Foi publicado ontem o estudo Global Competitiveness Report 2019 da World Economic Forum e que pode ser consultado aqui. Este estudo analisa a competividade de 141 países através de 103 indicadores distribuídos por 4 categorias e 8 pilares.
O ranking é liderado por Singapura, Estados Unidos (que perdeu este ano o primeiro lugar), Hong Kong, Holanda, Suiça, Japão, Alemanha, Suécia, Reino Unido e Dinamarca. No final do ranking estão Madagascar, Venezuela, Mauritânia, Burundi, Angola, Moçambique, Haiti, República Democrática do Congo, Iémen e Chade.
Portugal encontra-se em 34º lugar, mantendo a mesma posição relativamente a 2018.
Os detalhes de Portugal estão nas páginas 470-473 de onde o sumário abaixo foi retirado. Assinalo nos detalhes de Portugal a média do crescimento anual do PIB nos últimos 10 anos de uns míseros 0,4%.
Destaco também os piores indicadores de Portugal, sendo que três dizem respeito ao mercado de trabalho (pontos 1., 2. e 3. abaixo) e três são relativos ao sistema financeiro (pontos 4., 5. e 6.):
- Flexibilidade do mercado laboral: posição 121 entre 141 países analisados
- Mobilidade no trabalho: posição 120 entre 141 países analisados.
- Impostos sobre o trabalho: posição 115 entre 141 países analisados.
- Saúde da banca: posição 125 entre 141 países analisados.
- Crédito malparado: posição 121 entre 141 países analisados.
- Rácios de capital da banca: posição 123 entre 141 países analisados.
E ainda ontem andavam a vangloriar o “liberalismo” da Letónia, Estónia e a Lituania …
Adoro estes rankings. Os resultados são sempre excelentes.
Ora então vejamos:
Em primeiro lugar está uma ditadura em que o estado é dono da propriedade quase toda e é acionista de referência de imensas empresas mas que por motivos misteriosos é considerado um paraíso liberal.
Em segundo lugar está um pais onde a ascensão social é uma miragem apesar do que a maioria da população residente pensa. E partir uma perna neste pais significa a bancarrota pessoal.
Finalmente o pódio fica completo por uma zona autónoma de um pais totalitário que está a sofrer sublevações populares umas atrás das outras. E claro que corre o risco de ficar a ferro e fogo de um momento para o outro. Mas há que dizer que quando está em paz tem apenas uma desigualdade chocante ao nível de um sonho molhado do plutocrata mais imaginativo do mundo…
Devíamos ser mais competitivos. Proponho restabelecer a escravatura para destronarmos os Emirados Árabes Unidos que já aplica tão nobre instituição…
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