“Podem estar seguros que não adotarei a austeridade de 2011” – António Costa, 11 de Abril de 2020
Estou convencido de que estas palavras de António Costa irão envelhecer muito mal. Recordemos que orçamento para 2020, promulgado pelo presidente da república no passado dia 23 de Março previa um crescimento do PIB em 1,9% e um superavit de 0,2%. Esta crise estima-se que provoque uma contracção de pelo menos do 5% no PIB (fonte) e isto num país com uma dívida pública de 120% do PIB, o que apesar dos mecanismos de financiamento europeus recentemente aprovados, limita consideravelmente a capacidade de emissão de dívida.
Pode ser uma verdade de La Palisse, mas para se distribuir a riqueza produzida – aquilo que os socialistas tanto gostam de fazer – primeiro é preciso que a riqueza seja produzida. Colocado de outra forma: não se pode distribuir o que não se produz.
A austeridade de Costa poderá vir a ser chamada de muitas coisas: costauridade, viragem da página da austeridade, página de prosperidade, austeridade com confettis e serpentinas, austeridade das vacas voadoras… …mas qualquer que seja o nome, não deixará de ser austeridade.
Analisemos em mais profundidade as declarações do primeiro-ministro. A que austeridade se estaria António Costa a referir? À austeridade que José Sócrates implementou através dos seus sucessivos Programas de Estabilidade e Crescimento (PECs)? Não esquecer que António Costa integrou o governo de José Sócrates e era o seu número 2 até 2007. E porque recordar é viver, recordemos pois as medidas austeritárias que o governo do Partido Socialista, encabeçado por José Sócrates, propunha em 2010 para o orçamento de 2011 (fonte):
MEDIDAS DO LADO DA DESPESA
- Reduzir os salários dos órgãos de soberania e da Administração Pública, incluindo institutos públicos, entidades reguladoras e empresas públicas. Esta redução é progressiva e abrangerá apenas as remunerações totais acima de 1500 euros/mês. Incidirá sobre o total de salários e todas as remunerações acessórias dos trabalhadores, independentemente da natureza do seu vínculo. Com a aplicação de um sistema progressivo de taxas de redução a partir daquele limiar, obter-se-á uma redução global de 5% nas remunerações.
- Congelar as pensões.
- Congelar as promoções e progressões na função pública.
- Congelar as admissões e reduzir o número de contratados.
- Reduzir as ajudas de custo, horas extraordinárias e acumulação de funções, eliminando a acumulação de vencimentos públicos com pensões do sistema público de aposentação.
- Reduzir as despesas no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente com medicamentos e meios complementares de diagnóstico.
- Reduzir os encargos da ADSE.
- Reduzir em 20% as despesas com o Rendimento Social de Inserção.
- Eliminar o aumento extraordinário de 25% do abono de família nos 1º e 2º escalões e eliminar os 4º e 5º escalões desta prestação.
- Reduzir as transferências do Estado para o Ensino e sub-sectores da Administração: Autarquias e Regiões Autónomas, Serviços e Fundos Autónomos;
- Reduzir as despesas no âmbito do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC).
- Reduzir as despesas com indemnizações compensatórias e subsídios às empresas.
- Reduzir em 20% as despesas com a frota automóvel do Estado.
- Extinguir/fundir organismos da Administração Pública directa e indirecta.
- Reorganizar e racionalizar o Sector Empresarial do Estado reduzindo o número de entidades e o número de cargos dirigentes.
MEDIDAS DO LADO DA RECEITA
- Redução da despesa fiscal: a) Revisão das deduções à colecta do IRS (já previsto no PEC); b) Revisão dos benefícios fiscais para pessoas colectivas; c) Convergência da tributação dos rendimentos da categoria H com regime de tributação da categoria A (já previsto no PEC).
- Aumento da receita fiscal: a) Aumento da taxa normal do IVA em 2pp.; b) Revisão das tabelas anexas ao Código do IVA; c) Imposição de uma contribuição ao sistema financeiro em linha com a iniciativa em curso no seio da União Europeia.
- Aumento da receita contributiva: a) Aumento em 1 pp da contribuição dos trabalhadores para a CGA, alinhando com a taxa de contribuição para a Segurança Social; b) Código contributivo (já previsto no PEC).
- Aumento de outra receita não fiscal: a) Revisão geral do sistema de taxas, multas e penalidades no sentido da actualização dos seus valores e do reforço da sua fundamentação jurídico-económica; b) Outras receitas não fiscais previsíveis resultantes de concessões várias: jogos, explorações hídricas e telecomunicações
P.S.: Aproveito para desejar uma excelente Páscoa a todos os leitores.
É bom realmente relembrar que este malabarista foi o n° 2 de Socrates! E se existisse jornalismo serio confrontavam-no de imediato com isso! Nesta fase em anda armado em estadista com a benção do Marcelo é bom desmascará-lo! Porque parece sacrilegio fazê-lo. Mas este Costa é o mesmo Costa dos incendios! Está é com mascara…
Eu aposto que os próximos orçamentos serão aprovados com o voto de “salvação nacional” do PSD. Pelo meio surgirão mais taxas e taxinhas , os combustíveis estarão na primeira (há que compensar uma descida significativa nos preços).
5% que optimista.
Dever estar a prometer que não vais além da troika.
Já viu que a carga vai ser tão pesada, que nem é preciso.
aldrabão era o 44 e não aldrabava tanto
Sim, o que os Jornalistas e o FCE não se lembra já.
Mar 16, 2020 – António Costa, O também líder do PS reiterou discordar da pretensão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que pretende decretar já o Estado de emergência…
Ou das crónicas do Fascismo cultural de esquerda (FCE) lava mais branco…
A “aguardar tranquilamente” pela decisão do Presidente da República. Foi assim que a coordenadora do BE descreveu a posição do partido em relação à possível declaração do estado de emergência por parte de Marcelo Rebelo de Sousa nesta quarta-feira. Mas a decisão do chefe de Estado vai encontrar um Parlamento dividido, ainda que o primeiro-ministro garanta que o Governo aprovará o que o chefe de Estado pedir. Se por um lado a esquerda lembra que o Governo ainda pode tomar outras medidas, antes de avançar para estado de emergência, a direita está com Marcelo e defende a declaração de estado de emergência o mais rapidamente possível.
António Costa: “Podem estar seguros que não adotarei a austeridade de 2011”
Continuamos a não perceber a esquerdalhada. – Neurologicamente um Esquerdoide dissocia completamente aquilo que faz daquilo que diz.
Por isso desde que diga que não é austeridade, e vai continuar a repeti-lo nos próximos anos, pode aplicar todas as medidas de austeridade que quiser e ainda se vai dar ao luxo de ficar indignado por o estarem a acusar de praticar austeridade.
O mais curioso é que o único que vai dizer que o rei vai nu, o único que vai evidenciar a hipocrisia será o André Ventura. Todos os outros serão muito alinhadinhos, muito respeitadores e em sintonia.
Notícia de finais de 2010, matéria para ser aplicada, como foi, entre 2011 e 2013:
“Função pública, o primeiro alvo dos cortes anunciados
Pensões congeladas, cortes na ADSE e redução das contratações. IVA a 23%. À terceira, foi de vez: o Governo quer cortar os salários da função pública em 5% já no próximo ano (2011)”
Quem era o chefe do governo naquela altura: José Sócrates.
Quem assinou o acordo com a Troica, quando estávamos a cair na bancarrota? O PMinistro Sócrates, secretário geral do Partido Socialista.
Quem foram os pais da austeridade, quem foram?
Escrevi a 28 de Outubro de 2015, referindo-me ao post que tinha escrito dois anos antes, fevereiro 2014, chamado o Truque, quando António José Seguro era ainda líder do PS. O truque era o truque que eu previa que o FCE ia realizar e substituir um pelo outro.
Era assim…
”
Escrevi este post (http://barradeferro.blogs.sapo.pt/o-truque-12831) há quase 2 anos (Fevereiro de 2014). Após as autárquicas que o PS ganhou com 37% dos votos e antes das Europeias que ganhou com 32% dos votos.
Eu, Nostradamus 2.0 , penso que chegou a altura de o comentar. escrevia eu…:
“…
Voltando ao truque. O truque do PS que resulta no contexto do mecanismo acima descrito (este à escala portuguesa) é fazer um congresso e substituir o actual líder pelo Tony Costa….
… e assim aconteceu com o golpe de estado realizado pelo António Costa contra o Tozé!
O Tony cala-se (como PPC antes de ganhar) e de forma natural o verde passa a amarelo é mesmo bonito, não é?
Paralelamente poderão todos observar o modo como o PS domina a imprensa em Portugal. O truque só resultará com a conivência dos media que terão que não fazer qualquer ponte entre o PS do ToZé e do PS do Tony! Mas isso já sabemos que é garantido, não é?
… e como observámos o tozé na imprensa estava ungido a primeiro-ministro desde o primeiro momento!
Duas questões de interesse. A primeira é como é que vão correr com o tozé. Não sou um politólogo logo não sei se já está atrasado ou o truque resulta sempre e nem é necessário muito tempo. Talvez tenha a ver com as europeias. Estrategicamente espera-se que o PS tenha um mau resultado para substituir o actual líder. Provavelmente, o truque parta do facto de qualquer que seja o resultado, aparte de uma votação que indicie maioria absoluta, não ser suficiente para salvar o líder e levar à indignação e sua substituição.
… e pá! e não é que foi mesmo assim o truque!?!
Logo após as europeias vamos ver os Pedro Adão e Silva, as Constança Cunha e sá, Pedro marques (sim, sei que é do PSD – pois abelha, vai perceber que Roma não paga) a malhar no tozé. No fundo a cada um o seu papel e quem aposta comigo que o Adão e Silva vai sair do armário e assumir a sua posição de político no PS no prazo de algo como um ano?
… convenhamos que foi na mosca, certo?!
Contudo, além da arraia-miúda acima referida teremos que ter pesos pesados. De Jaime gama a Henrique Neto, etc, na certeza que o mais fácil será soprar aos ouvidos do Mário Soares e lá vai ele a achar que foi ideia dele… Coitado do velho.
… MeuDeus… Nostradamos, roi-te de inveja!!!
E a segunda é que Interessa particularmente perceber até que ponto o povo português é assim. Sim,assim venezuelano. Porque isto tudo vai ter que ser feito com uma celeridade que não a normal e tenho para mim a certeza que na maioria dos países mais desenvolvidos, democraticamente, não seria conseguido – No way! A distância entre as elites (no caso do PS) e o povo votante tem que ser muito grande. Uns têm que ser muito inteligentes e os outros muito estúpidos.
…. Ao ponto de observarem calmamente o um dos maiores perdedores de eleições legislativas em Portugal desde sempre a realizar uma alteração de regime à frente dos nossos olhos! Sim venezuelanos e muito!
E a prova disto é que não estou mesmo (e posso estar errado) a ver o ToZé a ir às legislativas. Not a chance in hell! E acho que toda a gente sabe (até ele) e não me dizem!
… I rest my case.
2020– Volto muitas vezes a este meu post de 2014 para me lembrar de como o FCE domina mesmo portugal
Ainda bem que o Costa nunca mente. Afinal, durante o estado de emergência ele e o catatua irão sempre dizer a verdade.
Tenho todas as razões para andar descansado. O Costa diz que o Costa não é um mentiroso, e nenhum mentiroso diz alguma vez que diz a verdade, pois não?
Lá vem a os-te-ri-da-de de 2020.
Uma pequena história para a malta que veio aqui comentar:
Em 2012, durante o pico da crise, uma das criticas recorrentes de gente próxima de Passos Coelho era que, quanto pior Portugal estivesse, melhor seria para o Bloco e PCP e para as suas ambições politicas. Ou seja que o PCP e o Bloco queriam que a situação portuguesa se degradasse consideravelmente. Na altura achei que estas criticas eram legitimas.
Vendo agora o tom entusiástico com que o pessoal do insurgente – sempre fãs indefetíveis do Passos Coelho – deseja que Portugal sofra um novo resgate e leve com uma dose cavalar de austeridade em cima, percebo que as criticas dos Passistas em 2012 foram projecção. Afinal é uma parte da direita portuguesa que quer um Portugal destruído e de joelhos. Lamentável.
E desde quando António Costa tem algum problema em dizer uma coisa e fazer o seu contrário no dia a seguir?
“Afinal é uma parte da direita portuguesa que quer um Portugal destruído e de joelhos. Lamentável.”
ATAV,
Ambos os lados o querem. Só os mais ingénuos o ignoram e só os mais aldrabões o negam: cada lado está em pulgas para que corra mal ao outro lado, custe a quem custar – leia-se, ao país.
Quando a laranjada está no poleiro, os xuxas e os comunas querem que isto tudo rebente para culpar a direita e terem tacho.
Quando é a xuxaria, ainda por cima tendo os comunas atrelados, os direitalhas querem que isto tudo rebente para culpar os xuxas e impor (ainda mais) mama dos seus adorados mamões.
É como a carneirada da bola nas competições europeias: por fora “patriotismo”, por dentro torcem pela estranja. E como não? Se o Porto ganhar taças, fama e milhões, será pior para o Benfica; e vice-versa.
O problema é que a política não é a bola. E nesta pseudo-democracia, cada lado tem de ter sempre a razão toda. Mesmo que o PS e o Bosta fossem a 9ª maravilha do mundo, a direita estaria sempre contra. E vice-versa. Porque é assim a partidocracia.
Filipe Bastos
“Ambos os lados o querem. Só os mais ingénuos o ignoram e só os mais aldrabões o negam: cada lado está em pulgas para que corra mal ao outro lado, custe a quem custar – leia-se, ao país.”
Só uma parte da direita e da esquerda querem isso. Apenas os extremistas. Não consta que o António José Seguro ou o António Costa tivessem andado a torcer por um segundo resgate na altura do Passos. E também não estou a ver o Rui Rio, o Adolfo Mesquita Nunes ou a Assunção Cristas a fazerem figas para que isto corra mal agora. Ainda há gente que põe o país à frente do partido ou da ideologia.
E olhe que até na bola há gente que é capaz de tirar por um adversário interno nas competições internacionais. Eu conheço um benfiquista ferrenho que foi comemorar a Liga dos Campeões de 2004 para o centro de Lisboa com os portistas. Mas tem fairplay e é perfeitamente capaz de admitir quando o Benfica é beneficiado pela arbitragem nalgum jogo.
Ele não adota a austeridade de 2011 mas adota a austeridade de 2020, em que as pessoas são proibidas tanto de trabalhar como de se divertir. Austeramente, devem ficar presas em casa sem fazer nada. Nem a ir ao jardim apanhar sol têm direito.
“Vendo agora o tom entusiástico com que o pessoal do insurgente – sempre fãs indefetíveis do Passos Coelho – deseja que Portugal sofra um novo resgate e leve com uma dose cavalar de austeridade em cima, percebo que as criticas dos Passistas em 2012 foram projecção. Afinal é uma parte da direita portuguesa que quer um Portugal destruído e de joelhos. Lamentável.”
ATAV, o seu comentário não deixa de ser um pouco paradoxal, porque neste mesmo post é apresentado uma série de medidas de “austeridade” para a crise que já se iniciou. O que está aqui em causa, mais uma vez, serão as medidas a adotar para chegar ao mesmo fim… foi assim em 2011 com Passos Coelho, foi assim nos primeiros quatro anos de geringonça.
VOYEUR80
“ATAV, o seu comentário não deixa de ser um pouco paradoxal, porque neste mesmo post é apresentado uma série de medidas de “austeridade” para a crise que já se iniciou. ”
As medidas elencadas no post são aquelas que o Governo Sócrates colocou no Orçamento de 2011.
“O que está aqui em causa, mais uma vez, serão as medidas a adotar para chegar ao mesmo fim… foi assim em 2011 com Passos Coelho, foi assim nos primeiros quatro anos de geringonça.”
Você acha mesmo que as crises económicas resolvem-se com medidas de austeridade? Está enganado. Os estados têm de deixar os défices derrapar durante as crises económicas e equilibrar as contas durante os momentos de expansão. Chama-se a isto politica económica contra-cíclica. Minimiza o sofrimento das populações e faz com que as recuperações sejam mais rápidas.
Medidas de austeridade durante as crises económicas aumentam o sofrimento das populações colocando em causa a coesão social e o panorama politico. Também atrasam a recuperação económica e destroem a capacidade produtiva e de inovação dos países.
Eu sei isso, o ministro das finanças holandês sabe isso e a maior parte dos insurgentes também o sabem. Não é à toa que o ministro dos negócios estrangeiros alemão já veio a público dizer que para esta crise “é necessário ajuda imediata e não instrumentos de tortura como a troika ou programas de austeridade”
“Só uma parte da direita e da esquerda querem isso. Apenas os extremistas. Não consta que o António José Seguro ou o António Costa tivessem andado a torcer por um segundo resgate. E também não estou a ver o Rui Rio, o Adolfo Mesquita Nunes ou a Assunção Cristas a fazerem figas para que isto corra mal agora. Ainda há gente que põe o país à frente do partido ou da ideologia.”
Que fé, ATAV. Ao Seguro ainda consigo imaginar alguma decência; mas o Costa? Para sair por cima vendia o país, a mãe e a avó. É um pulha.
Os da direita são relativamente melhores, pelo menos os que nomeou, mas também lá não falta pulhas vende-pátrias.
Entre os melhores, ou menos maus, a diferença é que não querem a ruína total do país. Não chegam a tanto; mas todos, sem excepção, querem que corra mal a quem está no poleiro.
É assim que funciona. Parte da culpa está no sistema, nesta pseudo-democracia paralamentar, esta corrida de chulos onde só a vitória interessa. Quantas vezes viu um partido elogiar um rival? Quantas vezes viu alguém admitir que estava errado, ou que não sabia tudo?
Filipe Bastos
“É assim que funciona. Parte da culpa está no sistema, nesta pseudo-democracia paralamentar, esta corrida de chulos onde só a vitória interessa. Quantas vezes viu um partido elogiar um rival? Quantas vezes viu alguém admitir que estava errado, ou que não sabia tudo?”
Em plena campanha eleitoral num comício republicano, quando foi interpelado por apoiantes que diziam que tinham medo de uma presidência Obama e que ele era um árabe, o John McCain teve deu as seguintes respostas:
“He is a decent person and a person that you do not have to be scared of as President”
“He’s a decent family man, a citizen that I just happen to have disagreements with on fundamental issues, and that’s what this campaign is all about.”
“If I didn’t think I’d be one heck of a better President I wouldn’t be running, and that’s the point. I admire Sen. Obama and his accomplishments, I will respect him. I want everyone to be respectful, and let’s make sure we are. Because that’s the way politics should be conducted in America.”
O Primeiro-ministro sueco acabou de fazer um mea culpa relativamente à estratégia da Suécia para lidar com o coronavirus.” Não fizemos o suficiente”. Na Suécia a Agência de Saúde Pública é o principal responsável pelas decisões de saúde publica, não os politicos.
Aqui mais perto de nós temos o seguinte exemplo:
“PSD apoia o Governo neste combate”, disse Rui Rio a António Costa, desejando-lhe “coragem, nervos de aço e muita sorte porque a sua sorte é a nossa sorte “.
Falava de Portugal, ATAV. Noutros (raros) países, como na Escandinávia ou no Japão, vêem-se alguns (raros) bons exemplos.
Não é o caso dos EUA: o McCain nem era dos piores, mas o circo político americano é completamente podre. Isso foram palavras de circunstância para ganhar botinhos. Até a Hillary e o Trampa, num debate que vi e a pedido do jornalista, fizeram elogios um ao outro. A Hillary gabou os filhos do Trampa (chiça), este gabou-lhe a perseverança ou assim.
Em Portugal? O Rio só meteu a viola no saco para não passar por ‘irresponsável’. É tudo sondagens, tácticas e focus groups. O Bosta até fez um após a tragédia de Pedrógão! Veja bem o calibre do pulha.
Filipe Bastos
“Não é o caso dos EUA: o McCain nem era dos piores, mas o circo político americano é completamente podre. Isso foram palavras de circunstância para ganhar botinhos.”
Pelo contrário. Foi no meio de um comício de apoio à candidatura presidencial dele. E foi vaiado pelo que disse mas manteve-se firme. Há imagens disso. Vá ver e julgue por si mesmo.
“Até a Hillary e o Trampa, num debate que vi e a pedido do jornalista, fizeram elogios um ao outro. A Hillary gabou os filhos do Trampa (chiça), este gabou-lhe a perseverança ou assim.”
Só porque foram incentivados a isso pelo jornalista. Senão tinham ficado bem caladinhos.
“Em Portugal? O Rio só meteu a viola no saco para não passar por ‘irresponsável’.”
Não creio. Se assim fosse tinha só falado em Portugal deixando o Governo de fora.
“É tudo sondagens, tácticas e focus groups. O Bosta até fez um após a tragédia de Pedrógão! Veja bem o calibre do pulha”
Isso foi péssimo. Considero que o António Costa é um politico hábil e tem sido um primeiro-ministro aceitável (excepto nisso e no familygate), mas se eu fosse Presidente da República teria dissolvido a Assembleia na hora em que isso se tornou público.
“Não consta que o António José Seguro ou o António Costa tivessem andado a torcer por um segundo resgate na altura do Passos.”
Procure bem e verá muitos dos peiésse a falarem da inevitabilidade de um segundo resgaste e depois da impossibilidade de uma saída “limpa” (ou seja uma saída do programa da troika do Sócrates sem condicionalismos)
Veja o que dizia o Público em 2013
https://www.publico.pt/2013/09/29/jornal/segundo-resgate-poderia-chegar-aos-50-mil-milhoes-de-euros-27162567
É sempre um momento de comédia este diálogo entre o Filipe e o ATAV…
ATAV
“António Costa é um politico hábil e tem sido um primeiro-ministro aceitável (excepto nisso e no familygate), mas se eu fosse Presidente da República teria dissolvido a Assembleia na hora em que isso se tornou público.”
Como é que um primeiro-ministro é “aceitável”, mas o presidente deveria ter dissolvido a assembleia da república devido a algo que esse pm fez (ou mais correctamente não fez).
Um record, consegue dizer e desdizer-se na mesma frase…
….Preparem-se para o IVA a 25%.
A austeridade é não gastar o dinheiro dos outros. Incluindo os futuros outros.
Isso na cultura marxo -fascista que temos passa por uma coisa muito má.
Hoje que temos um crise verdadeira.
E como não se teve austeridade não há margem para fazer aquilo que deveria ser o âmbito fundamental do estado: estar presente nas emergências.
ATAV,
Tem certa razão quanto ao McCain: esse episódio pareceu genuíno. O que não invalida a podridão que lá vai. Degradou-se de década para década, cada vez pior. O Trampa é par for the course.
Se virmos campanhas dos anos 50/60, ou os célebres debates Buckley-Vidal, o nível, não sendo brilhante, estava a anos-luz do de hoje. Até parecia outro país. Tem sido um embrutecimento gradual.
Quanto ao Costa, tenho de dar razão ao Carlos: é incompreensível, inadmissível, inaceitável, insuportável. O bandalho. Na pulhítica que temos, sobretudo no Partido Sucateiro, é também par for the course.
Carlos Guerreiro
“Procure bem e verá muitos dos peiésse a falarem da inevitabilidade de um segundo resgaste e depois da impossibilidade de uma saída “limpa” (ou seja uma saída do programa da troika do Sócrates sem condicionalismos)
Veja o que dizia o Público em 2013
https://www.publico.pt/2013/09/29/jornal/segundo-resgate-poderia-chegar-aos-50-mil-milhoes-de-euros-27162567”
Ainda bem que puxou dessa referência. Todos os insurgentes deviam ler isso.
1º Nesse artigo só fala da troika e do governo da altura. Ninguém da oposição é mencionado.
2º Eu lembro-me da altura em que se discutia o pós-troika. E muito gente tinha dúvidas no que fazer. A Irlanda tinha prescindido do programa cautelar, mas eles estavam em melhor estado que Portugal. Lembro-me por exemplo do Miguel Frasquilho do PSD dizer que se as condições do programa cautelar fossem leves talvez fosse boa ideia Portugal optar por isso. Seria mais seguro. Na altura concordei com ele. Também não acho que ele quisesse que Portugal sofresse um segundo resgate. Aparentemente as condições do programa cautelar eram demasiado abusivas e o Passos Coelho decidiu – e bem, como mais tarde se viu – que Portugal não precisava de se sujeitar a isso.
3º Ao ler esse artigo dá para ver bem a sobranceria, a crueldade e os abusos da Troika. É só ameaças: “Se votarem nos errados, damos cabo da vossa economia com mais austeridade e reformas estruturais” . Dá para ver bem que os programas de austeridade tiveram muito de politica e populismo racista nórdico (os do sul são uns preguiçosos e merecem ser punidos por isso) e muito pouco de fundamentos económicos. Cada vez que os insurgentes repetem a propaganda do ministro das finanças holandês, demonstram que querem voltar a esses tempos. A Troika foi um instrumento de tortura, Heiko Maas está coberto de razão. Os gregos bem que o digam…
Carlos Guerreiro
“Como é que um primeiro-ministro é “aceitável”, mas o presidente deveria ter dissolvido a assembleia da república devido a algo que esse pm fez (ou mais correctamente não fez).
Um record, consegue dizer e desdizer-se na mesma frase…”
Significa apenas que eu tinha muito má impressão do Costa em 2017 mas que ele tem vindo a subir na minha consideração desde então. Nada mais.
Lucklucky
“A austeridade é não gastar o dinheiro dos outros. Incluindo os futuros outros.”
Tem razão. Isso, presumo eu, também inclui o dinheiro das receitas fiscais dos outros países?
Os futuros outros não precisam de um planeta para viver? Deixar-lhes dívidas? É mau! Mas um planeta devastado já pode ser.
“Hoje que temos um crise verdadeira.”
Em 2011 aparentemente foi uma crise a brincar. Como afectou principalmente os “untermensch” do sul da europa já não contou…
“E como não se teve austeridade não há margem para fazer aquilo que deveria ser o âmbito fundamental do estado: estar presente nas emergências.”
Ahhh! Exactamente a mesma tese do ministro da finanças holandês. Portanto como têm culpa, é deixá-los por sua conta, esperar por uma nova crise das dívidas soberanas e espetar austeridade pela garganta abaixo. De preferência acompanhada de lições de moral e teorias de superioridade nórdica de forma a cativar o voto nazi alemão, austríaco e holandês.
Eu sei dizer isto não interessa nada mas aqui vai uma pequena lição de história económica:
A Itália tem sido o bom aluno do euro. Como aumentou a divida soberana nos anos 80, passou os últimos 30 anos com saldos primários positivos, reformas estruturais e moderação salarial – leia-se 30 anos de austeridade. Resultado: a procura interna foi asfixiada e as exportações não compensaram. Logo a economia não cresceu e a divida não desceu. Apesar de supostamente ter feito tudo bem, foi rotulado de PIGS em 2011 apesar de nunca ter perdido o acesso aos mercados, ainda teve que levar com cartas ameaçadoras do Banco Central Europeu a exigirem mais austeridade e foi-lhes imposto um governo tecnocrático que a população não votou para implementar um programa que ninguém queria. (NOTA: cada vez que alguém falar em tecnocracia é isto a que se referem: gente que ninguém votou a fazerem coisas que só alguns querem).
Em 2015 levou com os refugiados. Pediu ajuda à Europa, mas os racistas com o Orban à cabeça sabotaram a resposta europeia. E curiosamente o Salvini é um grande admirador do Orban.
Em 2020, a pandemia. A resposta dos parceiros europeus foi exemplar: olharam só para os seus umbigos, fecharam fronteiras e alguns proibiram a exportação de material e consumíveis médicos para Itália. A Comissão Europeia nada fez. Com certeza que tinha outros assuntos mais importantes para tratar.
A Itália fez umas contas e disse: tenho um stock de divida muito elevado que estou há 30 anos a tentar reduzir mas não consigo. Se aumentar muito mais posso entrar na bancarrota. (Outros países do Sul da Europa estão na mesma situação.) Resposta europeia: não há problema, contraiam mais divida que irá resolver tudo. E enquanto isso o ministro das finanças holandês já andava a ensaiar a narrativa dos despesismos do sul e a preparar a faca de trinchar para a austeridade após o COVID. (NOTA: Desta vez o BCE mexeu-se cedo para tentar evitar o pior) E coisa mais gira é que a divida total (pública + privada) holandesa é maior que divida total italiana.
De um pais onde a maioria da população era esmagadoramente pró-europa passou a ser de maioria eurocéptica. E quão pró-europa eram os italianos? Bem, vamos pôr a coisa nestes termos: o Tratado que originou a CEE e é a uma das bases constitucionais da União Europeia não foi assinado em Roma por acaso.
E agora, o país que abateu e pendurou o Mussolini de pernas para baixo tem partidos abertamente fascistas a subir nas intenções de votos. Mas eu desconfio que quem anda a promover programas de austeridade sabe disso e promove-os com essa exacta intenção.
Filipe Bastos
“Tem certa razão quanto ao McCain: esse episódio pareceu genuíno. O que não invalida a podridão que lá vai. Degradou-se de década para década, cada vez pior. O Trampa é par for the course.”
Na América a podridão está principalmente na direita. Os democratas são uns pichas moles, mas não são grunhos. Mas têm ficado mais tesos ultimamente. Um dos poucos efeitos positivos do Trump.
“Se virmos campanhas dos anos 50/60, ou os célebres debates Buckley-Vidal, o nível, não sendo brilhante, estava a anos-luz do de hoje. Até parecia outro país. Tem sido um embrutecimento gradual.”
Verdade. Acho que terá algo a ver com a revogação da ” Fairness Doctrine” pelo Reagan que levou a que ocorresse uma retroalimentação positiva da grunhice. O grunho da tv incentiva o grunho em casa que por sua vez exige que o grunho da tv fique cada vez mais grunho. Também pode ser a decadência da nação que arrasta tudo atrás. Quem sabe?
“Quanto ao Costa, tenho de dar razão ao Carlos: é incompreensível, inadmissível, inaceitável, insuportável. O bandalho. Na pulhítica que temos, sobretudo no Partido Sucateiro, é também par for the course”
Discordo. Mas reservo o direito de mudar de opinião se as circunstâncias se alterarem.
RAIVA DE ULTIMA HORA
Costa sabe do oficio da trafulhice, e desta vez disse a verdade da mentira.
Que não haverá austeridade depois do Cofidis, disse ele, mas abano-lhe a cabeça para deixar cair que nem é preciso ser apenas depois, porque tendo começado o trabalhinho antes, já esta a tratar de nos fecundar durante.
«E coisa mais gira é que a divida total (pública + privada) holandesa é maior que divida total italiana.»
Irrelevante. É a Itália que está a pedir o dinheiro à Holanda, e não o reverso.
Quem empresta quer de volta.
ATAV,
«A Troika foi um instrumento de tortura, Heiko Maas está coberto de razão. Os gregos bem que o digam…»
A Troika não entrou cá por dentro imposta por força d’armas. A Troika veio emprestar dinheiro, *que lhe foi pedido*, e quis que esse dinheiro lhe fosse reposto, aconselhando os países a se reformarem para viverem dentro dos seus meios. Portugal não teria de aceitar qualquer medida de austeridade se o Costa e Sócrates, Falência Ilimitada, não houvessem esbulhado o pecúnio do país.
Não me lembro de o ATAV ter emprestado do seu próprio pecúnio ao país. E, se o houvesse feito, exigiria garantias semelhantes para o ter de volta.
Quanto ao desastre que é o António Costa: cuidado com os políticos que não são capazes de nada e são capazes de tudo para continuarem capazes de nada.
Francisco Miguel Colaço
“Irrelevante. É a Itália que está a pedir o dinheiro à Holanda, e não o reverso.
Quem empresta quer de volta.”
O quê? Ao menos preste atenção antes de começar a impingir a mentalidade de contas de merceeiro.
A Itália não quer dinheiro da Holanda. Consegue financiar-se nos mercados financeiros sem problemas. O que a Itália quer é um mecanismo europeu para evitar uma nova crise de dividas soberanas para não ter que pedir emprestado aos parceiros europeus. Também quer (como toda a europa quer) um plano de reconstrução da economia europeia que irá beneficiar toda a gente.
E no inicio disto também queria uma resposta europeia à crise sanitária, mas nisso a Europa já desiludiu…
E não, falar no nível de divida total dos países não é irrelevante. Não quando está a ser feita uma narrativa de gastadores vs poupados. Você acabou agora mesmo de fazer isso.
“A Troika não entrou cá por dentro imposta por força d’armas. A Troika veio emprestar dinheiro, *que lhe foi pedido*, e quis que esse dinheiro lhe fosse reposto, aconselhando os países a se reformarem para viverem dentro dos seus meios. Portugal não teria de aceitar qualquer medida de austeridade se o Costa e Sócrates, Falência Ilimitada, não houvessem esbulhado o pecúnio do país”
Crise das dividas soberanas? Self-fulfilling prophecy? Isto diz alguma coisa? Quando tínhamos menos stock de divida os juros aumentaram. Agora temos muito mais e os juros nunca estiveram tão baixos graças ao BCE. As instituições europeias contam. Mas pronto, como o Sócrates era um trafulha conseguiu falir a Grécia, a Irlanda, Portugal e os bancos espanhóis. E a trafulhice do Sócrates quase que chegava à Itália. Mas depois o Mario Draghi disse “whatever it takes” e o Sócrates deixou de ser um trafulha.
E a abordagem da troika foi excelente. Que bela escolha: um pancadão de austeridade para ficarem ou ainda mais austeridade para saírem da Europa. E vindo dos nossos parceiros europeus. Já agora, se os gregos soubessem em 2009 o que sabem hoje teriam optado por sair da Europa antes do primeiro resgate. O resto dos países periféricos só pensam no exemplo da Grécia neste momento.
Pequeno exercício: a sua casa está a arder e você vai ter com um amigo seu (você foi ter com ele porque são sócios na mesma empresa) para pedir ajuda. Ele diz-lhe que quer que você passe a comer só uma refeição por dia e viva na miséria antes de o ajudar. Mais ninguém está disposto a ajudá-lo. Eu chamo a isso extorsão e crueldade. Mas isso não é problema para si presumo eu, afinal você foi ter com ele de livre vontade.
ATAV,
O que a Itália quer, e Portugal, é que os nossos amigos holandeses, que têm tido boas finanças, se dêem quase que como fiadores para que os italianos e os portugueses continuem a gastar para ter a certeza de que não há amanhã.
Chamem o Passos Coelho. O Passos Coelho sabia gerir o país com pouco dinheiro. O Costa não tem cabeça, não tem espinha e obviamente tem um QI que é apenas ligeiramente superior ao número que calça.
Francisco Miguel Colaço
“O que a Itália quer, e Portugal, é que os nossos amigos holandeses, que têm tido boas finanças, se dêem quase que como fiadores para que os italianos e os portugueses continuem a gastar para ter a certeza de que não há amanhã.”
E pronto. Lá voltamos à indigência intelectual do “eles são poupadinhos e nós não”. Esqueça que a Itália anda a fazer austeridade há trinta anos, que a Holanda tem piores défices primários e mais divida total que Itália, que a Grécia levou com planos de austeridades que lhe tiraram mais PIB que a Grande Depressão (e dos quais ainda não recuperou) e que Portugal estava em superavit e que tinha reduzido a sua divida publica de 130% do PIB para 115% de 2015 até agora. Nada disto interessa. Os factos só atrapalham. Os povos do Sul são gastadores e os Nórdicos são poupados. Ponto final.
“Chamem o Passos Coelho. O Passos Coelho sabia gerir o país com pouco dinheiro. O Costa não tem cabeça, não tem espinha e obviamente tem um QI que é apenas ligeiramente superior ao número que calça.”
Para se ser um algoz a soldo de políticos estrangeiros não é preciso ter cabeça. Basta crueldade e desprezo pelos mais fracos. Para convencer uma comunidade de nações a abdicarem do chauvinismo e egoísmo para trabalharem para o bem comum é preciso idealismo, talento, persistência, paciência e muita dedicação. Não sei se o António Costa tem estas características mas tenho a certeza que o Passos Coelho não.
ATAV,
“…eu tinha muito má impressão do Costa em 2017 mas que ele tem vindo a subir na minha consideração desde então.
…para trabalhar para o bem comum é preciso idealismo, talento, persistência, paciência e muita dedicação. Não sei se o António Costa tem estas características…”
Para alguém tão razoável, assertivo e bem informado, quanto ao Costa e ao PS a sua postura continua perigosamente ambígua, para não dizer próxima à de um avençado, ou pelo menos simpatizante. Ambas as hipóteses são intoleráveis.
Nada está por ver ou por saber. Não há qualquer benefício de dúvida. O Partido da Sucata só dá 44s, Coelhones, Varas, Pinhos, beiçolas, chulecos como o César ou o Assis, pântanos e bancarrotas.
Nada, absolutamente nada mais. É a pior máfia do país. O 44, com ou sem crise internacional, era e é um trafulha. Talvez o pior escroque que já rastejou para fora do esgoto partidário.
O Costa anda na pulhítica há 40 anos. Se após 40 anos v. ainda não sabe que o Costa é um chulo e um bandalho, não saberá nunca.
“Pequeno exercício: a sua casa está a arder e você vai ter com um amigo seu (são sócios na mesma empresa) para pedir ajuda. Ele diz-lhe que quer que você passe a comer só uma refeição por dia e viva na miséria antes de o ajudar.”
Uma anologia melhor seria: v. passa fome e vai ter com o seu sócio, que lhe diz “não estourasses o dinheiro em p… e vinho verde”. Isto na visão do Francisco e outros fãs direitalhas.
Claro que a realidade não é tão simples – muito mamou o sócio à sua conta; quem estourou o dinheiro não foi v., foi a classe pulhítica e pseudo-gestora; e o dinheiro é mera invenção dos ‘mercados’.
Filipe Bastos
“Para alguém tão razoável, assertivo e bem informado, quanto ao Costa e ao PS a sua postura continua perigosamente ambígua, para não dizer próxima à de um avençado, ou pelo menos simpatizante. Ambas as hipóteses são intoleráveis.”
Não sou avençado e muito menos militante. Simpatizante? Depende do líder e do programa. Já admiti antes que nas últimas legislativas votei PS. Mas podia perfeitamente ter votado no PSD do Rui Rio. Decidi a caminho da cabine de voto.
“Nada está por ver ou por saber. Não há qualquer benefício de dúvida. O Partido da Sucata só dá 44s, Coelhones, Varas, Pinhos, beiçolas, chulecos como o César ou o Assis, pântanos e bancarrotas.”
Também saiu o Mário Soares que é o pai da nossa democracia, o António Arnaut que criou o SNS e o António Guterres que apesar de ser um pateta tinha bom fundo e tentou legitimamente melhorar Portugal.
E o que não falta por aí são exemplos de indivíduos com inúmeros defeitos e passados duvidosos capazes de grandes feitos. O Truman era um boy a soldo de um oligarca que lutou contra a corrupção e teve uma presidência que hoje em dia é considerada um modelo liderança e responsabilidade “The buck stops here”. O LBJ era um texano que estava completamente entranhado no sistema politico-partidário norte americano que herdou o cargo. Até hoje ninguém sabe como, mas conseguiu aprovar o Civil Rights Act, o Voting Rights Act e a Great Society que levantou milhões da pobreza e deu-lhes direitos políticos. Foi um milagre conseguido por um homem que era conhecido por vangloriar-se do tamanho do seu pénis. Finalmente temos o Churchill que lutou contra a carnificina e a barbárie na Europa e foi um carniceiro na India Britânica.
“Nada, absolutamente nada mais. É a pior máfia do país. O 44, com ou sem crise internacional, era e é um trafulha. Talvez o pior escroque que já rastejou para fora do esgoto partidário.”
A chegar a primeiro-ministro sem dúvida que foi. Se incluirmos aqueles que ocuparam o cargo de deputado ou de ministro não sei. Tem concorrência feroz do Armando Vara, Dias Loureiro e do Duarte Lima.
“O Costa anda na pulhítica há 40 anos. Se após 40 anos v. ainda não sabe que o Costa é um chulo e um bandalho, não saberá nunca.”
Já mudei a minha opinião do António Costa uma vez. Pode voltar a acontecer.
“Uma analogia melhor seria: v. passa fome e vai ter com o seu sócio, que lhe diz “não estourasses o dinheiro em p… e vinho verde”. Isto na visão do Francisco e outros fãs direitalhas.”
Neste caso seria alguém meter o dinheiro na empresa e quando precisasse de ajuda o sócio dizer “não estourasses o dinheiro em p… e vinho verde”. Foi o que o que aconteceu com a Itália. A maior parte das dividas deles foram contraídas nos anos 80 e 90 em preparação para a entrada na zona euro. Mas por aqui ninguém quer saber disso.
ATAV,
Não são eles que precisam de nós. Somos nós quem precisa deles. É irrelevante se eles têm boas finanças ou não, porque *somos nós quem deles precisa*. Repito: somos *nós*, que precisamos e mendigamos o aval deles, e não eles que nos impõem o dito.
Francisco Miguel Colaço
Outra vez? Vou explicar melhor: “nós” não precisamos “deles”. Nós somos eles.
Como o euro foi mal desenhado dá a entender que uns estão bem e outros não, mas isso é ilusório. A estabilidade e superavit de um deriva da instabilidade e défice do outro.
Mas uma coisa que afecte um pais, afecta todos. Foi por isso que foi preciso uma resposta europeia para uma coisa que afectou um pais com 2% do PIB europeu na crise das dividas soberanas. Quando a Grécia colapsou em 2011, foi tudo atrás. Irlanda, Portugal, chegou à Espanha e estava a começar a sentir-se em Itália. E já se falava que a França seria a próxima.
Portanto não é a Itália que tem um problema com a sua divida. É a Europa que tem um problema com a divida italiana, grega, portuguesa, belga e francesa. E estes países viram bem o que aconteceu à Grécia da última vez. E se lhes cheirar sequer que alguém está a cozinhar a mesma receita para lhes aplicar, batem logo com a porta.
O imbecil do ministro das finanças holandês é que não quer perceber isso. Ele acha que vai tirar dividendos eleitorais disso, quer ganhar o voto Francisco Miguel Colaço holandês que está com o Geert Wilders. Claro que se a zona euro implodir, a Holanda perde o acesso às multinacionais que vão para lá por causa da elisão fiscal e o seu principal mercado exportador. E vai ter o ódio dos 4 gigantes (França, Alemanha, Espanha e Itália) por causa do seu papel nisto tudo. Mas pronto, “nós” é que precisamos “deles”.
Já admiti antes que … votei PS.
ATAV, logo aí estamos, não em planetas, mas em galáxias diferentes.
Geralmente até concordamos, nisto jamais. Como diz um amigo, antes preferia cagar um pé todo. Lamento, mas v. é parte do problema.
Finalmente temos o Churchill que lutou contra a carnificina e a barbárie na Europa e foi um carniceiro na India Britânica.
Churchill foi carniceiro também na Europa: na Alemanha, na Irlanda, em Gallipoli… adorava guerra e bombas, como bom lorde, acima dos plebeus que levavam com elas. O grande herói passou o Blitz a mamar whisky e charutos no bunker e escondido na casa de campo.
Mas entendo o que diz, ninguém é perfeito. A questão é que o tempo dos estadistas, até dos políticos, já lá vai. Hoje só temos pulhas e mamões.
Em Portugal, o PS é um esgoto a céu aberto. E começou justamente no Soares, esse grande chulo. O Guterres, esse picha mole, inaugurou o marketing pulhítico com o brasuca e o Vangelis, e pirou-se após lançar sobre o país a máfia do 44 e do Vara. Nada se aproveita no PS.
(Sobre as dívidas soberanas, não se esqueça dos beneméritos da Goldman Sachs – o empregador do nosso ex-PM – que tanto ajudou as contas da Grécia e afins. O Francisco deve admirá-los muito.)
Filipe Bastos
“Geralmente até concordamos, nisto jamais. Como diz um amigo, antes preferia cagar um pé todo. Lamento, mas v. é parte do problema.”
Por acção ou omissão somos todos parte do problema. Uns mais do que outros, como seria de esperar.
“. O grande herói passou o Blitz a mamar whisky e charutos no bunker e escondido na casa de campo.”
Eu já li umas coisas sobre o Churchill há muitos anos e tenho a ideia que ele passou a juventude à procura de sarilhos em zonas de combate. Ou seja, ele era maluco e sedento de sangue mas pelo menos tinha a decência de se pôr nas linhas da frente. Tipo Alexandre Magno ou o Roosevelt (o que esfaqueava pumas, não o aleijado).
“Sobre as dívidas soberanas, não se esqueça dos beneméritos da Goldman Sachs – o empregador do nosso ex-PM – que tanto ajudou as contas da Grécia e afins.”
Ora ai está uma critica legitima que foi feita à Grécia na altura. Martelou parte das contas ( até nem foi muito se bem me lembro). O que já não foi legitimo é que a Grécia apanhou com o martelo em cima e a Goldman Sachs ficou-se a rir. Resumindo, quem empunhou o martelo queria apenas mais um pretexto para lixar a Grécia, não foi uma questão de punir os responsáveis por um comportamento censurável.
E há também a questão das agências de rating que faziam os downgrades das dividas soberanas nos dias antes das reuniões do eurogrupo e dos conselhos europeus. Enfim, o estudo da crise das dividas soberanas é uma boa leitura para quem quer aprender o tipo de maroscas que se fizeram e o género de canalhas que pululam nos altos níveis das empresas financeiras e nas instituições nacionais e europeias.
Uma comparação: Como o Truman como não era corrupto e não tinha cabeça para os negócios saiu da presidência sem poupanças. Mesmo assim achava que se aceitasse uma sinecura num conselho de administração estaria a conspurcar o cargo da presidência. O Congresso teve que lhe arranjar uma pensão para que ele não passasse dificuldades.
O Durão saiu da Comissão Europeia já sabendo que tinha direito a uma pensão de 7000 euros mensais. E também sabia que se tivesse ido dar umas aulas ninguém lhe levaria a mal. Mesmo assim foi para onde foi. É só comparar…
ATAV
“e que Portugal estava em superavit e que tinha reduzido a sua divida publica de 130% do PIB para 115% de 2015 até agora. Nada disto interessa.”
Interessa imenso. O Centeno forçou o superavit em 2019 (estava previsto para 2020) com cativações recordes e investimento público a nível inferior ao do Passos de 2015, porque queria dar o salto para o Banco de Portugal em 2020 e queria ficar coma fama do primeiro superavit da democracia (em 46 anos, até o botas conseguiu melhor…). Foram adiados gastos (e também pagamentos a fornecedores) que não pode continuar a ser adiados. O superavit de 2019 foi para satisfazer o ego do Centeno (não para melhorar as contas de Portugal). O Passos que fique quieto, agora é o tempo do Centeno e Costa governarem comas vacas voadoras mas magras.
O Costa e Centeno continuaram a aumentar a dívida em valor absoluto, apenas diminuiu em percentagem do PIB porque este subiu. O que lhes diziam era que devia também ter diminuído em termos absolutos (deveria estar agora em 100%). Agora que o PIB vai descer a dívida vai ultrapassar os 135% do PIB (FMI), vamos ver o Costa desculpar-se descida do PIB…
ATAV
“Quando a Grécia colapsou em 2011, foi tudo atrás. Irlanda, Portugal, chegou à Espanha e estava a começar a sentir-se em Itália.”
Gosta muito de baralhar e voltar a dar.
O problema da Grécia é que tinha umas contas que não correspondiam à realidade, tinham falsificado as contas para aderir ao euro. Como bom socialista deve perceber isto, quando a ideologia choca com a realidade não corre bem.
A Irlanda tinha um problema no sistema bancário.
A Espanha tinha um problema do imobiliário (em Espanha chegaram a construir-se mais casas por ano do que na Alemanha e França juntas), que contagiou os bancos.
E Portugal, tinha o Sócrates. Um projecto criminoso de enriquecimento ilícito com obras públicas e favorecimento de empresas e empresários que forravam os bolsos do Santos Silva.
A Itália é a Itália…
Agora a crise é toda igual, porque motivo os apoios em Espanha são 200 mil milhões de euros, na Itália 400 mil milhões de euros e Portugal são 2 mil milhões de euros? Estes 3 não têm dinheiro, mas Portugal é o pior de todos. Felizmente o Costa e o Centeno colocaram as contas em dia…
“Claro que se a zona euro implodir, a Holanda perde o acesso às multinacionais que vão para lá por causa da elisão fiscal e o seu principal mercado exportador. E vai ter o ódio dos 4 gigantes (França, Alemanha, Espanha e Itália) por causa do seu papel nisto tudo. Mas pronto, “nós” é que precisamos “deles”.”
Sabia que a Holanda era inovadora mas “elisão fiscal”?
Existem povo na periferia da Europa que tinha uma ilha que gastava como se não houvesse amanhã. Quando deixaram de conseguir pagar a dívida queriam que o “contenente” mandasse mais dinheiro. As pessoas do continente fizeram-lhe o gesto do Bordalo Pinheiro. Agora é que percebi, deviamos ter mandado a massa, “nós” (“contenente”) é que precisávamos “deles”…
Quanto à austeridade, claro que o Costa não vai aplicar a austeridade de 2011, vai aplicar a austeridade de 2020, que vai ser muito pior. A crise começou há 1 mês e as previsões de desemprego são de 17% e 1 milhão de trabalhadores em layoff com menos 30% de ordenado, estes devem estar tranquilos com as promessas do Costa (e ainda não começaram os aumentos de impostos e a criação de taxas e taxinhas)
Carlos Guerreiro
“Interessa imenso. O Centeno forçou o superavit em 2019 (estava previsto para 2020) com cativações recordes e investimento público a nível inferior ao do Passos de 2015, porque queria dar o salto para o Banco de Portugal em 2020 e queria ficar coma fama do primeiro superavit da democracia (em 46 anos, até o botas conseguiu melhor…). Foram adiados gastos (e também pagamentos a fornecedores) que não pode continuar a ser adiados. O superavit de 2019 foi para satisfazer o ego do Centeno (não para melhorar as contas de Portugal). O Passos que fique quieto, agora é o tempo do Centeno e Costa governarem comas vacas voadoras mas magra”
Quando é o Centeno a cortar despesa durante uma expansão económica chama-se cativações e é péssimo, horrível, desumano… E foi tudo para a sua glória pessoal. Quando foi o Passos a cortar despesa durante uma recessão chama-se austeridade é patriotismo e dá saúde. Olha, mais um apologista da “austeridade expansionista”.
Responda-se a isto já agora. Como é que se adia pagamentos a fornecedores com os prazos médios de pagamento a diminuírem? Gostaria de saber…
https://www.tsf.pt/portugal/economia/estado-demora-75-dias-a-pagar-a-fornecedores-e-quase-o-dobro-da-media-europeia-11084640.html
E a ida do Gaspar para o FMI foi claramente um favor que ele lhes fez, nada teve a ver com egos e ambições pessoais. E também não causou uma enorme celeuma em Portugal, incluindo no PSD e CDS …
Carlos Guerreiro
“Gosta muito de baralhar e voltar a dar.
O problema da Grécia é que tinha umas contas que não correspondiam à realidade, tinham falsificado as contas para aderir ao euro. Como bom socialista deve perceber isto, quando a ideologia choca com a realidade não corre bem.
A Irlanda tinha um problema no sistema bancário.
A Espanha tinha um problema do imobiliário (em Espanha chegaram a construir-se mais casas por ano do que na Alemanha e França juntas), que contagiou os bancos.
E Portugal, tinha o Sócrates. Um projecto criminoso de enriquecimento ilícito com obras públicas e favorecimento de empresas e empresários que forravam os bolsos do Santos Silva.
A Itália é a Itália…”
Sim, exactamente! Ainda bem que disse isso. Apenas confirma o que disse sobre a interligação das economias europeias. Uma economia periférica com menos de 2% do PIB europeu caiu e todas as outras abanaram. As mais frágeis caíram também. E antes de chegar à Itália o BCE decidiu intervir. Se não o tivesse feito sabe Deus o que teria acontecido.
“Agora a crise é toda igual, porque motivo os apoios em Espanha são 200 mil milhões de euros, na Itália 400 mil milhões de euros e Portugal são 2 mil milhões de euros? Estes 3 não têm dinheiro, mas Portugal é o pior de todos. Felizmente o Costa e o Centeno colocaram as contas em dia…”
1º Os países gastam em proporção ao seu PIB. Faz sentido que assim seja.
2º Depois do tratamento que a Grécia levou em 2011 e com o ministro das finanças holandês vir ensaiar o discurso do viver acima das possibilidades você agora queixa-se do valor dos apoios português? Mas não andou a aplaudir a austeridade aos gregos e a Portugal? Este é um dos resultados dela. Espero que seja do seu agrado…
“Sabia que a Holanda era inovadora mas “elisão fiscal”?”
Não conhecia esse termo? Existe, custa um balúrdio a muitos estados mas enche os bolsos dos ricos e a meia dúzia de estados. Holanda incluída.
“Existem povo na periferia da Europa que tinha uma ilha que gastava como se não houvesse amanhã. Quando deixaram de conseguir pagar a dívida queriam que o “contenente” mandasse mais dinheiro. As pessoas do continente fizeram-lhe o gesto do Bordalo Pinheiro. Agora é que percebi, deviamos ter mandado a massa, “nós” (“contenente”) é que precisávamos “deles”…”
Não tenho culpa de você ter levado as ameaças de independência do Alberto João Jardim a sério. Deve ter sido o único em Portugal… Já agora o “contenente” mandou a massa. Por duas vezes até. O Guterres perdoou a divida da Madeira há 2 décadas e o Passos Coelho mandou dinheiro. E com o mesmo juro com que o recebeu de fora.
Ah! E não sei se reparou mas a Itália não é uma região autónoma da Holanda. Portugal também não. Que raio de tendência têm os liberais de achar que a Holanda é o patrão deles…
Carlos Guerreiro
“O Costa e Centeno continuaram a aumentar a dívida em valor absoluto, apenas diminuiu em percentagem do PIB porque este subiu.”
A contabilização da divida em termos absolutos é politiquice. E sem qualidade! O Tratado Orçamental tem como referência a divida em função do PIB. E mesmo assim a dívida em termos absolutos estava estabilizada há alguns anos. Se não houvesse coronavírus provavelmente começaria a baixar. É um bocado difícil aumentar a divida quando se está em superavit…
“O que lhes diziam era que devia também ter diminuído em termos absolutos (deveria estar agora em 100%). ”
E como é que haveríamos de conseguir este fantásticos resultados? Despedir funcionários públicos e cortar pensões? Privatizações em barda? Baixar o IRC e liberalizar o mercado de trabalho? Não sei se reparou mas já andamos a fazer isso desde 2000. E as privatizações começaram nos anos 80, tal como as liberalizações do mercado de trabalho. Os resultados têm sido excelentes…
“Agora que o PIB vai descer a dívida vai ultrapassar os 135% do PIB (FMI), vamos ver o Costa desculpar-se descida do PIB…”
Sim tem razão é tudo desculpas do manhoso do Costa. Quando se contabiliza a divida em função do PIB, quando o PIB baixa a dívida fica igual. O Costa é que quer confundir o pessoal com conceitos inventados como aritmética ou contabilidade pública.
“Quanto à austeridade, claro que o Costa não vai aplicar a austeridade de 2011, vai aplicar a austeridade de 2020, que vai ser muito pior. A crise começou há 1 mês e as previsões de desemprego são de 17% e 1 milhão de trabalhadores em layoff com menos 30% de ordenado, estes devem estar tranquilos com as promessas do Costa (e ainda não começaram os aumentos de impostos e a criação de taxas e taxinhas)”
Há uma diferença entre perdas de rendimento devido a terramotos ou pandemias e planos de austeridade impostos por imbecis devido a perdas de financiamento decorrentes de estruturas politicas mal montadas. o primeiro é um desastre natural, o outro é uma opção politica.
Carlos Guerreiro
“Quanto à austeridade, claro que o Costa não vai aplicar a austeridade de 2011, vai aplicar a austeridade de 2020, que vai ser muito pior. A crise começou há 1 mês e as previsões de desemprego são de 17% e 1 milhão de trabalhadores em layoff com menos 30% de ordenado, estes devem estar tranquilos com as promessas do Costa (e ainda não começaram os aumentos de impostos e a criação de taxas e taxinhas)”
Deixe-me referir apenas que é para tentar minimizar a dor económica que o Costa está a tentar isolar a Holanda com o seu discurso dos gastadores sulistas e o Centeno está sempre a falar em coronabonds e planos de recuperação com 12 zeros. É para que recuperemos o mais rapidamente possível.
Mas força nisso. Continue a rezar para que pessoas como o ministro das finanças holandês levem a sua avante. Nós merecemos levar com uma austeridade semelhante à da Grécia. Se o nosso PIB colapsar 30 pontos e o desemprego andar acima de 20% durante cinco anos os “socialistas” perdem…
Quando vomitou isso estava a pensar no Zé Manel Seguro
“Responda-se a isto já agora. Como é que se adia pagamentos a fornecedores com os prazos médios de pagamento a diminuírem? Gostaria de saber…”
Faça a sua vontade!
https://observador.pt/2019/01/08/divida-do-sns-a-fornecedores-e-credores-aumenta-516-em-tres-anos/
https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/divida-do-sns-a-fornecedores-e-credores-aumentou-516-em-tres-anos
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/saude/detalhe/tdc-divida-do-sns-a-fornecedores-e-credores-aumenta-516-em-tres-anos
Até o Rio, o muleta do Costa, quer que o Costa pague a dívida que existe
https://expresso.pt/politica/2020-03-26-Covid-19.-PSD-defende-que-Estado-pague-4-a-5-mil-milhoes-de-dividas-a-fornecedores-em-15-dias
“1º Os países gastam em proporção ao seu PIB. Faz sentido que assim seja.”
É isso mesmo, se fizer as contas, comparativamente a Espanha, em “proporção” do PIB deveríamos estar a gastar 50 mil milhões (em vez dos 2 mil milhões. Mas sem ovos não se fazem omeletes.
“2º Depois do tratamento que a Grécia levou em 2011 e com o ministro das finanças holandês vir ensaiar o discurso do viver acima das possibilidades você agora queixa-se do valor dos apoios português? Mas não andou a aplaudir a austeridade aos gregos e a Portugal? Este é um dos resultados dela. Espero que seja do seu agrado…”
O holandês (e todos os contribuintes líquidos da EU) quer que quem peça emprestado, pague o que pediu.
E faz muito bem. Nem imagino se percebesse que querem continuar com a construção do aeroporto no Montijo (não será um pouco caro para estacionar aviões não usados…).
“Não tenho culpa de você ter levado as ameaças de independência do Alberto João Jardim a sério. Deve ter sido o único em Portugal… Já agora o “contenente” mandou a massa. Por duas vezes até. O Guterres perdoou a divida da Madeira há 2 décadas e o Passos Coelho mandou dinheiro. E com o mesmo juro com que o recebeu de fora.”
Noto uma certa dificuldade de compreensão. Se dentro do mesmo país houve muita gente contrário ao auxilio à Madeira, por “gastarem além das suas possibilidades”, é natural que entre países diferentes também exista uma resistência em pagar os excessos dos outros.
“A contabilização da divida em termos absolutos é politiquice. E sem qualidade! O Tratado Orçamental tem como referência a divida em função do PIB. “
Vamos ver o que diz o Costa no futuro, quando o valor da divida em percentagem do PIB começar a disparar (aposto que vai falar no valor absoluto…).
“E mesmo assim a dívida em termos absolutos estava estabilizada há alguns anos.”
“É um bocado difícil aumentar a divida quando se está em superavit…”
Mas o superavit foi só em 2019 (2016, 2017, 2018 foi deficit…)
E mesmo em 2019 a dívida pública aumentou…
https://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas-publicas/detalhe/divida-publica-aumentou-600-milhoes-em-2019-centeno-falha-boa-noticia
De qualquer maneira são bons sinais quando a esquerdalha agora é adepta do controle do deficit e percebe que a existência de deficit corresponde a aumento da dívida!
“E como é que haveríamos de conseguir este fantásticos resultados? Despedir funcionários públicos e cortar pensões? Privatizações em barda? Baixar o IRC e liberalizar o mercado de trabalho? Não sei se reparou mas já andamos a fazer isso desde 2000. E as privatizações começaram nos anos 80, tal como as liberalizações do mercado de trabalho. Os resultados têm sido excelentes…”
As politicas aplicadas em Portugal foram socialista. O resultado está à vista. Talvez valha a pena variar…
Se não tivesse reduzido o horário de trabalho do FP para as 35h para comprar votos já teria sido possível reduzir o deficit e não aumentar a dívida.
“Deixe-me referir apenas que é para tentar minimizar a dor económica que o Costa está a tentar isolar a Holanda com o seu discurso dos gastadores sulistas e o Centeno está sempre a falar em coronabonds e planos de recuperação com 12 zeros. É para que recuperemos o mais rapidamente possível.”
Durante os últimos 5 anos várias pessoas alertaram o Costa e o Centeno. Era o diabo que o Passos Coelho falou e se fartaram de gozar. Devíamos ter estado a colocar as contas em ordem, não a maquilha-las como fez o Centeno, adiando investimento de manutenção e pagamentos a fornecedores, para que quando houvesse uma crise tivéssemos margem para actuar.
Chegamos a 2020, com uma despesa estrutural aumentada em relação a 2015 e com a carga fiscal em valores recordes (superando, e muito, o brutal aumento de impostos do Gaspar).
O Costa já está a desdizer a frase que motivou este post. Já não se compromete em não aplicar austeridade!
Carlos Guerreiro
“É isso mesmo, se fizer as contas, comparativamente a Espanha, em “proporção” do PIB deveríamos estar a gastar 50 mil milhões (em vez dos 2 mil milhões. Mas sem ovos não se fazem omeletes.”
Eu também acho que Portugal precisa de gastar mais. Mas o PS não quer contribuir para a vossa narrativa de “mais uma bancarrota socialista”. Então, queixa-se agora do resultado do que tem andado a defender?
“O holandês (e todos os contribuintes líquidos da EU) quer que quem peça emprestado, pague o que pediu.”
O problema é que desequilíbrios estruturais da zona euro faz com que uns sejam deficitários e outros supravitários e com tendência a agravar o problema. O holandês finge que não sabe isso porque lhe convém politicamente. Consegue aceder a um mercado imenso e paga pouco por isso. Eu percebo o ponto de vista dele. O seu é que me escapa. Gosta assim tanto que o seu conterrâneos passem dificuldades?
“E faz muito bem. Nem imagino se percebesse que querem continuar com a construção do aeroporto no Montijo (não será um pouco caro para estacionar aviões não usados…).”
Infraestruturas? Para quê? Nenhum pais enriqueceu a construir infraestruturas modernas e a melhorar acessibilidades. E durante uma crise onde a procura está em mínimos e irá beneficiar de gastos públicos? É que nem pensar!!! Mais vale fazer austeridade para acabar com estradas inadequadas e pontes a cair aos bocados. Como por exemplo a Alemanha, Estados Unidos e… Itália.
“Noto uma certa dificuldade de compreensão. Se dentro do mesmo país houve muita gente contrário ao auxilio à Madeira, por “gastarem além das suas possibilidades”, é natural que entre países diferentes também exista uma resistência em pagar os excessos dos outros.”
Isso do “acima das possibilidades” é treta! Apenas uma desculpa esfarrapada que psicopatas usam para impingir dor à população. E mesmo que fosse verdade a opção é entre virar as costas e deixar a sociedade a desintegrar-se ou ajudar. Quando a Republica ajudou a Região Autónoma da Madeira fê-lo conforme as suas possibilidades. Quando a Grécia e Portugal precisaram de ajuda a Europa só ajudou “in extremis” para evitar a implosão da zona euro e mesmo assim tornou a coisa o mais dolorosa possível. Agiram apenas no seu interesse e foram pulhas.
“Vamos ver o que diz o Costa no futuro, quando o valor da divida em percentagem do PIB começar a disparar (aposto que vai falar no valor absoluto…).”
Vai falar da maneira que lhe convier. Tal como você falou em valores absolutos quando lhe convinha. E agora você só irá falar em percentagem do PIB porque lhe convém. As instituições europeias, FMI, Banco Mundial e OCDE sempre falaram em percentagem do PIB até agora e irão fazê-lo no futuro.
“De qualquer maneira são bons sinais quando a esquerdalha agora é adepta do controle do deficit e percebe que a existência de deficit corresponde a aumento da dívida!”
A maioria dos economistas são Keynesianos. Gastar em recessão, poupar em expansão. O PS aparentemente segue estes princípios. Faz bem. E os aumentos de dividas são bem-vindos em alturas de crise. É assim que os países recuperam das recessões.
“As politicas aplicadas em Portugal foram socialista. O resultado está à vista. Talvez valha a pena variar…”
Há 35 anos que Portugal anda a liberalizar mercados de trabalho, baixar IRC, privatizar, montar PPPs, abdicar da sua intervenção na economia em detrimento de reguladores e você diz que isso é socialismo? OK…
“Se não tivesse reduzido o horário de trabalho do FP para as 35h para comprar votos já teria sido possível reduzir o deficit e não aumentar a dívida.”
Um efeito das 35 horas que os liberais queixaram-se imenso: aumentou os gastos porque foi preciso contratar mais gente. E qual foi o sector mais afectado por isso? A saúde! Por causa disso contratou-se mais gente para os hospitais… Ainda me lembro da guincharia dos liberais, aliás ainda guincham porque não repararam que o SNS ficou mais reforçado por causa disso. Agora a redundância não parece tão má, pois não?
“Durante os últimos 5 anos várias pessoas alertaram o Costa e o Centeno. Era o diabo que o Passos Coelho falou e se fartaram de gozar. ”
O Passos previu o COVID e não fez nada? Porque não reforçou ele o SNS e comprou ventiladores? Mistério…
“Devíamos ter estado a colocar as contas em ordem, não a maquilha-las como fez o Centeno, adiando investimento de manutenção e pagamentos a fornecedores, para que quando houvesse uma crise tivéssemos margem para actuar.”
O Governo do Costa baixou a divida, acabou com o défice e reforçou o SNS. Em 4 anos. Que mais quer para lidar com esta pandemia?
“Chegamos a 2020, com uma despesa estrutural aumentada em relação a 2015 e com a carga fiscal em valores recordes (superando, e muito, o brutal aumento de impostos do Gaspar).”
Estrutural… Que trafulhice desonesta! Ou seja, salários e pensões. Quer pensionistas a morrer de fome e que os funcionários públicos trabalhem de borla ou por tuta e meia. Recebiam em palmas…
“O Costa já está a desdizer a frase que motivou este post. Já não se compromete em não aplicar austeridade!”
Ele prefere sair disto com investimento, cooperação com os parceiros europeus e recusa os métodos de 2011. Já o disse em múltiplas ocasiões e repetiu-o nessa mesma entrevista. Você e muitos outros já andam a afiar a faca de trinchar. Foi sempre o que quiseram. Esta crise é apenas mais um pretexto e é por isso que foram logo lamber as botas do holandês.
ATAV,
Não me venha com essa conversa, que não aceito a ponte que me tem para vender.
Carlos Guerreiro
Só agora é que vi a sua resposta relativamente à divida do estado a fornecedores.
Os links que me forneceu não respondem à minha pergunta. Como é que se adiam despesas se os prazos de pagamento estão a diminuir?
A divida pode ter aumentado mas os prazos de pagamento estão a diminuir. Ou seja, Portugal está a consumir mais, mas os fornecedores estão a receber o seu dinheiro mais cedo.
O Centeno não está a adiar pagamentos. Está é a cortar no investimento, mas isso é outra questão e terá o seu custo.
Francisco Miguel Colaço
Não vendo pontes. Dou opiniões e forneço argumentos para as sustentar. Se são bons argumentos ou não, deixo isso à consideração de quem os lê.
ATAV,
Está devidamente considerado.