Dentro da vaga de novas aquisições do Clube dos Insurgentes Políticos encontram-se dois jogadores, e amigos, com elevada qualidade. O Jorge Miguel Teixeira, o qual provavelmente ainda está em treinos e por isso ainda não fez o gosto ao pé, e o João Pinheiro da Silva que já nos presenteou com este belo livre. Dentro desses novos reforços encontra-se ainda um outro que, apesar de algumas vezes mais conformista e institucional, certamente menos vezes do que aquelas em que está mais Insurgente e anti-sistema (entre a ordem e o caos como diria o Homo Deus Jordan Peterson), se apresenta, para o panorama português, como um Liberal Radical. Coisa fácil em Portugal onde qualquer não socialista é logo identificado como um radical. Para ele todo o dia é derby.
É esse o seu género. Se bem que há uns dias, pelo que me diz, em que acorda mais para o Neoliberal. É o liberal das claques. Provavelmente pela idade. O tempo passa e passará, o novo ficará para trás, o neo sumirá, o velho irá aparecendo, e aí provavelmente o seu género será Liberal Clássico. O que já vê o jogo da central. Fica mais bonito que apenas um Velho Liberal.
Para o blog este é mais um reforço que é pela liberdade individual, pela liberdade de escolha e, já noutros patamares, pela autonomia. Interessado no liberalismo inglês do século XIX (Gladstone é dos poucos jogadores que admira sem reservas, tal e qual um Jardel na área). Fascinado pelo liberalismo adaptado de Fernando Pessoa, que resulta bem como o Coentrão a defesa esquerdo, o seu jogador nacional de eleição (O Pessoa, não o Fábio). Influenciado pelo Liberalismo de Mises, Friedman e Hayek (juntamos os Paul e já posso fazer uma referência aos Cinco Violinos). Apaixonado pelos discursos de Reagan e Thatcher (apesar de muitas vezes os jogos não terem correspondido aos treinos com estes dois). Encantado com as selecções liberais dos Quatro Tigres Asiáticos.
Na imagem, jovem promessa Fábio Coentrão Pessoa em passada acelerada em partida contra o Clube do Socialismo Fofinho (o qual tem adeptos em todos os partidos que estão no Parlamento).
Esse jovem reforço, como quem leu isto com atenção já percebeu há bastante tempo e já está cansado da brincadeira, sou eu. Sou por um Liberalismo de “não intervenção”. Viver e deixar viver. Regras gerais e abstractas, mas legítimas, para coordenar o jogo e cada um que siga os seus objectivos. Contra ditaduras. Contra a ditadura da maioria que se tem traduzido no fenómeno do politicamente correto, onde um grupo maioritário quer usar a política para impor comportamentos a outros através de um constante policiamento social. Contra a ditadura da minoria, onde um pequeno grupo minoritário com fortes interesses se une e usa a política para se favorecer e restringir a liberdade dos restantes indivíduos (seja a actual elite política que se beneficia e desenha a vida da população, sejam grandes grupos económicos – Reis do capitalismo de compadrio, sejam os sindicatos para se protegerem do mercado livre ou outros grupos de interesses sociais que têm conseguido vantagens para si à custa dos restantes cidadãos). Um parágrafo tão sério, depois de umas quantas tiradas de brincadeira de futebol. Já não se pode confiar em ninguém.
Durante as próximas jornadas escreverei não só sobre política do dia-a-dia – essencialmente será defesa dos jogadores liberais, aviso já, e comentário desportivo feroz aos jogadores socialistas e aos conservadores estatistas, mas também farei alguns resumos de obras essenciais ou que esteja a ler e ache relevante. Irei começar com A Economia numa Lição de Henry Hazlitt, antigo, e com o 12 Regras para a Vida de Jordan B. Peterson, novo. Tantas vezes fui procurar coisas depois de ver referência às mesmas nO Insurgente. Certamente haverá muita gente que o faz também. E, para terminar, até porque é muito importante, sou um orgulhoso membro do Instituto Mises Portugal e do novo partido Iniciativa Liberal. O resto vão sabendo durante a temporada.
“Regras gerais e abstractas”
Mau… isso soa a socialismo… É que a maioria dos liberais preferem poucas regras, mas claras e concisas.
Já não há liberais como antigamente. LOL
Carrega “Insurgente”. Alguém está a pedi-las.
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