Nas eleições legislativas de 2011, já depois do governo do PS na altura liderado por José Sócrates ter levado o país à bancarrota e ter feito um pedido de ajuda à troika, o PS obteve 28% dos votos dos Portugueses.
Vejamos os factos e acontecimentos abaixo e imaginemos como seria caso tivessem acontecido com um governo de direita:
- 116 vítimas mortais em incêndios em 2017
- Furto de material militar em Tancos
- Portugal em vias de se tornar o quinto país mais pobre da União Europeia, devendo ser ultrapassado em 2019 pela Hungria e pela Polónia
- Injecção recorde de dinheiros públicos em bancos
- Carga fiscal em máximo históricos
- Cativações do orçamento de estado em máximos históricos
- Investimento público em mínimos históricos
- Degradação generalizada dos serviços públicos
- Número recorde de greves numa única legislatura
- Nepotismo sem precedentes com mais de 40 familiares do PS nomeados para o governo
Interrogo-me eu: o que seria preciso acontecer em Portugal para o PS ter um mau resultado eleitoral?
A abstenção nas lesgilativas de 1011 foi de 41,9% (PORDATA), logo em 2011 o PS não teve o voto de 28% dos eleitores. Teve o voto de cerca de 16% dos eleitores. As mesmas contas fazem-se para os outros partidos, atenção.
A abstenção tem subido a níveis preocupantes. Que em 2011 pouco mais de metade dos eleitores se tenham dado ao trabalho de votar, isso sim é que é preocupante.
Termos uma comunicação social mais isenta já ajudava, mas para isso acontecer também seria preciso deixar de haver PS. É uma pescadinha de rabo na boca muito difícil de largar, principalmente num período em que os 2 maiores partidos têm presidentes socialistas.
Duas coisas em simultâneo: uma oposição decente e mais uma bancarrota. Uma só não chega. E nao vejo nenhuma das duas num futuro próximo. O BCE vai segurar as taxas de juro durante anos, então a fatura das asneiras acumuladas não chega tão cedo.
E oposição? Mais depressa chega a quinta falência do que aparece uma oposição digna desse nome. O cenário é patético. Os tradicionais são um “PS light”e os novos ou são pra rir (Chega) ou já começam tortos (IL já começa com aquela conversa idiota do “não somos de esquerda nem de direita”).
Já teve e este ainda foi pior que o poucochinho do Seguro. O que dizer de um rasca feirante de contrafeitos que reclama grande vitória quando apenas sacou pouco mais de 1 milhão de votos num universo de 10 milhões.
PODRES A ERRADICAR
Em nome da tão reclamada transparência é necessário que alguém determine e mande publicar:
As coligações eleitorais são legitimas quando estabelecidas antecipadamente apresentando-se como tal no momento do ato de votar.
Se a constituição estabelece que a força politica chamada a governar deriva dos resultados apurados, ( não de habilidades manhosas posteriores) então é absolutamente indigno e contrário à letra e espirito do diploma base que se permitam arranjinhos após apuramento sem que de algum modo tenha sido anunciada ou no mínimo admitida em tempo útil essa possibilidade pelos pescados participantes.
De lamentar e repudiar que exista algum partido a dispor de grupo parlamentar sem que alguma vez tenha ido a votos de cara descoberta.
Atenção Sr. Presidente Marcelo, não durma na forma porque como garante do normal funcionamento da democracia isto é essencialmente consigo.
Em outubro não alinharei em engodos se o atual desenho de manchas e borrões se mantiver.
Talvez se os partidos de direita não se tivessem armado em parvos com a crise dos professores. Meteram-se na cama com quem não deviam, reagiram pessimamente quando foram apanhados, não souberam apontar o dedo ao histérico Costa que arriscou uma crise política e saiu vencedor dela. Os partidos de direita precisam portanto de grandes líderes estadistas. Mas isso tem sido difícil.
Se o jornalismo e a academia são marxistas obviamente que é impossível.