As teorias sobre os supostos problemas mentais de Greta Thunberg, às quais se acrescem sucessivas demonstrações de condescendência perante uma ”criança de 16 anos” – idade na qual muitos pensam melhor que, say, André Silva – pouco acrescentam à explicação do fenómeno que corre em veias mais fundas e que precisava apenas de uma desculpa para se manifestar: uma certa culpa burguesa, vazia e amarga, perante a abundância, um mundo em transformação e uma imensa incerteza relativamente ao futuro é agora preenchida por uma causa milenarista e apocalíptica para a qual todos podemos, mais uma vez, mover-nos enquanto espécie.
Um olhar de relance para as reivindicações destes ”meros” estudantes, organizados pelo mundo fora a sensibilizar os povos, dá-nos uma fotografia bem clara do que procuram estes jovens, que pouco tem que ver com as alterações climáticas.
Trata-se de recalibrar toda a sociedade em função do Estado e das suas prioridades – as destes ”meros” estudantes – com a agenda climática à cabeça, matando o comércio, forçando populações urbanas a tornar à agricultura, acabando com a mobilidade internacional e com todas as formas e sinais de abundância civilizacional alguma, montando, agora sim, uma economia de guerra voltada contra o Clima; esse é o significado do ”Green New Deal”, que mais não é do que uma repetição dos excessos autoritários da primeira metade do século passado, dos quais Roosevelt não é nenhum inocente.
A agenda está aí. Estes ”meros” estudantes ”autistas”, ”birrentos” e ”chorões” sabem muito bem aquilo que querem, e sabem muito bem o que significam os ”Estados de Emergência” enquanto atentados à liberdade que tendem a prolongar-se para bel-prazer de tiranos.
Tal como os seus rivais na extrema-direita, são mais um grupelho enfadado com a democracia liberal, com as liberdades económicas, cívicas e sociais e com a tremenda, horrenda ideia de que vivemos num mundo onde, cada vez mais, não podemos decretar pela lei a mudança ou o seu fim.
Eles estão-se nas tintas para o clima. O que há para fazer sobre o combate às alterações climáticas e pela mitigação dos seus efeitos não passa, como não pode passar, pelo fim da liberdade.
E se chegarmos à conclusão de que passa por aí, então deixará de valer a pena.
O problema é exactamente proibirem e condicionarem a minha opção ou opções. Liberalizar tretas de esquerda, por mim, é inóquo. Agora proibir tretas de esquerda ou direita, sou contra. Não se pode proibir uma pessoa de comer um bife, ou proibir o carro porque é velho, ou proibir o gasóleo, ou os plásticos.
Mas eu sei bem a alternativa, em vez de proibir, taxar. Esse é o objectivo.
“A agenda está aí. Estes ”meros” estudantes ”autistas”, ”birrentos” e ”chorões” sabem muito bem aquilo que querem, e sabem muito bem o que significam os ”Estados de Emergência” enquanto atentados à liberdade que tendem a prolongar-se para bel-prazer de tiranos.”
O ataque soez a uma rapariga de 16 anos instrumentalizando a doença dela é horrendo! O autor não passa de um caceteiro rastejante e devia ter vergonha na cara. E chamá-la de tirano é desonroso. É raro ver alguém descer tão baixo!
“…esse é o significado do ”Green New Deal”, que mais não é do que uma repetição dos excessos autoritários da primeira metade do século passado, dos quais Roosevelt não é nenhum inocente.”
O Roosevelt combateu extremistas e promoveu a democracia. Dizer que ele é parcialmente responsável pela ascensão da União Soviética, do Nazismo e Fascismo é patético. E que tal abrir um livro de história de vez em quando? Odeia assim tanto o “New Deal” que anda a propagar teorias da conspiração?
“Eles estão-se nas tintas para o clima. O que há para fazer sobre o combate às alterações climáticas e pela mitigação dos seus efeitos não passa, como não pode passar, pelo fim da liberdade.”
Conclusão ridícula! Claro que é preciso limitar a liberdade. A liberdade dos poluidores poluírem.
“E se chegarmos à conclusão de que passa por aí, então deixará de valer a pena.”
Conclusão: Não fazer pevas relativamente à questão do clima.
Mesmo assim este texto é melhor do que eu estava à espera! Achava que vinha aí um longo texto de negação das alterações climáticas. Já não é mau…
Fiquei perfeitamente assustado com a “prestação” dessa tal Greta.
O exalar de ódio dessa personagem só consegue comparar-se com as “prestações” da Catarina Martins. E se calhar é melhor actriz.
Só estranhei a falta de agradecimento ao Soros e aos Gates no final desta treta climática.
Porque é duma treta que se trata.
Em vez de atacarem a Greta, é preferível atacarem Costa e outros mistificadores globais, sobre a nova treta da neutralidade carbónica. As plantas, ou animais, ou mares, absorvem CO2, libertam, absorvem, libertam, nascem e morrem, vivem em ciclo, ou têm limites de absorção, como os mares. Os humanos, chupam precursores CO2 a milhares de metros abaixo do solo e lançam o CO2 na atmosfera. Como é que pode haver equilíbrio ou compensação entre estes dois fenómenos ? Não pode, trata-se de vigarice.
O equilíbrio só existe esquecendo o segundo !
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Oscar Máximo
Ah! Finalmente! Estava a ver quando é que aparecia um negacionista do clima. Demorou mais do que eu estava à espera…
“Eles estão-se nas tintas para o clima. O que há para fazer sobre o combate às alterações climáticas e pela mitigação dos seus efeitos não passa, como não pode passar, pelo fim da liberdade.” — importa-se que exerça a minha liberdade de despejar o meu lixo na sua casa?