O Milagre Liberal da Estónia

Vale a pena ler o artigo de opinião O “milagre” liberal por Luís Areias, no Observador sobre a Estónia:

[…] Ocupada pela URSS até 1991, o PIB per capita em 1995 era de uns míseros 5.292 euros o que compara com os 12.116 euros de Portugal no mesmo ano. Volvidos 23 anos, o PIB per capita estónio era de 25.087 euros que compara com os 23.397 euros portugueses.

Refira-se que a Estónia apenas aderiu à União Europeia em 2004, isto é, 18 anos após a entrada de Portugal. Não obstante Portugal ter partido de uma base de riqueza de mais do dobro da Estónia, de ter beneficiado de fundos europeus por mais 18 anos que a Estónia e da dívida per capita em Portugal ser quase 15 vezes superior a da Estónia (23.831 euros vs 1.624 euros), em 23 anos a Estónia é hoje um país mais próspero e mais desenvolvido que o nosso.

[…] A Estónia é uma economia com melhor rating de dívida que Portugal (2019); melhor posicionada no ranking de inovação (2018); com uma taxa de desemprego inferior à portuguesa (3,9% vs 6,6%) (2019) e com desemprego de longa duração muito inferior ao nosso; melhor posicionada no ranking de capital humano (12º vs 43º) (2017); melhor país para se fazer negócios (16º vs 34º) (2019); com mais imigração e menos emigração que Portugal, sinal de maior atractividade; melhor posicionado no ranking global de competitividade (32º vs 34º) (2018); onde a percepção de corrupção é menor (18º vs 30º) (2018); melhor posicionado no ranking mundial de felicidade de 2019 (55º vs 66º); melhor posicionado no índice global de diferênça de genéro em 2018 (33º vs 37º) e com uma taxa de natalidade e um índice de desenvolvimento humano superior ao nosso (2017).

3 pensamentos sobre “O Milagre Liberal da Estónia

  1. Fausto Matiad

    A única resposta que encontro para esto situação e a falta de educação do povo português e do povo não saem bons líderes, isto apesar deviermos sido sempre os bons alunos da EU. Temos de reconhecer que quando culpamos a classe política que temos constatamos que ela não é estrangeira naturalizada portuguesa. Quantas mais gerações temos de sacrificar a mediocridade para que finalmente os portugueses vivam melhor. A estatística e interessante para conseguirmos o diagnóstico mas o que importa é que Soluções devemos encontrar para a melhoria

  2. Filipe Bastos

    Embora não tanto como a Lituânia, também aqui louvada e cantada quase todos os dias, a Estónia é um país cada vez mais desigual:

    https://oecd-ilibrary.org/economics/oecd-economic-surveys-estonia-2017/estonia-lags-behind-in-terms-of-income-inequality-and-poverty_eco_surveys-est-2017-graph5-en

    https://businessinsider.com/the-8-major-economies-with-most-inequality-2017-8

    Claro que isto não é um problema para quem não vê na desigualdade um problema… geralmente meninos riquinhos ou com aspirações a tal, que se imaginam sempre do lado vencedor, que se julgam imunes à pobreza. Pimenta no cu dos outros é refresco, não é verdade?

  3. E tivemos o ódio Marxista à Liberdade e melhoria das condições de vida.

    Não tinham ódio nenhum à Estónia muito pobre, só o têm agora à Estónia quando fica mais rica.

    Tal como os jornais nunca noticiaram “problemas sociais” na China até começarem a existir ricos. A partir do momento começaram os pobres a ser notícia. Até lá não tinham direito a existir.

    É da maldade.

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