A ler, o artigo O Trilema da Miséria de Carlos Guimarães Pinto no ECO:
Há três características de uma economia socialista que afectam o potencial de crescimento económico de um país: a elevada carga fiscal, o centralismo e as restrições à concorrência. A carga fiscal retira incentivos ao trabalho e investimento, dando ao Estado os meios para exercer o seu poder. O centralismo garante que esse poder está concentrado no menor número possível de pessoas e mais distante do escrutínio, abrindo a possibilidade de abusos e corrupção. As restrições à concorrência garantem que tudo aquilo que existe fora do estado está suficientemente concentrado para ser dependente e poder ser manipulado pelos políticos.
[…]
Quando se juntam os três ingredientes, não há como escapar à miséria. Uma elevada carga fiscal, com um poder concentrado e uma elite económica nas mãos do Estado cria uma economia paralisada e incapaz de criar valor. Esta última descrição faz lembrar alguma coisa? Na verdade, aplica-se que nem uma luva a Portugal.
Falta acrescentar a cambada de medíocres e chulos acoitados no Estado para dar ao cenário o seu total realismo.
É reparar como nas nossas TVs se evita ir ao âmago da questão que é o desastre socialista modernaço da tomada da economia pelo estado e pela manada de gente que veste o fardamento vermelho até para ir a uma manifestação. É como se o problema viesse da crise do petróleo. Em menos de dez anos conseguiram transformar o país num pardieiro como a Rodésia. Com os “migrantes” o problema é exactamente o mesmo. Dá jeito tapar o problema com o sintoma. Mas se não for socialista berra-se a torto e a direito para avisar dos perigos de esses chegarem, como se a Europa estivesse a ser invadida por ar, mar e terra.
(refiro-me ao caso venezuelano, que é para onde devagarinho o Costa Concórdia nos leva pela mãozinha amiga do BE e do PCP, com os tiques de 1975 já cada vez mais de volta ao discurso)
As próximas legislativas vão ser o passo que os portugueses vão definitivamente dar para trás ou para a frente. Ou querem ser cubanos ou não.
O problema é tirar a luva. Temos no parlamento 3 partidos socialistas, 2 de extrema esquerda, e um ecologista que tem uma brigada armada. Em termos económicos, comparando com futebol, o Estado – que devia ser árbitro – é árbitro e tem metade dos jogadores de cada equipa. Ganha quem o Estado quiser. Mas não é jogo.
JP-A, obviamente o passo nas legislativas será para trás, ganhe quem ganhar, porque todas as opções com hipóteses de vitória são socialistas. Ainda nos falta descer muitos degraus em todos os indicadores de desenvolvimento para começarmos a acordar. Aliás, tenho quase a certeza de que nem o fundo do poço será suficiente para o Zé Povinho começar a achar que se calhar socialismo não é boa ideia. Quando acho que o pessoal não aguenta mais socialismo, lembro-me sempre da famosa expressão do outro: “ai aguenta, aguenta”.
Artigo muito bom