A todos que participaram na Grande Sondagem O Insurgente Para As Eleições Europeias lançada no dia 14 de Abril, deixo o meu agradecimento. Naturalmente, não é possível fazer uma leitura nacional dos resultados da sondagem uma vez que esta reflecte o perfil muito particular dos leitores deste blogue.
Sem grande surpresa, a Iniciativa Liberal reúne quase metade da preferência dos leitores. Surpreendente é o terceiro lugar do Chega que fica próximo do PSD e que reúne cerca do dobre das intenções de voto do CDS. Entre os participantes na sondagem há quase tantas pessoas a votarem PS como na Aliança ou a absterem-se. Registo ainda com agrado as intenções de voto nos partidos mais à esquerda que são sistematicamente “maltratados” neste blogue – todos são bem vindos neste espaço.
Ganhámos, carago! 😀
Como estou órfão de voto, desde que Passos saiu de presidente do PSD e pior fiquei com a eleição dum empregado de Costa como presidente do mesmo PSD, partido onde votei, como um mal menor durante décadas, estou neste momento a pensar votar Aliança ou IL, nestas europeias. O meu voto racional seria Paulo Sande mas Ricardo Arroja também não seria pior.
Moeda ao ar na câmara de voto no próximo domingo ☺.
QUAL ABSTENÇÃO?
“E antes de mais lutar contra a abstenção. Não ir votar é ceder, condescender, não cumprir um dever”. Ir votar também pode ser compactuar com um sistema eleitoral distorcido na arquitectura, e viciado até na contabilidade de votos negados no acto. Os contornos do que parece ser uma misteriosa dualidade de critérios e que um vulgar cidadão eleitor exterioriza merece ser esclarecida. Questiono por minha conta: Continuam a misturar abstenção com insondáveis razões de ausência em corrente avulsa. Quem tem medo de um campo (X) para esse efeito em cada boletim de voto? Esta intransmissível , pessoal e inconfundível opção merece e deve exigir a dignidade de voto validamente expresso. Posso lavrar o meu protesto não indo votar, por me estar vedada a possibilidade de presencialmente me abster querendo. Uma civilizada, consciente e ponderada escolha obrigada a ficar na rua em vala comum de incertos? Quero ser crescido como os nossos deputados, que na Assembleia da República, apesar da aviltante disciplina partidária a que se submetem, para se abster tem que marcar presença. Utilizo uma respeitável forma de anular o voto desenhando no boletim um campo próprio escrevendo abstenção seguido da competente cruzinha (x).