No Reino Unido, a média móvel do número de mortos por dia de Covid-19 era de cerca de 260 no início de Junho. Felizmente, nas pouco mais de três semanas desde então, o número baixou para cerca de 130. Metade. No mesmo periodo, os números correspondentes relativos a Portugal são 14 e 3, respectivamente. No início de Junho, morriam no Reino Unido por dia dezoito vezes mais pessoas que em Portugal, sendo que a população britânica não chega a ser sete vezes maior. Neste momento, lamentavelmente, ainda morrem por dia no Reino Unido 43 vezes mais pessoas que em Portugal.
No entanto, o governo britânico está prestes a anunciar acordo bilaterais com alguns países para permitir que viajantes entre os dois não sejam sujeitos a quarentenas. Tudo indica que Portugal não estará nesses acordos, o que significará uma machadada na ténue esperança que os operadores turísticos portugueses ainda têm relativamente a este ano.
A que se deve esta aparente incongruência (comparando os perfis de risco, etc)? Desconfio que exclusivamente à histeria de parte da população portuguesa, acicatada pelos media que noticiam cada infecção como se fosse uma morte. Conseguiram transformar um pequeno surto perfeitamente controlado, em Lagos, numa notícia internacional que levanta dúvidas sobre uma das regiões menos afectadas e que, num contexto de liderança ao sabor do vento, passou a ser destino a evitar para os seus principais mercados internacionais.
O Miguel Botelho Moniz especula sobre a especulação.
Especulação 1): “Tudo indica que Portugal não estará nesses acordos.” Ou seja, ainda não se sabe se vai haver acordo ou não, mas o Miguel vai já especulando que não haverá.
Especulação 2): se não houver acordo, isso será, especula o Miguel, porque o Reino Unido não quer que os seus cidadãos se venham infetar em Lagos. Mas também podemos supôr o contrário: não haverá acordo porque Portugal não quer que os algarvios venham a ser infetados por ingleses.
Enfim, eu sugeriria que será melhor não especular.
Luís Lavoura,
“Mas também podemos supôr o contrário: não haverá acordo porque Portugal não quer que os algarvios venham a ser infetados por ingleses.”
Não sei como se conseguiu licenciar em Física.
Já agora, supor não leva acento circunflexo. Nem nenhum verbo radicado em pôr, excepto o verbo pôr. Gralha comum.
Tenho para mim , que este Covid foi oiro sobre o azul dos amanhãs que cantam do Costa e associados . Quando chamarem o FMI , já têm um ” bode respiratório ” . Entretanto , a música segue a preceito : temos bola , a festa do avante , as moratórias ao crédito e o Ti Celito a animar os enterros da socialite . É o desconfinamento , estúpido !
( bem pode trabalhar o juíz ” olha , calhou me a mim “: quem deve estar preocupado com esta coisa do virus chinês é o 44 e o banqueiro , pelo andar da coisa não vai haver muito guito de sobra para lhes pagarem as indemnizações )