FASE 1
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) reconheceu perdas de quase 1.200 milhões de euros num conjunto de 46 financiamentos de risco, concedidos entre 2000 e 2015. Sucessivas administrações do banco público aprovaram operações de crédito a grandes devedores sem que fossem cumpridas regras de concessão de crédito e sem qualquer justificação adicional.
Para além disso, sabemos que os administradores da Caixa receberam bónus e “voto de confiança” mesmo com resultados negativos. O que nos mostra que não era o mérito que comandava a gestão do banco, mas sim “outros factores”.
FASE 2
A somar a isto também já era público que entre 2010 e 2016, a Caixa registou imparidades totais de aproximadamente 6,6 mil milhões de euros (mais de 4.500 milhões corresponde a imparidades de crédito e quase 2 mil milhões resultaram de perdas reconhecidas sobretudo em participações financeiras).
FASE 3
Em 2017, a Caixa foi recapitalizada em cerca de 4 Mil milhões de euros vindos dos nossos impostos, cerca de 2% do PIB (que mais uns instrumentos e alguma dívida ascende a cerca de 5 mil milhões de recapitalização). A Caixa apenas trouxe custos brutais aos pagadores de impostos, sendo a sua função de “estabilidade do sistema” apenas uma bandeira para evitar a sua privatização e assim poder continuar a funcionar como um instrumento de poder político para financiamento de uma elite empresarial amiga, sem garantias e com muitos riscos. É preciso separar o Estado dos negócios. Quanto mais o Estado interfere na economia, mais clientelismo e corrupção teremos.
É de recordar ainda que foi contra a vontade do governo PS e dos partidos que o apoiam (PCP e BE) que se iniciou a Comissão Parlamentar de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos. Iniciada a comissão, os partidos da Geringonça fizeram os possíveis para limitar o período e o âmbito da análise. No entanto, agora estes mesmos querem mostrar-se como reis da transparência.
Panamá Papers – Truncados
Relatório da Caixa – Truncado
Deve andar muita gente muito nervosa.
Todo o regime meteu a mão no pote, por isso todos fazem os possíveis por esconder. Quando é que os portugueses percebem que foram roubados nesta história?! ROUBADOS. Ninguem se indigna, ninguém reclama… continuamos na paz do senhor costa. Até quando?!
Talvez na quarta bancarrota sejam obrigados a privatizar essa porcaria. Não que eu acredite nisso. Mais cedo vendem a mãe do que o banco…
Solução: para continuarmos a ser roubados mas só pelos bancos privados é privatizar a Caixa.
Por um minuto imaginei que estava falando da Caixa brasileira
Sir Humphrey Appleby disse, num dos primeiros episódios do Yes Minister, que a Inglaterra queria sabotar a CEE – e por isso tinha de estar nela para fazer esse trabalhinho a partir de dentro. A Esquerda, que se quer fingir adepta da transparência, e para isso “pretende” nova comissão de inquérito, tem igual objectivo: estar lá dentro para a controlar.
Excelente. A corrupção na Banca começou com a nacionalização da banca: os mariachi, sobretudo socialistas lá colocados depois do golpe de estado de 1974, nunca arredaram pés de lá.
Vara então especializou-se em mandar a banca abaixo.
“Talvez na quarta bancarrota sejam obrigados a privatizar essa porcaria. ”
Qual é a vantagem se também pagamos os disparates dos bancos privados?
E quem foi Presidente do BdP entre 2000 e 2010 que estafou ainda 200 toneladas de ouro da “pesada herança”?
Havia lá melhor altura para para o governo atrasar para 2028 o pagameno de 700 milhões de dívida? Está tudo bem, não está?
Tenho a dizer que os cartazes da IL estão muito bonzinhos.
Deixo até uma sugestão: “Votem em nós, ainda não temos ladrões no historial.”
(O “ainda” dá uma nota de humildade e realismo que pode ser apelativa até aos cínicos mais empedernidos.)