Isto parece realmente uma anedota, mas não é. Nem num trabalho da faculdade isto acontece. E o que aconteceu? Aconteceu que o documento mais importante do Governo está cheio de erros. Alguns nem sei se propositados ou não.
Estava eu muito bem a ouvir o Ministro das Finanças a garantir que a carga fiscal não subia durante a conferência de imprensa quando decidi ir pegar no documento para confirmar. E lá fui eu à página 60 do relatório do OE ver a tabela mais importante do documento mais importante do governo:

E ali está. Somar a linha 1 e linha 5 da coluna da “2020 Previsão, % do PIB” e dá 35% de carga fiscal para 2020. Somar a linha 1 e linha 5 da coluna da “2019 Estimativa, % do PIB” e dá 34.7%. Como 35 é maior do que 34.7, o governo prevê um aumento da carga fiscal e o ministro mentiu quando disse que não iria haver aumento de carga fiscal.
Confrontado com isto, o Ministério já assumiu que há um erro. E não só há um erro, como com o passar das horas já se identificaram variados erros no documento. Como é que o documento mais importante do Governo está cheio de erros é uma coisa que nem me passa pela cabeça, sobretudo quando a data de entrega até foi escolhida pelo próprio governo.
O governo quis tanto entregar na data prometida, cumprir o que tinha prometido, que acabou por nada entregar em condições. Agora vai ter de corrigir o documento e enviar nova versão. Sintomático dos socialistas. Parece um país a brincar isto.
Dizem uns senhores jornalistas na TV que “ao contrário do que se pensava”, os benefícios para os jovens recém-formados não vão ser assim tão grandes. Não chegaram foi a esclarecer quem é que “pensava” que sim. São tão estúpidos que nem reparam que a esmagadora maioria deles vai ganhar uma miséria isenta de impostos.
Depois vem (novamente) o truque da electricidade para quem tem potências contratadas que não dão para ligar um fogão e um aquecedor, que representam praticamente zero, e engolem o esterco de boca completamente aberta. Nem sabem quantificar 10 ou 15% de redução incidente sobre valores miseráveis.
Até se esquecem que não é uma redução do IVA que está em causa, mas da eliminação de um IVA artificial do tempo da troika, quando era crime. E como a demagogia e a falta de vergonha é total, a metodologia é perguntar “digam então lá onde é que querem que se corte”. Até se esquecem, uns e outros, que passam o tempo com as devoluções na boca.
Como se não bastasse, perdem um caso em tribunal europeu sobre isenções de IMI nos centros históricos e tratam do assunto de forma vingativa, acabando legalmente com os benefícios, como por mero acaso acontece também com os polícias.
E famílias vão surgir com dois meninos, por troca de um apoio de 1000 ou 1500 euros.
Poderia ser orçamento para inglês ver, mas após janeiro os ingleses não terão nada a ver com esta chafarica, salvo acordos bilaterais que venham a ser celebrados.
Por agora, é orçamento para belga ver e português chorar.
Falta acrescentar que os dois filhos têm de ter em simultaneo menos de três anos. Depois a capa do público fala em excedente orcamental histórico e vitória para o povo a letras gordas. Hilariante para quem vê de fora, tragico para quem cá vive.
Então défice zero já não é crime e abuso do direitos humanos?
“Centeno mentiu de manhã”? Quando é que Centeno não mente? Centeno até a dormir mente…
Conversa da treta.
Se metade das empresas fechassem e 50% dos trabalhadores portugueses fossem despedidos, aí, a carga fiscal diminuía e muito!
vai ter de corrigir o documento e enviar nova versão. Sintomático dos socialistas.
Não sei o que o Bernado Blanco quer dizer com “os socialistas” nesta frase, mas recordo que no governo de Passos Coelho se fizeram bastantes erros bem mais graves do que este
Manuel Vicente Galvão
Se metade das empresas fechassem e 50% dos trabalhadores portugueses fossem despedidos, aí, a carga fiscal diminuía e muito!
Exatamente. A carga fiscal depende da atividade económica. Uma forma eficaz de não haver impostos, é eliminar a atividade económica. Foi o que aconteceu no tempo de Passos Coelho: a atividade económica diminuiu, e os impostos baixaram. Teve então que se aumentar a taxa dos ditos.
Critica-se muito o facto de os impostos estarem altos, mas em boa parte isso deve-se a a atividade económica também estar alta.
Manuel Vicente Galvão e Luís Lavoura
Lá estão vocês a utilizarem factos e lógica outra vez… Ainda não perceberam que isto é uma casa de culto?
Lá porque os liberais daqui gostam de se cobrir com ideologia travestida de tecnocracia, isso não quer dizer que sejam sensíveis a argumentos razoáveis (dando um desconto à hipérbole utilizada).
Falar em carga fiscal só tem realmente sentido se for um indicador calculado: impostos diretos + impostos indiretos + descontos SSocial – prestações sociais.
Isto porque pode dar-se o caso de o IRS aumentar para uma família e um deles ser “desempregado a receber subsídio” mas o subsídio de desemprego também subiu e compensou o aumento de IRS que o outro está a pagar. Idem para as creches, subsídios a idosos, etc.
Esta forma de calcular tem o mérito de por em evidência o destino dos aumentos (ou diminuições) de impostos no ponto de vista das transferências do OE para a SSocial, positivas ou negativas.
É como a diferença entre Temperatura Medida e Temperatura Sentida, que se vê no IPMA…
Mas ninguém parece pensar assim, porque isso chama a atenção da inutilidade de se manter os Serviços da SS e de passar tudo a ser OE. Tanto mais que o OE transfere verbas para a SS sempre que esta necessita…
Manuel Vicente Galvão
Falar em carga fiscal só tem realmente sentido se for um indicador calculado: impostos diretos + impostos indiretos + descontos SSocial – prestações sociais.
Muito bem!
É uma falácia juntar os descontos para a Segurança Social com os impostos, porque a Segurança Social não se limita a extrair dinheiro da sociedade, ela também distribui dinheiro pela sociedade (aliás, o dinheiro que ela distribui é praticamente igual ao dinheiro que ela extrai). Ou seja, a Segurança Social não cobra impostos: ela tira aos trabalhadores para dar aos reformados (e aos doentes, às mamãs, etc).
Se não houvesse Segurança Social pública (estatal), os trabalhadores não ficariam mais ricos, porque teriam na mesma que descontar do seu dinheiro, ou para uma Segurança Social privada, ou para pagarem eles mesmos, pessoalmente, aos velhinhos, aos doentes, às mamãs, etc.
Essa prática de juntar num mesmo bolo os impostos com as contribuições para a Segurança Social é falaciosa.
ATAV
Lá porque os liberais daqui gostam de se cobrir com ideologia travestida de tecnocracia
Eu também sou um liberal, aliás sou membro da Iniciativa Liberal.
Mentiu de manhã ?
.. e à tarde disse verdade?
… e à noite disse que não disse ?
Isso de não saber contas nem é mentira… é verdade… não sabe nem nunca soube
Luis Lavoura
“Eu também sou um liberal, aliás sou membro da Iniciativa Liberal.”
I stand corrected. Foi uma generalização abusiva da minha parte.
Da próxima vez direi “…a maior parte dos liberais daqui…”
Já agora, não acha estranho que esse partido liberal esteja cheio de gente misógena, só se preocupe com os desejos dos empresários ricos e esteja a competir pelo eleitorado do CHEGA!?
Luís Lavoura.
“ela tira aos trabalhadores para dar aos reformados (e aos doentes, às mamãs, etc).”
Isto é, ela tira aos TRABALHADORES DE HOJE, para dar aos TRABALHADORES DE ONTEM.
E tirará aos trabalhadores de amanhã para dar aos trabalhadores de hoje.
A doença não tem a ver com SSocial, já as mamãs sim, e os desempregados, e os reformados. Todos ou são, ou já foram trabalhadores, já descontaram para a SS.
É confrangedora a hipocrisia de CERTOS liberais, quando nos propõem sistemas fiscais que não têm em consideração existirem na sociedade muitos cidadãos que necessitam de apoio para não serem atirados para a valeta (e morrerem lá). Será que esses liberais pensam que nunca cairão em desgraça?
ATAV
esse partido liberal esteja cheio de gente misógena
Não sei a que gente se refere.
A Comissão Executiva da Iniciativa Liberal é composta, salvo erro, por 13 homens e sete mulheres. Não é propriamente paritária, mas também não me parece misógina…
e esteja a competir pelo eleitorado do CHEGA!?
Não vejo de que forma é que está a fazer tal competição.
A Iniciativa Liberal tem as suas ideias, o Chega tem as dele. Nalguns aspetos as ideias podem coincidir, mas isso é verdade para quaisquer dois partidos.
Manuel Vicente Galvão
A doença não tem a ver com SSocial
Tem. Quando um trabalhador está doente e fica de baixa, a Segurança Social paga-lhe o ordenado (creio).
CERTOS liberais propõem sistemas fiscais que não têm em consideração existirem na sociedade muitos cidadãos que necessitam de apoio
Geralmente, o que os liberais propõem é que esses apoios sociais sejam prestados por privados e/ou que os descontos feitos para eles sejam geridos de forma privada.
Por exemplo, no Brasil o seguro de desemprego provem de uma poupança (obrigatória) feita individualmente pelo próprio trabalhador. Em Singapura alguns cuidados de saúde são pagos por Contas-Poupança Saúde individuais.
Em tais sistemas as pessoas têm maior liberdade e maior responsabilidade quanto à sua situação de doença ou de desemprego.
Luís Lavoura. Eu sei! quanto menos Estado melhor, porque os privados gerem muito melhor que o Estado.
Talvez seja verdade, mas há muitos casos (e gigantescos) que contrariam essa tese, Desde a Pacific Gas & Electric que abriu falência só para não pagar as indemnizações por responsabilidade nos fogos da Califórnia, ou a ENRON que aldrabou as contas para enriquecer uma pequena parte de seus acionistas, e assim derreteu milhões de dólares dos fundos de pensões de dezenas de milhares de trabalhadores. Por cá temos um naipe bem alargado de banqueiros que deixaram um rasto de lesados que perderam quase todas as poupanças PRIVADAS. Eu próprio por pouco não perdi alguns milhares de euros que poupei na AIG seguros americana. Só não perdi porque o Estado americano interveio. Os contribuintes americanos (como os liberais interpretam).
O Estado fraco enfraquece por arrasto as oportunidades de sobrevivência dos cidadãos. Sobretudo quando as coisas correm mal. Não poucas vezes.
Aviso ao Manuel Vicente Galvão o Estado Português faliu 3 vezes nos últimos 40 anos…ainda não vi a pedir para acabar com o Estado por ter falhado.
Ainda não percebeu que uma das razão para lá da moral e ética da liberdade é precisamente por as coisas falharem que é preferível ter muitas companhias que um Estado a controlar quase tudo. Quando o Estado controla tudo, falha desce tudo.
Isto conforta certo tipo de pessoas que gostam de marcar os outros, sentem inveja se os outros estão bem pois sabem que se vão abaixo, todos os outros também vão. Se forem todos pobres ficam contentes.
Agora imagine se a Enron fosse única, se a AIG fosse única se…
A Fanny Mae e Freddie Mac eram únicas , tinham regras únicas para dar aval a empréstimos imobiliários…viu-se o que deu.
O agora recente falhanço trágico do INEM se fosse uma empresa privada? já saltariam cá para fora todos os socialistas a pedirem a sua nacionalização.
Ainda não o ouvi nem o ATAV pedirem a privatização o INEM, nem em nenhum jornal ou TVs.
Para lá das razões acima é por serem existir diferença( empresas) que têm diferentes estratégias e práticas que permite melhorar a qualidade e produção em geral.
Luís Lavoura,
«Exatamente. A carga fiscal depende da atividade económica.»
Confunde carga fiscal (um rácio) com colecta fiscal (valor absoluto). A carga fiscal seria a mesma, já que as empresas que faliam subtrair-se-iam à actividade económica.
A carga fiscal é o rácio entre o que o que pagam ao Luís Lavoura e o que o Luís Lavoura traz à sua mulher lá em casa para o bifinho das sextas-feiras.
A bazófia de alguns socialistas aqui que malham no governo do passos como se na altura nao houvesse um país falido e um memorando assinado por socialistas para cumprir…
Lucklucky
Eu não pedi a privatização do INEM devido a esse caso porque a privatização não é uma varinha mágica que resolve os problemas das instituições assim sem mais nem menos.
Acha mesmo que privatizar os serviços de emergência é uma boa ideia?
Luis Lavoura
As semelhanças entre a IL e o CHEGA! são demasiado evidentes. A começar pelo desprezo pelos mais pobres e fracos da maioria dos apoiantes de ambos os partidos.
A misoginia da IL está na retórica dos responsáveis do partido não na composição da comissão executiva e das listas partidárias que é para inglês ver ou uma imposição legal respectivamente. Creio que a Maria João Marques já falou abundantemente sobre isso.
“é preferível ter muitas companhias que um Estado a controlar quase tudo. Quando o Estado controla tudo, falha desce tudo.”
Bem visto, Lucky. É melhor ter um oligopólio de mamões a controlar tudo – incluindo o Estado, através dos seus fantoches políticos.
Assim nunca falha… corre tudo sobre rodas para os offshores deles.
ATAV,
não leio textos da Maria João Marques desde os tempos em que ela escrevia neste blogue. Não sei que textos tenha ela escrita sobre a suposta misoginia da Iniciativa Liberal. Se quiser, pode ter a gentileza de licar um ou dois aqui.
De qualquer forma, a Maria João Marques não é pessoa por cuja coerência intelectual eu tenha grande respeito, desde o tempo em que ela escreveu que não era na verdade liberal a sério, mas tão-somente em questões económicas.
Filipe Bastos,
A um oligopólio de empresas o Filipe Bastos compra se quer. Ao Estado não pode não comprar.
Prefiro, mal por mal, quem me dê mais hipótese de escolha.
ATAV,
Tal como o Caco Antibes do Sai de Baixo, eu odeio pobres e pobreza, e tudo farei para os tirar dessa condição. A esquerda e o ATAV odeiam ricos e riqueza, e todo farão para os tirar dessa condição.
Luís Lavoura
Deixo-lhe estes dois links. O do observador é para assinantes mas o da capital mag é aberto e mais completo.
https://observador.pt/opiniao/iniciativa-liberal-facilitar-mais-mulheres-na-politica-nao-mais-na-prostituicao-sim/
https://capitalmag.pt/2019/09/24/o-twitter-obsessivo-misogino-e-anti-feminista-dos-membros-da-il/
Há ainda o twitter e o Facebook dela que estão cheios de textos referentes à IL caso tenha paciência para dar uma vista de olhos. Mas o que não falta lá são apoiantes da IL a mandar vir com ela nos comentários.
“De qualquer forma, a Maria João Marques não é pessoa por cuja coerência intelectual eu tenha grande respeito, desde o tempo em que ela escreveu que não era na verdade liberal a sério, mas tão-somente em questões económicas.”
Neste momento ela parece ser mais liberal nos costumes e menos na economia.
Francisco Miguel Colaço
“Tal como o Caco Antibes do Sai de Baixo, eu odeio pobres e pobreza, e tudo farei para os tirar dessa condição.”
É por isso que quer eliminar o salário mínimo, liberalizar o mercado de trabalho e acabar com os sindicatos ligados à esquerda. Tudo para reduzir o poder negocial dos trabalhadores que dependem do seu salário para sobreviver. Assim é os menos abastados vão enriquecer: a depender da generosidade dos ricos.
E também defende a redução do peso do estado na economia (leia-se menos investimento público, menos impostos progressivos e menos redistribuição desse dinheiro para os mais desfavorecidos).
Tendo em conta o objectivo de erradicar a pobreza estas medidas vão dificultar mais a vida dos pobres. É a mesma coisa que tentar apagar um incêndio com gasolina…
“A esquerda e o ATAV odeiam ricos e riqueza, e todo farão para os tirar dessa condição.”
Leia-se os afluentes devem pagar mais impostos para garantir um estado social mais abrangente.
“A um oligopólio de empresas o Filipe Bastos compra se quer. Ao Estado não pode não comprar.”
Depende, Francisco. Para ter luz em casa, tenho de comprar a um oligopólio de mamões. O mesmo se quiser ter gás, pôr combustível, ter um nº telefone e outras coisas.
Certas coisas terão alternativas, por ex. podemos não usar a Microsoft ou o Google. Mas como falámos, até o Linux está hoje nas mãos de mamões. Fazer compras: como fugir aos hipers, se estes levaram à falência das outras lojas? Vestuário: quantos podem evitar roupa feita por semi-escravos na China e Bangladesh? Ou computadores? Ou quase tudo?
O mundo está feito por e para mamões, Francisco. Ainda não reparou? Até controlam o Estado; até têm leis e impostos à medida. As leis e os impostos de que nos queixamos são para arraia-miúda, para v. e eu.
Filipe Bastos,
«Para ter luz em casa, tenho de comprar a um oligopólio de mamões. »
Precisa de ter luz em casa?
Precisa de ter automóvel?
Não pode comprar apenas roupa de cuja origem conheça e com a qual concorde?
Por contra:
Pode dizer que não paga impostos relacionados com a despesa militar por ser um pacifista?
Pode-se recusar a pagar taxas sobre a RTP na electricidade, mesmo não tendo televisão ou vontade de ver a RTP?
ESTES ÚLTIMOS SÃO OS VERDADEIROS MAMÕES.
ATAV,
obrigado pelos linques. Li algumas das coisas. Fiquei mais ou menos esclarecido.
Como não frequento facebook nem twitter, perco estas pérolas de discussões.
Como de costume nesses meios, fala-se depressa de mais e toma-se posições extremadas.
A Maria João Marques parece-me ter alguma razão. Mas não toda.
Luís Lavoura
Não tem de quê. E não perde muito em não andar no facebook e twitter. Há muito lixo por lá…
“ESTES ÚLTIMOS SÃO OS VERDADEIROS MAMÕES.”
Esses são chulos; não é bem a mesma coisa. Sem entrar em minudências, basta dizer que os mamões estão noutro nível.
Pagar uma emissora pública não é um mal. Se a RTP tivesse qualidade, como a BBC, ou fizesse genuíno serviço público, acharia lindamente. A tropa: mesmo um pacifista concordará que precisamos de algum tipo de forças armadas. É realista.
O problema é serem fábricas de tachos, poços de desperdício, lodaçais de relaxe, cunhas, compadrios e, no caso da tropa, negociatas corruptas.
Dirá que quase tudo o que é Estado tende a ser assim. Terá razão. Mas precisamos é de melhor Estado, não de vender o que resta aos mamões. Quando tudo for mesmo deles, logo vê que ‘escolha’ vai ter.
ATAV,
«Quando tudo for mesmo deles, logo vê que ‘escolha’ vai ter.»
Preciso de um exemplo preciso. Nunca acho um, em qualquer ramo de actividade, sem que um monopólio de Estado ou regulação punitiva aos insurgentes pelo Estado seja pior.
Ainda sou do tempo da PT estatal com os seis meses para instalar um telefone.
Francisco Miguel Colaço
“Preciso de um exemplo preciso. Nunca acho um, em qualquer ramo de actividade, sem que um monopólio de Estado ou regulação punitiva aos insurgentes pelo Estado seja pior.”
Há um exemplo que me vem logo à cabeça: o sector da água. Na maioria dos países onde foi privatizada ou concessionada, as tarifas aumentaram brutalmente e os estados ficaram fiadores de todos os investimentos que essas empresas tinham que fazer.
E enquanto os consumidores eram espoliados por tarifas abusivas e os estados corriam o risco do investimento na rede, as empresas continuaram a pagar bónus gigantescos aos gestores e a distribuir dividendos opíparos.
É por causa destas e doutras que há imensos municípios pelo mundo fora que estão a reverter as concessões da água.