Não faltam nomes possíveis fora da esfera de amigos de António Costa, mas vou-me arriscar e apresentar uma ideia ainda mais radical, daquelas que só liberais sem a mínima noção de como o seu país funciona se arriscam a apresentar. Esta ideia radical é a de que o próximo governador do Banco de Portugal seja escolhido através de um concurso público transparente e internacional.
A ler o artigo do CGP no ECO hoje.

Excelente artigo, corajoso, frontal, inteligente e ” muito á frente” da cultura politica dominante em Portugal….Acredito que 2 nomes também muito bons seriam : Álvaro Santos Pereira e Horta Osório….caso aceitassem…..dois homens competentes, livres e corajosos que não iriam fazer fretes ao António Costa e á familia socialista !!!!!
A sugestão de CGP é óptima, apenas não vai longe o bastante: não era só o BP. Com a classe pulhítica e pseudo-gestora que temos, inúmeros cargos precisam do mesmo tratamento.
Sobretudo os que estão sob directa influência dos governos e que deviam vigiá-los, em vez de serem meros fantoches do gangue, geralmente xuxa, que esteja no poder.
Em adição, precisamos de uma entidade com o exclusivo propósito de fiscalizar e responsabilizar políticos. Precisamos dela ontem.
Não obstante, no caso concreto do BP a sugestão de CGP tem um problema: deixaria tudo +- na mesma. Menos um boy, mas a mesma submissão à máfia banqueira.
Eis o que seria realmente radical: um banco central que defendesse o país e não os bancos; que perseguisse esses chulos e criminosos, essa máfia que parasita os países e as economias, em vez de ser um mero capacho dela.
O Carlos Guimarães Pinto tem toda a razão. Haveria toda a vantagem em que o governador do Banco de Portugal fosse um estrangeiro.
(Aliás, em geral, haveria toda a vantagem em que grande parte dos profissionais de topo portugueses fossem substituídos por estrangeiros.)
Bingo, Carlos Guimarães Pinto!
Filipe Bastos
Com a classe pulhítica e pseudo-gestora que temos, inúmeros cargos precisam do mesmo tratamento.
Exatamente, estou totalmente de acordo.
Teria a vantagem de, não somente melhorar substancialmnete a qualidade da gestão em Portugal (é sabido que os gestores portugueses são muito maus, a começar pelo péssimo hábito que têm de dar emprego com base em cunhas), mas também de quebrar com um dos principais males do país, que é o corporativismo. A melhor forma de dar cabo das corporações (dos médicos, dos juízes, dos gestores, etc) é trazer para cá estrangeiros que não tenham sido educados no respeito pelo corporativismo.
Desde que Portugal entrou no euro que o governador do banco de Portugal não é nomeado pelo Governo.
O Governo manda uma lista de indigitados para esse cargo e o Eurogrupo aceita ou rejeita este ou aquele.
O Governador empossado é um “empregado” do Eurogrupo. Faz o que eles mandam, mesmo que seja contra o interesse do país.
Repare-se no que Carlos Guimarães Pinto escreve, lá para o fim do seu artigo:
muitos [portugueses de sucesso no estrangeiro] sentiam que não tinham os “contactos certos” para prosseguirem a sua carreira no país. Há um sentimento generalizado de que ter mérito em Portugal não importa. […] um país radicalmente nepotista como Portugal.
Ou seja, Carlos Guimarães Pinto aparentemente concorda com o ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva quando eles afirma que a qualidade da gestão (pelo menos, a gestão de recursos humanos) em Portugal é muito má. Uma afirmação de Augusto Santos Silva que foi muito contestada, inclusive neste blogue, mas com a qual Carlos Guimarães Pinto (e todos os estudos internacionais sobre o tema) aparentemente concorda.
O regime/a esquerda são muito ciosos do que é seu (ou do que julgam ser seu, como é o caso), de modo que essa ideia, como o próprio autor no fim admite, dificilmente iria avante.
Também acho que ganharíamos em ter estrangeiros competentes a gerir certos aspectos deste nosso país latino-americano à beira mar plantado. Mas creio que teria de ser pela força. Talvez um dia uma nação civilizada, mas benevolente, se disponha a civilizar o rectângulo, já que os portugueses de esquerda estão empenhados em barbarizá-lo e os portugueses de direita(?) ora apoiam, consentem ou resignam-se à barbárie. Nas palavras de um conhecido extremo-esquerdista: “que venham muitos e façam disto um país”.
Filipe, você que é um profundo conhecedor (nem que seja de ouvido) do tempo do Passos (e da Troika chamada pelo Sócrates) esqueceu-se disto https://www.cresap.pt/ . Bem sei que agora foi instrumentalizada pelo Costa com primos e demais família.
“Ou seja, Carlos Guimarães Pinto aparentemente concorda com o ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva quando eles afirma que a qualidade da gestão (pelo menos, a gestão de recursos humanos) em Portugal é muito má.”, a frase correcta é substituir “aparentemente” por “não”. O trauliteiro do Santos Silva até pediu desculpas, foi mal entendido o pobre (mas também quem esteve tanto tempo com o Sócrates e não ouviu nem viu nada, o entendimento e compreensão têm de ser limitados).
Pá, já que estamos numa de trazer gente de fora, seria possível trazer eleitores de fora, daqueles vacinados ao vírus do socialismo? Era só uma ideia.
Carlos,
“…esqueceu-se disto https://www.cresap.pt/”
Lembro-me de ouvir disso, mas qual foi o efeito prático? Admito que as coisas tenham melhorado no tempo do Passos, em relação ao tempo do Trafulha 44 (piorar seria difícil), mas como no resto – renegociação das PPP, etc. – foi mais treta e foguetório que outra coisa.
Repare que Passos, mesmo tendo maioria paralamentar e o álibi da Troika, nem foi capaz de acabar com o regabofe das autarquias. Nem sequer com o da RTP. Além de ter impingido o trafulha do Relvas, cantado loas ao mafioso do Dias Loureiro, etc. Mais do mesmo.
“Admito que as coisas tenham melhorado no tempo do Passos, em relação ao tempo do Trafulha 44”
Com o CRESAP melhorou mesmo, antes as nomeações eram à Carlos César. Agora que o ps voltou ao poleiro o Costa tratou de controlar o CREAP e voltaram as nomeações à Carlos César.
E lá vem o “mas” da praxe…
“Repare que Passos, mesmo tendo maioria paralamentar e o álibi da Troika, nem foi capaz de acabar com o regabofe das autarquias. Nem sequer com o da RTP. Além de ter impingido o trafulha do Relvas, cantado loas ao mafioso do Dias Loureiro, etc. Mais do mesmo.”
Nas autarquias, o Passos pôs limites à capacidade de endividamento das autarquias. Mas o ps no poleiro rapidamente arranjou maneira de contornar as limitações e continuar o regabofe que refere.
Claro logo tinha que vir a conversa do Relvas e Dias Loureiro, mas esqueceu-se do Jorge Coelho, do Vitorino e, claro está, la créme de la créme, do impoluto Sócrates (o chamador da Troika)
E claro são todos iguais (“mais do mesmo”) mas foi o Passos que criou o CRESAP e foi o Costa que limitou o seu funcionamento
Por fim, lá afirmou o que lhe vai no coração: “Passos, mesmo tendo maioria paralamentar “, de lamentar foi não ter privatizado os transportes públicos nos primeiros anos do mandato…
O que Passos fez nas autarquias, relativamente ao que podia e devia ter feito, foi mera treta para inglês e Troika ver. Sabe porquê, não sabe?
Porque o Relvas e a podridão que o Relvas representa, esse esgoto a que os partidos chamam “as bases”, sempre visíveis em todos os congressos e discursos inflamados, que se resumem a vamos-pró-poleiro e queremos-mais-tacho, não deixou fazer mais.
E o jotinha Passos, como sonso de merda que sempre foi, meteu a viola no saco. Era mais fácil papaguear moralismos hipócritas e saquear o país para encher mamões. O que não impede alguns direitalhas otários de o louvarem como um herói, e de repetirem que “pagou os calotes do 44″… como se os tivesse pago do bolso dele.
Passos e o PSD são o complemento natural do 44 e do PS: este estoura, rouba e cria os calotes, aquele saqueia-nos para pagá-los. E vende o que resta em saldos aos mamões que ambos servem.
«O Governador empossado é um “empregado” do Eurogrupo.»
Erra. É do Parretido Xupialista e faz o que tem que fazer, *especialmente* se for contra o interesse do país.
O interesse do país é quase sempre divergente do interesse do PeiEshe.
«Passos e o PSD são o complemento natural do 44 e do PS: este estoura, rouba e cria os calotes, aquele saqueia-nos para pagá-los. E vende o que resta em saldos aos mamões que ambos servem.»
Ah, se fosse c’a Cacarina! Isso é que era!
Em dois meses seríamos a nação mais rica do Planeta, e talvez até uma das mais ricas da Ôropa!
«de lamentar foi não ter privatizado os transportes públicos nos primeiros anos do mandato…»
Concordando consigo, o poder naqueles dias foi exercido à ponta da navalha. Havia muitos inimigos do Passos Coelho na sociedade, estando os piores no seu próprio partido.
Não era um liberal? Não. Mas era uma pessoa decente.
Muito mais decente que o Marcelixo, o Costa Costástrofe e os Quarenta Mamões (todos primos). O Costa recebeu um país saneado e o desemprego já começou a subir de novo. E o homem está à espera da birra chinesa para justificar a queda que, com ela ou sem ela, já se anunciava.
Que tal acabar com o Banco de Portugal?
Porque é que uma vez que é o BCE que define a moeda porque é preciso uma entidade com o grau de Banco de Portugal?
E qual foi a poupança devido à redução da burocracia para Portugal devido a não emitir moeda?