Páginas de Austeridade Que Se Viram (II) – Investimento Público Em Mínimos Da Década, Do Século e Do Milénio

Eu ainda sou do tempo em que a esquerda em Portugal defendia as virtudes do investimento público e do seu efeito multiplicador na economia; e que proclamava a urgência em aumentar o investimento publico em Portugal.

Já sem a troika por cá e sem um programa de ajustamento para cumprir, a geringonça leva o investimento público ao mínimo da década, do século e do milénio.

A imagem acima foi retirada daqui.

8 pensamentos sobre “Páginas de Austeridade Que Se Viram (II) – Investimento Público Em Mínimos Da Década, Do Século e Do Milénio

  1. Dantes, os portugueses queixavam-se da “política do betão”: o Estado passava a vida a gastar dinheiro a construir edifícios, estradas e estádios.
    Agora, queixam-se de falta de investimento do Estado.
    Chega-se ao ponto extraordinário de até os auto-proclamados liberais se queixarem de que o Estado não investe!

  2. Caro Luís Lavoura: se ler bem o post, o foco é na contradição dos partidos que actualmente constituem a geringonça. Durante o governo anterior estavam sempre a criticar a falta de investimento público e a defender as virtudes e o efeito multiplicador do mesmo assim como a necessidade de o aumentar. Agora já no governo, levam o investimento público para mínimos do milénio e está tudo bem. Cumprimentos.

  3. Anonimus

    Estradas, edifícios, estádios; escolas, hospitais, linhas de caminho de ferro, tudo a mesma coisa.

    (aliás, uma SCUT ou um bom IC, exactamente igual)

  4. Oscar Maximo

    O problema maior está na falta de investimento na conservação. É inteligente, as grandes rachas só aparecem depois das eleições.

  5. JP-A

    “Dantes, os portugueses queixavam-se da política do betão”

    Quase jurava que isso era o que fazia o PS quando o ministro das obras públicas era o Ferreira do Amaral e lhe chamavam “ministro do alcatrão”. Mas depois dava jeito para as eleições (como os passes e os 6 submarinos que passaram a ser tóxicos) e inventaram as SCUTS. Só que depois o país estava falido e enquanto o senhor engenheireiro e autor de obras em língua francesa traduzidas para português porreiro fazia discursos a dizer que não, já as auto-estradas que eram grátis estavam fotografadas pelo Google com suportes dos pórticos já construídos para se taxar a carneirada que havia sido enganada pelos milagres gutérricos e socialistas como o do congelamento do preço da eletricidade. O que esqueceram de congelar foi a indecência e a falta de vergonha que parece ter-se apurado e concentrado na cabeça do actual querido líder e malabarista Costa Concordia, que agora que começa a aperceber-se do filme de terror de que se pode estar a abeirar tem a sorte socrática de ver o meio invadido por uma série de residentes que parecem ter saído da toca tão depressa que nem tiveram tempo de se vestir. A tática é mesma do Freeport – não se passa nada. Esperem até o próximo governo de direita e sabe-se lá mais quem aterrar na saúde e depois falamos.

    Alguém pia sobre a falta de investigadores contra a corrupção? O relatório do Cravinho já está pronto? O Assis já o desarquivou? E os contratos que das auto-estradas que o Paulo Morais reclamava? Já está ou serviram para embalar garrafinhas de champanhe franciú? E os Panamá Papers? Foram para junto de La Sanite ou alguém ficou entalado a comer páginas?

  6. Rão Arques

    Não há por aí um cozinheiro que os meta numa caldeirada de sobras e os agite com um pau de virar tripas?

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