “O que escrevi foi que os 15 milhões de publicidade institucional para 2020 (40x o valor de 2016 e 4,5x o valor de 2019) são justificados pelo governo com a necessidade de dar informação à população, o que era desmentido pelo baixo valor gasto nos primeiros 5 meses do ano e no tipo de campanha em que foram gastos.”
O que escrevi sobre Maio, o mês onde foi gasto mais de 50% do valor total de publicidade dos primeiros 5 meses do ano, mostrava que nem em Maio o gasto com informação sobre a pandemia é significativo.
“O lápis azul do antigo regime era manuseado por agentes de uma policia politica. Se um jornalista saísse da linha, podia ver-se de um momento para o outro numa masmorra a levar pancada de meia noite ou desterrado para um campo de concentração. Portanto sim, a compra de publicidade institucional ou fazer fact checking é equivalente à perseguição, tortura ou aprisionamento de jornalistas.”
A finalidade o lápis azul era a não publicação de determinadas noticias, a finalidade do “combate à desinformação” do Costa é a não publicação de determinadas, ou seja limitação da liberdade de expressão com métodos diferentes.
“Espanha assinou um memorando de entendimento com a Troika.”
A Espanha não teve nenhuma Troika a controlar a aplicação de nenhum memorando como Portugal ou a Grécia.
““O BCP tinha à frente o actual presidiário Armando Vara. O BES fazia parte do gangue Socrático.
O BPN era o tal que não ia ter custos para o contribuinte (Teixeira dos Santos dixit). Curioso que o Teixeira dos Santos que se esqueceu de intervir na Sociedade Lusa de Negócios foi depois presidir o EuroBic, herdeiro do BPN. Xuxalismos”
Espantoso como só refere o PS nos desmandos da banca. Incluindo o BPN que provavelmente foi o banco mais partidário do regime! Não foi você que falou em cegueira ideológica acima?”
Foi você que escreveu “O BCP, BANIF, BPN e BES não precisaram do Sócrates para fazerem trafulhices.” – apenas fiz uma contestação que nos principais bancos estava a mão invisível do Sócrates e do PS.
Quanto ao BPN, a solução os desmandos da administração do Oliveira e Costa foi decidida pelo Teixeira dos Santos e o governo do ps, o estado ficou com o banco e deixou livre a Sociedade Lusa de Negócios, aquela com quem o Costa tinha negociado o SIRESP (coincidências).
“Portanto como não morre pode-se dar ao luxo de emitir nova divida para pagar a antiga.”
Mas para emitir nova dívida tem de existir alguém que a compre, e para isso o estado tem de ter credibilidade.
“Mas geralmente o que fazem para reduzir a dívida é tentar que o crescimento da divida seja inferior ao crescimento do PIB, reduzindo a proporção. Resultado: a divida em percentagem do PIB diminui.”
Quando vem o diabo, vestido de Covid ou de catástrofe nacional, e o PIB decresce, temos uma subida exponencial da dívida em percentagem do PIB, e os malditos mercados começam a dizer que o país “pode-se dar ao luxo de emitir nova dívida” mas para a comprarem exigem que seja pago o prémio de risco (juro) maior. Pergunte ao Centeno porque abandonou o barco que ele é capaz de explicar o que sucede nessas circunstâncias.
O Sócrates não se limitou a emitir divida para pagar a antiga, o que o Sócrates fez foi mais do que duplicar a dívida portuguesa em 6 anos (100mil milhões de euros, equivalente a 50 Fundações Gulbenkian ou 200 submarinos do Portas) para gastar em projectos sem qualquer rentabilidade que não seja os bolsos do próprio Sócrates e do Santos Silva.
… e assim facilmente se conclui que o 19 ainda é pior que os 70 todos juntos
Carlos Guerreiro
“É a hipótese mais plausível baseada em quê? Em fezadas? Não existe nenhum estudo que a justifique. Mas já se sabe que os primeiros casos não tiveram origem no mercado de Wuhan.”
Não é preciso fezadas. É apenas o que a OMS acha.
Humm… Agora que penso nisso essa sua teoria que uma entidade obscura geria um laboratório que produziu uma vírus altamente contagioso que escapou e infectou uma data de gente não é um episódio dos Ficheiros Secretos. É o enredo do Resident Evil. Se o exército chinês tivesse ensinado os seus soldados a tocar a “Sonata ao Luar” no piano, se calhar a coisa tinha-se resolvido ali.
“Para saber se funciona tem de ser testado… ”
O Trump e o Bolsonaro não estão a querer testes. Estão a recomendar a utilização da medicação em larga escala. E os resultados dos testes efectuados até agora são tão pouco convincentes que a OMS recomendou não fazer mais testes.
“Que doentes que precisam de hidroxiclororquina não tiveram acesso ao mesmo devido a estar a ser usada em doentes com Covid-19?”
Principalmente pacientes de reumatologia que tomam esse principio activo.
https://www.medwirenews.com/rheumatology/patients-physicians-report-problems-hydroxychloroquine-access/18153402
“Por acaso sabe que este principio activo não está protegido por patentes e existe em genérico, podendo ser produzido por qualquer empresa?”
Já não é o primeiro que vem com essa história que é a indústria farmacêutica que está a esconder uma cura barata para ganhar dinheiro. Se assim fosse, estão as universidades públicas e SNS públicos (como o nosso e o do R.U.) que estão a fazer estudos viriam a público dizer que a hidroxicloroquina era eficaz. E isso da patente é irrelevante porque em casos de saúde pública, os estados podem quebrar as patentes. Isso quer dizer que uma farmacêutica nunca poderia carregar no preço. Se o fizesse corria o risco de ficar a ver navios.
“A finalidade o lápis azul era a não publicação de determinadas noticias, a finalidade do “combate à desinformação” do Costa é a não publicação de determinadas, ou seja limitação da liberdade de expressão com métodos diferentes.”
Limitação da liberdade de expressão??? Isso é ridículo!
1º Apesar de receberem cada vez mais dinheiro, a comunicação social que já era critica do governo, continuou na mesma onda.
2º Dizer que espalhar teorias de conspiração durante uma pandemia é liberdade de expressão é muito duvidoso na melhor das hipóteses
3º Quer saber como um governante tenta limitar a liberdade de expressão em democracia? Basta dar uma olhadela ao que o Alberto João Jardim andou a fazer ao DN da Madeira que era bastante critico à governação dele. Primeiro ameaçou expropriar o diário. Quando isso não funcionou, incentivou o eleitorado e os militantes do PSD a fazerem um boicote. Depois encaminhou toda a publicidade institucional para o Jornal da Madeira que pertencia à Região Autónoma da Madeira. E mesmo assim como o DN vendia mais, a circulação do Jornal da Madeira foi aumentada e este começou a ser distribuído gratuitamente com enorme prejuízo dos contribuintes da Região. Quando os tribunais disseram que a distribuição gratuita era um atentado à concorrência, o Jornal da Madeira pôs um preço de capa de 10 cêntimos mas continuou a ser distribuído gratuitamente. E DN só não foi abaixo porque foram feitos vários despedimentos colectivos e os acionistas aceitaram perder dinheiro para manter o jornal.
Carlos Guerreiro
“Foi você que escreveu “O BCP, BANIF, BPN e BES não precisaram do Sócrates para fazerem trafulhices.” – apenas fiz uma contestação que nos principais bancos estava a mão invisível do Sócrates e do PS.
Quanto ao BPN, a solução os desmandos da administração do Oliveira e Costa foi decidida pelo Teixeira dos Santos e o governo do ps, o estado ficou com o banco e deixou livre a Sociedade Lusa de Negócios, aquela com quem o Costa tinha negociado o SIRESP (coincidências).”
É sempre culpa do PS. Incluindo o que se passou no banco cheio de pessoal do PSD. E os banqueiros eram seres absolutamente impolutos até 2005. A partir daí foi a desgraça. E mesmo as trafulhices actuais são responsabilidade do Sócrates e do PS.
“Mas para emitir nova dívida tem de existir alguém que a compre,”
Tipo o banco central que compra tudo no mercado secundário?
“e para isso o estado tem de ter credibilidade.”
Credibilidade… Tipo as agências de rating que diziam que os produtos financeiros que deram cabo de tudo em 2009 eram do melhor que havia (rating AAA), enquanto que países desenvolvidos eram lixo? Isto é credibilidade? Será inteligente deixar que a capacidade de financiamento de um estado fique nas mãos de um yuppie do sistema financeiro? Ou será que acham mesmo que estes tipos passam a vida debruçados sobre a legislação das “reformas estruturais”? Estou mesmo a ver: ” Finalmente que estes tipos expandiram o âmbito da autoridade da concorrência. Isto já vale uma mudança para o outlook positivo!”.
Para os mais distraídos eu explico. Deixar a capacidade de financiamento nas mão do sistema financeiro vai fazer com que todas as politicas com que eles não concordem levem à redução do rating. Isso basicamente significa enterrar a democracia. E ter países geridos por pessoas que não têm de prestar contas à população dá maus resultados. Quando a Inglaterra geria os assuntos da Irlanda e da India Britânica as crises resultaram em fomes que mataram milhões ( a fome da batata e de Bengali). Depois desses países ganharem independência nunca mais houve fomes.
E as agências de rating ameaçaram fazer a mesma brincadeira que fizeram em 2010-2012. Mas desta vez o BCE já disse que compraria toda a divida de “fallen angels” (divida soberana e alguma da privada que sofresse perdas de rating). Depois disto as agencias de rating já meteram a viola no saco. Antes do BCE a divida da periferia do euro não era credível, agora já é.
“Quando vem o diabo, vestido de Covid ou de catástrofe nacional, e o PIB decresce, temos uma subida exponencial da dívida em percentagem do PIB, e os malditos mercados começam a dizer que o país “pode-se dar ao luxo de emitir nova dívida” mas para a comprarem exigem que seja pago o prémio de risco (juro) maior.”
A não ser que o Banco Central compre a maior parte da nova divida emitida. Aí o juro desce. Como a Fed, o Banco do Reino Unido e o Banco Central do Japão fizeram durante a crise das dividas soberanas. O único que não o fez foi o BCE. Já está a detectar o padrão?
“Pergunte ao Centeno porque abandonou o barco que ele é capaz de explicar o que sucede nessas circunstâncias.”
A ambição do Centeno já era conhecida mesmo antes de entrar no Ministério das Finanças. Ele pôs-se a andar porque não tinha pedalada para o Eurogrupo e ia ser corrido dali para fora. Foi para lhe poupar o vexame.
“O Sócrates não se limitou a emitir divida para pagar a antiga, o que o Sócrates fez foi mais do que duplicar a dívida portuguesa em 6 anos (100mil milhões de euros, equivalente a 50 Fundações Gulbenkian ou 200 submarinos do Portas) para gastar em projectos sem qualquer rentabilidade que não seja os bolsos do próprio Sócrates e do Santos Silva.”
Não sei se reparou mas a divida pública portuguesa já anda a aumentar há algum tempo. Desde a introdução do euro há vinte anos. Só estabilizou em 2016 e começou a diminuir até agora. Foi tudo o Sócrates?
Carlos Guerreiro
Tinha-me esquecido disto.
“A Espanha não teve nenhuma Troika a controlar a aplicação de nenhum memorando como Portugal ou a Grécia.”
Presume-se então que estes senhores estavam a caminho de Atenas e desembarcaram em Madrid por engano.
https://www.dinheirovivo.pt/economia/os-10-passos-da-troika-hoje-em-madrid/