“Com lucros de 369 milhões de euros, o pagamento de 200 milhões de dividendos ao Estado é plausível. Mas a CGD serve para financiar a economia portuguesa ou para pagar a despesa pública do Estado?”
Destaque do meu artigo de hoje no ECO – Economia Online. Sobre os resultados mais recentes da CGD e o seu posicionamento na economia portuguesa.
No passado era financiar os amigos do 44. Hoje é financiar a geringonça, ao mesmo tempo que encerra balcões e despede empregados (que não são aumentados há 9 anos), por todo o país.
O dinheiro dos dividendos já entrou via «aumentos de capital». Não é uma dádiva. É uma devolução aos contribuintes.
Se não devolvem, mais valia que a Caixa tivesse de uma vez fechado. É um imperativo.
A 200 milhões de euros por ano, só o último aumento de capital vai demorar vinte e mais anos a pagar.
A missão (boa ou má) da CGD, atualmente, é ser praticamente o único grande banco a operar em Portugal cujo controlo está em mãos portuguesas. Ou seja, é manter um “centro de decisão nacional” no setor bancário.
(Os outros bancos em mãos portuguesas são o Montepio, o Crédito Agrícola e o Banco CTT, mas são bastante menores.)
O Estado possui muitas empresas que dão prejuízo. Porque é que não há de deter também empresas que dão lucro?
Não me lembro de um “centro de decisão nacional” detido ou patrocinado pelo Estado que tenha dado certo… Mais se têm parecido a centros de nepotismo nacional…
Morto por ter cão, morto por não ter…
Os liberais passam a vida a queixar-se de que as empresas públicas dão prejuízo.
Quando aparece uma empresa pública (como a CGD) que dá lucro, perguntam: então porque é que ela há de ser pública?
O Bolsonaro promete vender as empresas públicas
QUE NÃO SEJAM ESTRATÉGICAS PARA O GOVERNO DO PAÍS
E promete vender as empresas públicas
QUE DÊEM PREJUÍZO !!
Seguramente não andou na escola do PaF !
Vou já inventar uma notícia falsa a dizer que deu prejuízo e aposto que vejo os mesmos a comentar tudo ao contrário. Coerência é coisa que não lhes falta.
“O dinheiro dos dividendos já entrou via «aumentos de capital». Não é uma dádiva. É uma devolução aos contribuintes.”
Disparate. O contribuinte de facto pagou – via impostos e taxas esses “aumentos de capital”. Mas os dividendos não serão uma devolução, antes uma nova apropriação por parte do Estado (leia-se, Governo) para gastá-lo no que vai achar como mais adequado sem a mim (a nós) nos devolver um único cêntimo.
“A missão (boa ou má) da CGD, atualmente, é ser praticamente o único grande banco a operar em Portugal cujo controlo está em mãos portuguesas. Ou seja, é manter um “centro de decisão nacional” no setor bancário.”
Disparate pegado. Vê-se a maravilha que os “centros de decisão nacional” têm facultado ao país, ajudaram a levá-lo à falência. O critério não pode ser esse.
“O Estado possui muitas empresas que dão prejuízo. Porque é que não há de deter também empresas que dão lucro?”
Outro disparate pegado. O critério não deve nem pode ser esse.
O Estado NÃO TEM DE TER EMPRESAS!!! Não pode ser simultaneamente legislador, juiz e jogador numa absoluta promiscuidade e vergonhosos conflito de interesses!!!
O Estado tem de se reger à suas funções de soberania – Defesa Nacional, Segurança Interna, Justiça e pouco mais – e deixar a actividade económica para as empresas, os empresários, os gestores, os funcionários. Regular o que tiver de regular, inspecionar o que deve ser inspecionado, facilitar e agilizar, tudo de forma justa, equilibrada e equitativa, etc
Aí acima disz-se que é o único gtande banco cujo controlo está em mãos portuguesas.
A pergunta é: é isso uma boa coisa, para mais sendo mãos de políticos?
E à custa dos clientes que passaram a pagar taxas muito mais elevadas pelos serviços da CGD
“O Estado NÃO TEM DE TER EMPRESAS!!! Não pode ser simultaneamente legislador, juiz e jogador numa absoluta promiscuidade e vergonhosos conflito de interesses!”
Mas se os bancos privados tiverem participações acionárias uns dos outros em nome da “concorrencia liberal”, ou empresas privados em promiscuidade com o estado com contratos de associação, parece que já não vos dá comixão…
“Disparate pegado. Vê-se a maravilha que os “centros de decisão nacional” têm facultado ao país, ajudaram a levá-lo à falência.”
Prefere os centros de decisão Europeu, como o BCE certo ?
à custa dos clientes que passaram a pagar taxas muito mais elevadas pelos serviços da CGD
Podem mudar para outro banco.
Se não o fazem é provavelmente porque descobrem que nos outros bancos as taxas também são elevadas.
Por que motivo deveria a CGD ter taxas menos elevadas que os concorrentes?
O português médio quer ter um banco público porque acha que assim o banco é de todos e não de uns malvados capitalistas que enchem os bolsas às suas custas.
O português médio quer ter uma companhia de aviação pública porque acha que assim ela é de todos e não de uns malvados capitalistas que enchem os bolsos ás suas custas.