A Fórmula de António Costa: Mais Impostos, Impostos Mais Altos, Menos Liberdade e Menos Concorrência

António Costa será provavelmente o primeiro-ministro português mais impreparado de sempre, e assentaria bem como comissário da União Soviética ou como ministro de Nicolás Maduro. Sempre que for necessário limitar a liberdade económica; criar impostos; aumentar impostos; e aumentar a influência e poder do estado em detrimento da liberdade individual, podemos sempre contar com o António Costa.

Numa carta aberta intitulada “45 anos da Revolução dos Cravos – renovar a promessa europeia” que é assinada por António Costa e pela líder do SPD Andrea Nahles, o primeiro-ministro português defende o seguinte:

  • As grandes empresas recebem grandes lucros sem pagar a justa parte dos impostos” – de destacar o uso da a palavra “recebem”, como se os lucros caíssem do céu. Se as empresas obtêm lucros é porque conseguem produzir bens e serviços que os clientes valorizam acima dos custos de produção; e se alguém pensa que ser empresário é algo fácil, pois bem – que coloque as mãos à obra em vez de publicar cartas.
  • Não pode haver dumping salarial: Aqueles que não cumprem as regras devem ser sancionados.” –  o que é o “dumping salarial“? Se áté no próprio país, dependendo do contexto e da produtividade do empregado existem naturais diferenças salariais, como é que entre países diferentes não existirão diferenças ainda maiores? De referir ainda que hoje em dia, as empresas competem num mercado global que vai muito para além da União Europeia.
  • António Costa e Andrea Nahles manifestam-se frontalmente contra a concorrência […] entre políticas fiscais dos diferentes Estados-membros” António Costa pretende limitar a liberdade dos estados membros de terem a sua própria política fiscal, e também evitar que outros estados membros possam ter impostos mais baixos. Já que nós temos impostos altos, os outros países também têm que ter.
  • “Os líderes do PS e do SPD propõem uma tributação mínima de todas as empresas e um imposto digital.– lá está, socialista que é socialista procura sempre um novo imposto para acrescentar à lista. A única preocupação é sempre onde ir buscar mais dinheiro aos contribuintes. Nunca passa pela cabeça dos socialistas reduzir a despesa.

Uma carta de António Costa nunca ficaria completa sem os lirismos e os lero-leros do costume e António Costa não desilude incluindo na carta abstrações e delírios do género: “a promessa europeia“; os “partidos conservadores e liberais até se empenham em ajudar partidos antieuropeus e populistas de extrema direita a chegarem ao poder“; a “necessidade de decisões corajosas e de ações firmes”; e a cereja em cima do bolo: “Há 45 anos os portugueses deixaram bem claro quão grande é a conquista desta Europa comum de liberdade, de paz e de justiça para todos nós. Queremos renovar essa promessa. Para o benefício das pessoas em Portugal, na Alemanha e na Europa como um todo“.

Enfim, muito deprimente.

12 pensamentos sobre “A Fórmula de António Costa: Mais Impostos, Impostos Mais Altos, Menos Liberdade e Menos Concorrência

  1. André Miguel

    Fdx entre estados membros?! Então e cá dentro porque raios temos impostos diferentes??? Porque diabos um eatrangeiro paga 20% e um tuga é esmifrado?! Ca lata do caraças…

  2. André Silva

    Portugal e os Portugueses têm o que merecem.
    Todos? Não, é um facto.
    Mas um dos mais (e um dos poucos, felizmente) notórios problemas da democracia é uma minoria ser obrigada a suportar as escolhas objectivamente erradas (por puro interesse egoísta pessoal, por ignorância, por malevolência, seja pelo que for) de uma maioria – mesmo sendo essa maioria (como é aqui o caso) apenas por uma pequeníssima margem.
    No limite, e por racionalidade económica ou derivado de “assymetric information” (que leva a comportamento oportunista – “moral hazard” neste caso), poderá mesmo suceder que as escolhas realizadas serão cada vez mais benéficas para essa maioria, ao mesmo tempo que paradoxalmente cada vez mais prejudiciais para o país como um todo.
    É triste, mas é a realidade.

  3. JP-A

    Para memória futura:

    A última frase demonstrativa da vacuidade e da chico-esperteza do discurso oco e manhoso que preduz: “Uma lei progressista e centrada nas pessoas e no seu acesso a cuidados de saúde de qualidade”. Intelectualmente este homem é uma fraude tipo banha da cobra venezuelana vendida ao longo de décadas como um ser altamente capaz e de casta superior. Como a floresta, vai dar cabo dos privados, da vida aos utentes da ADSE que vivem e mamam principescamente nos privados (mas só depois das eleições), vai sobrecarregar e dar cabo do sistema público e no fim vai comentar na SIC a peso de ouro, explicando como o SNS chegou onde vai chegar, e as contas que deixará para pagamento diferido. E ainda vai querer ser PR para tomar conta de nós. Demorou quatro anos a lembrar-se do SNS. Aliás, ele quase só se lembra de coisas que tem de fazer ou planear no futuro. O presente é cortar a direito, negar e dançar com a extrema esquerda, distraindo a populaça com os medos da extrema direita e do fascismo que mal se vêem, mas que dão enorme jeito naquelas mãos. Até o poeta alegre já o topou.

  4. Rão Arques

    VINCAR ATÉ RASGAR
    “Portugueses ensinam geringonça aos espanhóis. Mas aprendem pouco com as eleições de ontem”.
    Estes expressivos aldrabões não referem a grande diferença, que reside no facto de na Espanha, geringonça ou chamem-lhe o que quiserem, ser patrocinada e liderada por quem ganhou as eleições.
    Ao omitirem este dado fundamental das duas três, estão a vender peixe por conta alheia, a sustentar um barrete que nos enfiaram, ou a fazer de nós parvos.
    A terceira nuance é mais que certa
    “Quatro anos depois e ainda há quem não perceba que os governos não são eleitos”
    Mas há quem se lembre e perceba que o usurpador Costa defendeu não muito tempo antes que os governos deviam resultar do voto soberano do povo e não de arranjos partidários de puro e ocasional oportunismo politico martelado a frio para exclusivo beneficio pessoal.
    Para quem tudo vale tudo serve, no caso serviu sobretudo para resgate próprio do cadáver politico anunciado.
    1º ministro não, chamem-lhe só António qualquer coisa a rimar com Costa.

  5. Oscar Maximo

    Não há partidos “conservadores e liberais”. Se é liberal, não é conservador.

  6. JP-A

    Retrato da falta de vergonha na AR:

    Oposição: O que diz do aumento de queixas na provedoria de justiça?
    PM: o número de queixas tem diminuído.
    Oposição: o governo já respondeu à provedora?
    PM: pois, esse problema da mobilidade, pois é, e ainda mais: bla, bla, bla.

    Sobre o Hospital de Conde Ferreira, faz-se de constâncio. Não sabe de nada. Sobre as cirurgias que iam ser resolvidas no primeiro trimestre também já nada sabe e portanto acusa o deputado do PSD queimando o tempo porque sabe que a seguir vai alegar que já não tem tempo. Aposto que vai utilizar novamente um ataque baixo na última intervenção.

    Está a recuperar dos “tragos” que os outros fizeram, diz ele.

  7. JP-A

    Sabe o que disse Mariana Mortágua ontem numa entrevista, mas nada sobre os casos da segurança social e de um hospital psiquiátrico. Sobre as cirurgias nada, mas logo a seguir debita uma série de números decorados sobre saúde. O tom e o discurso é ordinário e de feira arruaceira. Uma vergonha esta criatura.

  8. JP-A

    O Marcelo chegou e já está ao telefone com o Casilhas e a seguir provavelmente vai ligar à provedora de justiça, se Deus quiser.

  9. JP-A

    Este tipo é fantástico: acaba de acusar os outros de querer manter uma lei de bases da saúde dos anos 90, quando ele entrou para os governos do PS de Guterres e Sócrates em 1995 e saiu em 2007 e também não acabou com ela. Isto ainda é melhor do que um circo só com palhaços.

  10. JP-A

    Agora, uma sindicância para apurar se houve ou não ilegalidades que alegadamente a ministra já teria participado ao Ministério Público! Fabuloso! Este sujeito está a enfiar-se na lama. Um verdadeiro estadista de barro.

  11. M. Lemos

    É mesmo isso! Vivemos num país onde é tudo leros-leros. “Sábios” ? : os da geringonça com o partido das moças (BE) a conduzirem a carroça. Mas o povo gosta, enquanto dura é uma festa, um regabofe….

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