Há um dito da sabedoria popular portuguesa que resume bem um tipo de notícias que grassa por aí, como a que procurou passar a ideia que Paulo Portas seria, afinal, um adepto de Bolsonaro e das suas políticas: “com a verdade me enganas“. Não sendo tecnicamente “fake news“, na prática, neste tipo de notícias, o que se faz é retirar uma frase do seu contexto, destacá-la, dando-lhe um sentido diferente e muitas vezes contrário ao que o seu autor lhe deu ou quis dar, no momento em que a proferiu.
Há muitas razões para que isso seja feito, por exemplo, para fazer um título apelativo, ou até para deliberadamente criar um facto político relevante, como parece ter sido o caso. As técnicas associadas ao “clickbait” nasceram inicialmente para gerar receitas online, mas rapidamente se tornaram num elemento relevante para gerar tráfego ou induzir pessoas em erro. No caso da desinformação, tal parte do princípio – correto – que muitos dos que hoje interagem com este tipo de notícia, não as lê, ou até, se deixa levar apenas pelo sentido perverso da manipulação do título.
Hoje, é preciso uma dupla atenção na leitura e reprodução do que quer que seja, pois, se a maioria das fake news são fáceis de identificar, na sua inverosimilhança, o mesmo já não ocorre com este tipo de manipulações subtis, associadas ao clickbait, ou, como se diz em português, “com a verdade me enganas“.
O mundo está perigoso. Como estava enganado Fukuyama quando decretou o fim da História…
Jornais e jornalistas , hoje em dia , são agentes politicos do regime socialista em que vivemos . Eles são contratados para manipular informação e formatar as consciencias das pessoas (eleitores) .Só que estes já não engolem tudo o que esses “espertos” lhes impingem e daí começarem a aparecer vencedores nas urnas sem o pedigree socialista exigido . Soltam-se então os “cães” e liberta-se o ódio sobre tais vencedores , que vieram demonstrar que as chamadas “fake news” nos entram pela casa dentro através de TVs dominadas por agentes do marxismo cultural . Estes vêm agora lançar poeira e cortinas de fumo dizendo que aquelas falsas noticias estão na internet . Esquecem-se é de dizer que aí se encontram as “fake” mas também as boas e verdadeiras , sendo uma questão de saber escolher . Já nos MERDIA sabe-se o que é difundido mas não o que é escondido .
Em Portugal ainda estamos no “estadio” em que as TVs colocam quem querem no poder com a manipulação dos jornalistas . Chegaremos também ao tempo em que aquele que mais odiado e atacado for pelos merdia será o vencedor , tal como já aconteceu nos grandes países onde as pessoas vislumbraram o logro perpetrado pelas grandes cadeias de informação servidas de profissionais sem coluna vertebral.
“Como estava enganado Fukuyama quando decretou o fim da História…”
Interessante, porque há coisa de 2-3 semanas trás disse exactamente o mesmo a umas pessoas com quem estava a conversar sobre o Bolsonaro, o Trump e as questões presentes.
Eh, o “com a verdade me enganas” é o modus operandi desenvolvido pelos publicitários desde o século XVIII. A necessidade é a mãe do engenho, e com a imprensa era necessário um novo modo de vigarizar o vulgo …
Quanto ao Fukuyama, até nem estava muito enganado. Agora no ocidente somos quase todos uma mescla liberal-progressista, que difere em 2% das ideias.
Se alguém lhes diz que um monarca absoluto pode ser melhor negócio para os proletas do que aquilo que os senadores vendem, têm todos um faniquito.
Curioso como o Paulo Portas está atento às mínimas distorções a frases por si proferidas mas engole sem questionar distorções (e mentiras mesmo) muito maiores feitas sobre o Bolsonaro.
O Portas classificou a segunda volta no Brasil, um pesadelo para os moderados, mas não disse, que ele próprio, é moderado e se o disse-se mentia com todos os dentes, porque todos sabemos que de moderado ele não tem nada!