“Deus morreu”. E agora é só pseudo religiões a tentarem oferecer algum propósito à humanidade. Basicamente alguma ordem que substitua a religião. Exemplo principal: o ambientalismo.
A lógica é a seguinte (vejam lá se vos lembra algo). O mundo era o paraíso da natureza. Depois, os humanos foram greedy (maçã) e estragaram tudo. Agora vai haver um dia em que o planeta acaba, dia esse que os fiéis estão sempre a dizer que é daqui a 10 anos (dizem é isto de 10 em 10 anos, claro). É basicamente o grande dia do julgamento final.
Daqui resulta que precisamos de salvar o planeta a todo o custo, espalhar a palavra da sustentabilidade contra o pecado poluidor e o aquecimento global. Resulta que temos de não comer certas coisas, não produzir/consumir outras, usar produtos como as palhinhas de bambu, ir às procissões das manifestações/greves climáticas e, o principal acto da missa, reciclar sempre. Resulta que temos de respeitar e espalhar os seus símbolos, como o logo da reciclagem, os quais devem entrar na cabeça de todos desde muito pequeninos na escolinha.
Depois temos também os apóstolos ou profetas, que podem ser mais locais como algumas influencer digitais aqui da praça ou globais como o DiCaprio e a Greta. Todos andam a espalhar a palavra de Deus… do ambiente, desculpem.
Isto tudo a propósito da vinda da jovem ativista sueca Greta Thunberg (ainda não sei se é Deus, mas imagino que pelo menos para alguns seja), a qual prevê chegar a Lisboa no início de Dezembro (com direito a ir ao Parlamento e até a falar mais tempo que os deputados dos novos partidos).
Realmente nem todas as crianças têm o privilégio de passar férias a dar a volta ao mundo de barco para ir falar em eventos, enquanto as outras estão na escola a estudar, brincar e a fazer amigos. Infelizmente para ela, parece-me bastante mais saudável ser uma dessas outras crianças.

PS: Não sou anti-ambientalismo, pelo contrário. É uma causa importante à qual os países devem dar importância, sobretudo depois de atingirem um certo estágio de desenvolvimento e riqueza que já lhes permita terem essas preocupações. Sou é contra fiéis extremistas, seja neste “religião” ou noutra qualquer.
Só vai nestas conversas quem não conhece a inexorável Lei da Natureza que dá pelo nome de: A Tragédia das Bens Comuns.
A única religião que resta no Ocidente é a Política.
E a Política é a única Religião que promete controlar o Clima.
O que mostra o extremismo dos seus crentes.
E se no dia em que a mística chegar nevar em Lisboa? Será sinal da mística?
Manuel Vicente Galvão, acontece que Hardin era malthusiano, coisa que por aqui deve bastar para provocar ataques de raiva.
Greedy em português é ganancioso. Podia ter ido ao dicionário, mas é lazy.