“Para o candidato do Iniciativa Liberal às Europeias, a UE deve esquecer os ímpetos federalistas e focar-se somente no reforço da integração no plano económico, sem cedências de soberania em matéria fiscal ou orçamental.”
“Para o candidato do Iniciativa Liberal às Europeias, a UE deve esquecer os ímpetos federalistas e focar-se somente no reforço da integração no plano económico, sem cedências de soberania em matéria fiscal ou orçamental.”
“a UE deve esquecer os ímpetos federalistas” – porquê?
Porque a UE não é uma nação, como são as federações existentes, os EUA, o Brasil, a Alemanha, entre outros, mas sim um conjunto de nações, à partida com caracteristicas muito diferentes, inclusivé linguisticas e culturais, pelo que o modelo de integração através de uma federação não é hoje de actualidade (e, pelas razões que refiro, nunca será nos moldes das outras federações já existentes.
Faz hoje mais sentido falar numa confederação, um quadro institucional de integração menos centralizador e rigido do que uma federação, em que cada pais conserva uma maior soberania e personalidade internacional. O exemplo actual mais conhecido de confederação é o da Suiça, precisamente porque através um longo processo histórico, reuniu diferentes entidades nacionais e linguisticas, embora seja também verdade que, apesar do nome, hoje se aproxima mais do que é uma federação com entidades com uma grande autonomia (mas que, por exemplo, não têm personalidade internacional). De qualquer modo, mesmo a Suiça não é um modelo que se possa aplicar tal e qual à UE, um conjunto muito mais heterógéneo e recente.
A integração europeia deverá seguir um caminho próprio, que não tem precedentes históricos comparáveis, certamente evitando “grandes saltos em frente”, como seria hoje uma federalização precipitada, como pode ser uma harmonização fiscal e orçamental.