Ontem no debate com Assunção Cristas, a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, afirmou orgulhosamente que “não queria que Portugal seja uma Holanda, Irlanda ou Luxemburgo.” Comparemos então Portugal com esses países (cortesia da Iniciativa Liberal e do CDS-PP):
Pois bem, a Catarina Martins, actriz de formação, não deseja um modelo semelhante a estes países para Portugal. Certamente a Catarina Martins preferirá países que implementaram as políticas que ela defende, designadamente Cuba e a Venezuela, onde os cidadãos são todos igualmente pobres e miseráveis (com excepção da classe dirigente porque “todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais do que os outros”). Aproveito para partilhar algumas fotos desses paraísos socialistas que a Catarina Martins deseja implementar em Portugal.
Leitura complementar: Ideologia de Género
Não vi o debate, e borrifo-me no Berloque de Esquerda (assim como no CDS), mas este post é demasiado pueril: ninguém discute que tais países são mais ricos do que Portugal, e melhores do que este em quase todos os indicadores, mas a forma como são na prática paraísos fiscais dentro da Europa.
Há largos anos que a Holanda, a Irlanda e mais ainda o Luxemburgo abrem as pernas a mamões, com negociatas à medida e borlas obscenas, que lhes permitem poupar largos milhares de milhões em impostos.
Ou seja, na prática estes países mamam os impostos dos outros países, pois é dinheiro que estes deixam de receber. Portugal é um dos lesados: todos os dias saem, por exemplo, milhões de euros para o Google, Amazon, Uber e afins, que só cá deixam migalhas.
Em vez de criticar e fazer por banir tal iniquidade, forçando uma maior harmonia fiscal e taxando os mamões onde estes operam, direitalhas como a Cristas aplaudem as rameiras dos mamões, os Junckers da vida, e só pensam em como havemos de participar nesta ‘race to the bottom’.
Até ao dia em que os mamões, felizes e anafados, só hão-de pagar meia dúzia de euros de impostos, e os nossos pulhíticos ainda lhes pagam o jantar e lambem o rabiosque. Já faltou mais.
Filipe Bastos
Não percebo a sua surpresa… Afinal o pessoal daqui nunca escondeu que adora offshores para beneficiar os ricos à custa dos outros todos.
Mas não dizem as coisas dessa maneira. Em vez de offshores ou “race to the bottom” chamam-lhe “concorrência fiscal” e os mamões são os “criadores de riqueza”.