Resultados das Europeias

Deixo neste post os resultados dos 28 países europeus por volta da meia noite.

Salvini.jpegVence a Direita, perde a Esquerda. Merkel já tinha caído, May acabou de cair, Macron está em queda; Salvini, Farage e Le Pen estão em ascensão. Para lá dos Pirineus, mesmo na Grécia (!), o Marxismo Cultural foi derrotado em toda a linha.

Dentro da direita, vencem os partidos tradicionalistas, anti-politicamente correcto e pró-Fortaleza Europa.
Dentro da esquerda, vencem os partidos pró-“Climate Change”.

Com estes resultados, ou a Europa discute a imigração ou a prazo parece condenada. E não me parece que se safe com o Artigo 13 ou as políticas fascistas da imposição de uma legislação enviesada de “Hate Speech”.

 

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10 pensamentos sobre “Resultados das Europeias

  1. Rão Arques

    Mudar o sistema eleitoral (1/2)
    22.02.2014, data em que li este escrito por autor identificado como “a raiz da partidocracia”
    1> PARLAMENTO: A CASA DA PARTIDOCRACIA – Os portugueses não têm os direitos políticos dos outros europeus. Não podem sequer escolher o candidato em que preferem votar para os representar no parlamento. O “julgamento nas urnas” é um logro: os candidatos colocados nos primeiros lugares das listas dos maiores partidos têm garantia prévia dum lugar no parlamento. Não há julgamento sem possibilidade de penalização, mas os portugueses não têm maneira de penalizar os candidatos nos “lugares elegíveis”. Não interessa se são espiões ou maçons: a sua ida para o parlamento não depende dos votantes, que apenas decidem quantos lugares cabe a cada tribo partidária. A raiz do problema é o voto não ser nominal (i.e., num nome) como no resto da Europa.
    2> EM ELEIÇÕES DEMOCRÁTICAS NÃO HÁ VENCEDORES ANTECIPADOS – Faz parte da essência da democracia que o resultado duma eleição não possa estar decidido antes da sua realização. Nas eleições legislativas portuguesas, é o contrário: há dezenas de lugares no parlamento que já estão decididos, não importa como o eleitorado vote. São os “lugares elegíveis”, os primeiros lugares das listas dos maiores partidos. Garantem lugares a pessoas previamente escolhidas, quer o partido “ganhe” ou “perca”. Como não existe uma relação entre o voto e a atribuição dum lugar de deputado, esses “eleitos” NÃO representam os eleitores. Os lóbis contornam o eleitorado e tratam directamente com os barões. Na prática, são o lóbis que são representados no parlamento.
    3> AUSÊNCIA DE ESCRUTÍNIO ORIGINA DESGOVERNO E CORRUPÇÃO – Estas listas “fechadas” têm muitas consequências graves para o País. Os barões dos principais partidos não podem ser desalojados do parlamento pela via dos votos. Mesmo quando o partido “perde”, refugiam-se nos “lugares elegíveis”. Vivem numa perpétua impunidade e nunca foram verdadeiramente sujeitos ao escrutínio democrático. Isto significa que nunca saem do circuito do poder: frequentemente, os presidentes das comissões parlamentares mais importantes são da oposição. Tornaram-se os donos do Estado e das propriedades dos portugueses, incluindo rendimentos futuros. O que acontece a uma oligarquia que se vê com um poder quase absoluto? Não é costume dizer-se que o poder corrompe?
    4> IMPEDEM-NOS DE FAZER A NOSSA PARTE NA RENOVAÇÃO DOS PARTIDOS – Sem voto nominal, a renovação interna dos partidos é bloqueada. A renovação consiste em uns serem substituídos por outros. É o papel do eleitorado indicar quem vai e quem fica, através dos actos eleitorais: os políticos que têm mais votos tendem a substituir os menos votados e a ascender gradualmente às chefias. Mas se o sistema eleitoral impede os eleitores de expressar preferências dentro duma lista, está a impedir o eleitorado de exercer esse papel essencial para renovação dos partidos. Em consequência, perpetuam-se os caciques e apenas os que têm a sua anuência sobem nas estruturas partidárias.

  2. Rão Arques

    Mudar o sistema eleitoral (2/2)
    5> OS PARTIDOS SÓ ESCOLHEM CANDIDATOS NÍVEL LIXO – Listas fechadas à ordenação pelos votantes permitem elencos parlamentares altamente desequilibrados. Há alguns anos, examinaram o CV de cada deputado e constataram que nenhum tinha são nítidos a muitos níveis, por exemplo na representação desproporcionada de advogados e membros de sociedades secretas. A falta de qualidade é alarmante e está a acelerar. Se fossem os eleitores a ordenar as listas, os partidos estariam mais expostos à concorrência e passariam a propor bons candidatos, pois caso contrário arriscar-se-iam a perder votos para partidos com candidatos melhores.
    6> LUGARES ELEGÍVEIS: ZONA DE CONFORTO DOS BOYS – Não é por acaso que os políticos nunca falam do sistema eleitoral. Não querem que os cidadãos se apercebam das diferenças em relação aos outros países e comecem a exigir mudanças na sua “zona de conforto”. Livres do escrutínio, os partidos capturaram não só o sistema político, como o próprio regime e as instituições do Estado. Os problemas de excesso de peso do Estado, corrupção e desgoverno vêm todos daí. É por isso que a denúncia de actos escandalosos nunca resulta em penalização (até é recebida com indiferença!). O pior que pode acontecer a um cacique partidário é passar o mandato seguinte no parlamento. Mas o sistema não dá meios para o tirar de lá.
    7> NÃO SOMOS RESPONSÁVEIS POR POLÍTICOS QUE NÃO PODEMOS ESCOLHER – Se analisarmos o sistema português, percebemos como é injusta a ideia de que os cidadãos têm culpa porque elegem os políticos. Não é verdade: os portugueses votam mas não elegem. Até são bastante exigentes, mas não dispõem quaisquer meios para impor essa exigência. O regime nega-lhes praticamente todos os direitos políticos habituais em democracia. Não podem concorrer a lugares de deputado fora dos partidos, não podem expressar preferências dentro duma lista, os deputados podem indeferir qualquer petição ou iniciativa legislativa ou referendária, etc, etc. Como só votos em partidos entram nas contagens, nem sequer podem negar o voto aos partidos.
    8> QUALQUER DEMOCRACIA MODERNA TEM O VOTO NOMINAL – O sistema português é o “sistema proporcional de listas fechadas”. As listas são “fechadas” porque a ordem pela qual os lugares são distribuídos é a IMPOSTA pelo partido. Naturalmente, os políticos evitam esta designação, preferindo “sistema representativo” – mais outro logro. Na Europa, quase só é usado na Albânia, Ucrânia e Rússia (e Itália, nas eleições nacionais). Sucede que o sistema mais usado na Europa – listas “abertas” – corrige muito do que há de mau no sistema português: institui o voto nominal sem prejudicar a proporcionalidade. Só vão para o parlamento os candidatos que os cidadãos realmente querem. Vejam a lista de países que o usam: en.wikipedia.org/wiki/Open_list
    9> NÃO HÁ BONS ARGUMENTOS CONTRA LISTAS ELEITORAIS ABERTAS – Não é possível desbloquear a partidocracia sem instituir o voto nominal. Isto não tem nada de radical, é simplesmente exigir que o sistema eleitoral português passe a ser o NORMAL da Europa. Além disso, a abertura das listas à ordenação pelos votos pode ser feita sem prejudicar uns partidos em relação a outros. Basta incluir as listas nos boletins de voto e determinar que a ordem pela qual os lugares de deputado são atribuídos seja em função de quem teve mais votos nominais (ou preferenciais). Nenhum candidato tem garantia prévia de ser eleito: passa a haver escrutínio. Nada mais tem de mudar, nem a fórmula que converte votos em mandatos (D’Hondt) nem os círculos eleitorais.

  3. ou a Europa discute a imigração ou a prazo parece condenada

    (1) Acha que a imigração não é já hoje abundantemente discutida na Europa?

    (2) Em Portugal há um partido (o PNR) que faz dos imigrantes o seu principal motivo, e teve ontem uma votação minúscula.

    (3) É triste que ditos liberais, em Portugal como alhures, tenham tanta tendência para se porem a defender teses nacionalistas. Sendo que o nacionalismo, como é claro, é exatamente oposto ao liberalismo.

  4. Rão Arques

    Calma Dr. Costa, nem sempre se dá a terceira a seguir a duas mal dadas.
    Na primeira nem precisou de votos, na segunda reclama grande vitória com pouco mais de 1 milhão deles num universo de10 milhões.
    Pois, aquilo a que abusivamente chamam abstenção a ser seriamente considerada deixava uma enorme mancha branca de cadeiras vazias no lugar de todas as cores.

  5. ATAV

    Ricardo Campelo de Magalhães.

    Marxismo cultural é um termo que os nazis e outros membros da extrema-direita utilizam para descrever as coisas que não gostam e que de bom grado destruíam se pudessem. Como por exemplo leis que protejam os elementos mais vulneráveis da sociedade. Mulheres, minorias étnicas e religiosas principalmente…

    E combater “o politicamente correcto” é essencialmente vilipendiar uma grande parte da população… Enfim, os tipos da extrema-direita bem que dizem que amam a Nação (escrevo nação com N maiúsculo como eles gostam) mas curiosamente odeiam muitas das pessoas que lá vivem.

    Os partidos que utilizam este tipo de retórica e que subscrevem estes princípios aumentaram a sua votação nestas eleições.

    E nota-se bem o seu tom de contentamento neste post! O Ricardo devia ter vergonha em apoiar este tipo de gente!

  6. Rão Arques

    Filipe Costa, excelente iniciativa que o povo erguido deve exigir que se concretize.
    Nada a esperar de Marcelo que só ronca para fazer que dorme

  7. Respondendo ao ATAV,
    “Marxismo cultural é um termo que os nazis e outros membros da extrema-direita utilizam para descrever as coisas que não gostam e que de bom grado destruíam se pudessem. Como por exemplo leis que protejam os elementos mais vulneráveis da sociedade. Mulheres, minorias étnicas e religiosas principalmente…”
    Os nazis também usavam palavras como Alemanha e Portugal, e não foi por isso que deixamos de usar essas palavras. O facto de alguém usar uma palavra, não a conspurca nem a inviabiliza. Muita gente usa a expressão “marxismo”, a expressão “marxismo cultural” e muitos outros marxismos. O mal está em praticar, não em enunciar.

    “E combater “o politicamente correcto” é essencialmente vilipendiar uma grande parte da população…”
    Ahahahaha. Os normies nem sequer sabem o que isso é.

    “Enfim, os tipos da extrema-direita bem que dizem que amam a Nação (escrevo nação com N maiúsculo como eles gostam) mas curiosamente odeiam muitas das pessoas que lá vivem.”
    O estudioso da extrema-direita aqui é você. Eu nem sei o que eles pensam.
    Se eles concordarem comigo em alguma coisa, que bom para eles.
    Se eles discordarem comigo em alguma coisa, mau para eles.
    Eu não vou mudar de opinião 1 centímetro por eles ou os marxistas por vezes acertarem em alguma coisa. Já no passado devo ter tido posições similares aos nazis ou aos comunas em algum ponto, mas isso para mim nem é assunto.
    E estranho que para si seja: dá-lhes muita importância.

    “Os partidos que utilizam este tipo de retórica e que subscrevem estes princípios aumentaram a sua votação nestas eleições.”
    Nem sei bem a que se refere. Mas houve Nazis a vencer alguma coisa?

    “E nota-se bem o seu tom de contentamento neste post! O Ricardo devia ter vergonha em apoiar este tipo de gente!”
    Gosto sempre de ver a esquerda derrotada.
    Se gosta de ver a esquerda a vencer, sugiro outro blog.

  8. Filipe Costa,
    “O boletim de voto devia ter a opção “cadeira vazia”, era maioria absoluta e a abstenção baixava drasticamente.”

    Concordo inteiramente.
    Seria interessante ver 2/3 do Parlamento vazio.
    E mostrava que o PS não teve 33% dos votos. Teve apenas 11%.
    Isso teria um enorme impacto psicológico.

  9. ATAV

    Ricardo Campelo de Magalhães

    O termo marxismo cultural está associado a nazis e foi amplamente utilizado por eles e por outros da laia deles. É completamente diferente de conceitos genéricos como “Liberdade”, ou palavras comuns como nomes de países. Não seja desonesto! Se gosta de utilizar retórica nazi tudo bem! Mas eu vou lá estar para dizer a toda a gente a fonte onde o Ricardo bebe!

    Você não sabe o que a extrema-direita pensa? Claro que sabe! É o que se vai dizendo pelos sítios que frequenta… Ou acha que a família Rand e o Trump são moderados?

    Quer mais? Uma história sobre o senhor cuja fotografia que você postou em cima. Quando o Luca Traini matou uma data de negros em Itália, o Salvini culpou o Governo da altura por ter deixado entrar essas pessoas em vez de culpar o assassino! É este tipo de pessoas que estão a ganhar votos na Europa e você está a aplaudir!

    Mas continue a fazer-se desentendido. Você não tem nada a ver com a extrema-direita! Simplesmente defende o mesmo programa politico, usa a mesma retórica e congratula-se cada vez que eles ganham votos…Nada a ver…

    E quanto a gostar de ver a esquerda perder… Não era você que há uns anos andava a choramingar que a sua namorada enfermeira estava a recibo verde? Ora bem, este governo de esquerda mexeu-se para reduzir este flagelo. Se calhar até serviram para alguma coisa… Posso garantir que a extrema-direita gosta muito dos recibos verdes e dos ordenados baixos. A “flexibilidade” é boa para a “competitividade” do país…

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