Sondagens valem o que valem, e estatisticamente terão uma margem de erro maior para os partidos mais pequenos. De qualquer maneira, deixo aqui a sondagem diária JN/TSF/TVI do dia 28 de Setembro de 2019, a uma semana e um dia das eleições, e que foi retirada daqui.
Assinalo que, aparentemente, um em cada dez portugueses, tem intenção de votar num partido que além de defender políticas semelhantes às que foram seguidas em Cuba e na Venezuela com resultados desastrosos, tem uma coordenadora nacional que é actriz de formação e que pensa assim:
Não censuro a senhora, ela faz pela vida, ninguém vive de ar e vento. Agora, aqueles que votam nela, creio que já passa a estupidez.
Por acaso a formação da Catarina Martins até é em Línguas e Literaturas Modernas.
Mas é engraçado o tom oitocentista com que se referem á profissão de actriz, como se ainda fosse uma actividade de marginais.
Também não deixa de ser curioso que nas ultimas eleições ninguém se ter referido a alguns candidatos como o “jornalista” e o “aspirante a cançonetista e actor de revista”.
“Mas é engraçado o tom oitocentista com que se referem á profissão de actriz, como se ainda fosse uma actividade de marginais.
Também não deixa de ser curioso que nas ultimas eleições ninguém se ter referido a alguns candidatos como o “jornalista” e o “aspirante a cançonetista e actor de revista”.”
Gasp…!!!! Como é que isto é possível isso neste blog que defende ideias tão frescas e inovadores?
Uma pessoa mais cínica poderia achar que isto aqui é uma agremiação de gente profundamente reacionária cujo modelo de sociedade preferido é o do século XIX mas que se autointitula de liberal para parecer moderno. Gente essa que também acha as mulheres são para serem vistas, não ouvidas e que o lugar delas é obviamente a cozinha …
Mas não. Só uma pessoa retorcida e mal-intencionada poderia pensar semelhante coisa…
“Mas é engraçado o tom oitocentista com que se referem à profissão de actriz, como se ainda fosse uma actividade de marginais.”
Creio que será mais no sentido de pseudo-profissão, um pretexto para andar a fumar umas charradas e a mamar uns subsídios da ‘cultura’. Não sendo justa em alguns casos, esta noção também não é injusta noutros.
No caso da Catarina, a picareta falante, já de si irritante, é óbvio que ser actriz não ajuda. A esquerda tem duas obrigações adicionais à direita: tem de ser pobre/remediada e tem de ser proletária. De contrário soa a hipocrisia, esquerda caviar, etc. Um pouco como um padre tem de cumprir o que prega.
Claro que, a ser a experiência profissional o critério, não sobrarão muitos políticos em Portugal. Todos ou quase todos passaram a vida a mamar: ou no Estado, ou em mamões privados, ou em mamões privados que mamam no Estado.
Eu o que verifico na wikipedia é que Catarina Martins é doutorada (note-se bem, não é uma mera licenciada, não é uma “dra”) em línguas e literatura.
Se fôr verdade, deve ser das poucas pessoas com doutoramento a liderar uma partido político em Portugal.
LL, fazendo fé na wikipedia, Catarina Martins tem um mestrado pré-bolonha em linguística e “apenas” a frequência de um doutoramento.
“Creio que será mais no sentido de pseudo-profissão, um pretexto para andar a fumar umas charradas e a mamar uns subsídios da ‘cultura’.”
Pois, só os actores é que têm pretextos para fumar charros.
Pelos vistos quando falei em oitocentistas não me enganei nem um pouco.
Para alguns, os actores e actrizes não passam de boémios, vigaristas e meretrizes,
Sai um espírito de época mal passado para a mesa dos liberais.
Quanto á esquerda ter que ser proletária e pobrezinha é hilariante.
A esquerda não é propriamente um grupo de Carmelitas Descalços.
Seria preferível que o “proletariado” tivesse um nível de vida “burguês” com acesso á educação, saúde, cultura, habitação condigna, etc.
Caviar para o povo, já!
Em matéria de cultura, a direita é contra o teatro, contra a música e contra o cinema, porque os profissionais dessas artes são geralmente pessoas de esquerda, e a direita acusa-os de mamar no erário público.
Em compensação, essa mesma direita é a favor da música clássica, da ópera e do bailado, e não acusa essas artes de mamarem no erário público. Pelo contrário, essas são, para a direita, artes nobres que urge preservar a expensas dos contribuintes.
Contradições…