Leitura muitíssimo recomendada do artigo de opinião de Jose Manuel Fernandes n’O Observador: “Se isto não é um pesadelo, o que será um pesadelo?”
[…] Mas não é este o país com que o PS sonha, porque neste país ele só vê defeitos. E por isso passa a vida a criar novos regulamentos, a tratar de ter bem controladas as entidades reguladoras e a procurar que tudo passe pelo gabinete de um ministro ou de um secretário de Estado.
Há décadas que os socialistas acham que é assim – criando mais regras, mais organismos, mais secretarias de Estado, por fim mais ministérios – que se consegue criar os instrumentos do crescimento. Orientar o crescimento. E prescientemente dizer aos investidores onde devem investir – ou então complicar-lhes a vida se acharem que querem investir onde não devem.
Há décadas que este modelo não funciona. Se funcionasse Portugal não estaria a perder posições no ranking da riqueza dos países europeus – hoje só temos oito países da Europa mais pobres do que nós, se mantivermos o actual diferencial de crescimento para os nossos parceiros em 2025 só teremos quatro países atrás de nós (a Bulgária, a Croácia, a Roménia e eventualmente a Grécia).
No entanto insistimos no mesmo modelo. Porquê, se insanidade é continuar a fazer sempre a mesma coisa e esperar conseguir resultados diferentes? […]
Porquê que ele fala só do PS?
porque não fala do PSD e CDS que quando estiveram no Governo aumentaram impostos, aumentaram o poder do estado incluindo “autoridades” em vez de sequer travarem essa invenção americana.
Este é problema da suposta “direita” não olha sequer para o que faz quanto mais para o que não faz. Como raio o PS pode ser um partido diferente quando o PSD e CDS são ferozmente socialistas. A única discussão é para onde vai os euros do cada vez maior socialismo.
onde vão
Continua a confundir xuxalismo com socialismo. Compreende-se, dá-lhe jeito. Mas o Partido Sucateiro é tão socialista como o CDS é extrema-direita, ou o PCP é democrático.
Do Mário Chulares ao Costa, passando pelo pântano do Guterres e pelo esgoto do 44, a única coisa que o PS redistribuiu foi mama e tacho. A burocracia é apenas outro meio de gerar tachos e ‘fotocópias’.
O PS privatizou tanto ou mais que o PSD, e encheu os mesmos mamões; basta recordar o DDT. O que tem isto a ver com socialismo? Se calhar, é a gestão do país e dos meios de produção pelos trabalhadores… toda a gente sabe que é esse o forte do PS.
A maioria dos votantes escolheu isto ou variações disto ou pior. Com o BCE a impedir que as ações tenham consequências, estranho seria se o PS não aproveitasse para dar largas à sua natureza. E enquanto o BCE conseguir segurar as pontas, a festa continua. Os países de leste ficaram vacinados por décadas debaixo da cortina. A nós, 3 quasi-bancarrotas não chegaram sequer para fazer mossa. Talvez da próxima, mas não aposto dinheiro nisso porque, parafraseando um tipo famoso, é difícil fazer alguém entender uma coisa quando a sua subsistência depende de não a entender. Quantos é que são mesmo os dependentes do Estado no retângulo?
De vez em quando aparece por estas bandas gente que continua a ver o mundo com os olhinhos de um puto de 7 anos que leu uma definição num dicionário e não sai daquilo… Se não há coletivização dos meios de produção, não é socialismo… enfim… se a esta altura do campeonato não levanta os olhinhos do dicionário e não entende a noção de espectro, não sou eu que vou perder tempo a explicar.
Filipe Bastos,
Dê-me um único exemplo de onde o socialismo — o controlo dos meios de produção pelos trabalhadores — trouxe abundância OU liberdade. Basta uma destas. Basta um exemplo.
Francisco, haverá uma de duas respostas:
– não houve qualquer exemplo de verdadeira socialismo ;
– os países nórdicos com Noruega e Suécia à cabeça
Como é que o meu primeiro post desapareceu?
Francisco, o Sérgio já deu o mote: verdadeiro socialismo, como na piada do ‘No true scotsman’, até ver não existiu. O socialismo tem servido apenas como pretexto para impor ditaduras opressivas, e um sistema económico a que se poderá chamar capitalismo de estado.
Claro que isto não dá jeito nenhum aos mamões privados: todos os capitalistas torcem para que o socialismo corra bem, onde que quer seja, para assim perderem o seu bicho papão e o seu caro TINA. Por isso ‘ajudam’, sempre que podem, países como Cuba ou a Venezuela – não que precisassem de ajuda, com os estafermos que lá governam.
Os países nórdicos não são socialistas. São um exemplo de capitalismo muito regulado e com um mínimo de decência. Só por comparação – e para chatear direitalhas mais birrentos – se podem dizer socialistas. Claro que por aqui lhes chamam capitalistas de gema, porque dá jeito tê-los na equipa.
A sua vez, Francisco: dê um exemplo do capitalismo que prega que não tenha enriquecido obscenamente uma pequena minoria e causado extrema desigualdade. Basta um exemplo.
É SÓ MAIS UM ÀS COSTAS
Os jornais como O “DN” recordam o que André Ventura dizia antes para o confrontar.
Mas da maneira como o conhecido manipulador que nos governa retorce a palavra ninguém se lembra?
Precisamente o contrário do que mais tarde veio praticar para salvar a própria pele:
“António Costa em 2009 sobre os governos formados por jogos partidários”
Ninguém lhe atira com isto cara a cara?
È só ver o video.
Há décadas que este modelo funciona. Basta olhar para os resultados das eleições…
Filipe Bastos,
A desigualdade para mim não é um mal. O mal está na situação dos mais pobres. O seu socialismo trauliteiro — em Cuba existe socialismo pois os meios de produção foram controlados pelo Estado até que deixaram de o ser por pura necessidade — atira a maioria para a pobreza. O capitalismo tira a maioria da pobreza.
Compare Haiti com a República Dominicana, as duas Coreias, China dos anos 70 e Taiwan, China moderna com a China dos anos 70, China e Japão, Argentina antes e depois de Perón, Países do Leste Europeu antes da queda do Muro de Berlim e hoje. E diga-me depois que uma dose saudável de liberdade económica não tira pessoas da pobreza.
E se essa liberdade causa super-ricos? Isso traz menos comida ao meu prato? Impede-me de aspirar à riqueza trabalhando e usando da minha criatividade e do meu engenho? Para mim a desigualdade não é um mal. Para si a pobreza e a miséria são perniciosas? Eu execro-as. Mas em nada me incomoda a desigualdade.
Deixe de ser seguidor de linguagem de mesquinhos. Preocupe-se com o seu próprio progresso, passe o pleonasmo, viva e deixe viver.
Francisco, se a comparação é entre:
a) uma economia de mercado, inserida num mundo capitalista onde predominam economias de mercados e países capitalistas;
b) uma economia planificada, inserida no mesmo mundo, geralmente implementada por fanáticos e apparatchiks, para mais em países que já eram pobres e atrasados;
…extraordinário seria se a b) fosse mais bem sucedida, ou não?
Repare, dou-lhe razão: não é suposto o socialismo funcionar; estragaria a mama a muita gente – incuindo ‘socialistas’ como os do nosso PS, ou esquerdistas cuja vidinha depende da existência de pobres e de ‘microagressões’ permanentes, pois rendem bons tachos.
Acresce que é inútil defender o socialismo: é uma palavra carregada, que gera discussões fúteis e aliena tanto direitistas como centristas. Não digo que o socialismo seja a solução. Digo que este capitalismo também a não é. E que reduzir a desigualdade não nos torna mesquinhos.
Ainda que a riqueza excessiva de alguns fosse compatível com a prosperidade de todos, e este mundo prova à saciedade que não é (basta ver os seus caros EUA), continuaria a ser injusto. Seria tolerável, mas injusto. E contraproducente.
Espanha, sem governo pleno e com problemas internos, cresce mais que Portugal, os duodécimos tratam de tudo.