Gira vs Lime

Bicicletas Gira e trotinetes Lime. Disponíveis em Lisboa. Não são dois meios de transporte substitutos mas são concorrentes. Além das óbvias diferenças de design, há um importante factor que os distingue: a forma de financiamento. As Gira são financiadas pelos nossos impostos, as Lime por privados.

Porque a Câmara Municipal de Lisboa não tem de se preocupar com a eficácia económica do projecto, não só pode gastar cerca de 3 milhões euros/ano (23 milhões em 8 anos) como também cobrar irrisórios preços pelo uso das bicicletas.

Já a Lime tem de cobrar valor superior pelas trotinetes. A inovação desta empresa está na forma como evitou a necessidade de investir na instalação de postos de carregamento destes veículos eléctricos: colaboração de pequenos empreendedores.

Ainda outra vantagem das Lime é poder deixar a trotinete em qualquer lugar.

Se ideia da Lime falhar quem fica a perder são os seus investidores. Com as Gira já estamos a perder.

9 pensamentos sobre “Gira vs Lime

  1. Luís Lavoura

    outra vantagem das Lime é poder deixar a trotinete em qualquer lugar

    Vantagem potencialmente desvantajosa. Arriscamo-nos a ficar com os passeios para peões atravancados com Limes, como há uns anos estavam atravancados com automóveis. Este tipo de veículos elétricos mal estacionados já faz muita mossa noutras cidades da Europa.

  2. Luís Lavoura

    As Gira são financiadas pelos nossos impostos

    É um facto. Mas o mesmo se pode dizer de outro meio de transporte elétrico existente em Lisboa, o Metropolitano. De facto, as Gira concorrem em boa parte com os transportes coletivos existentes. Sei de uma pessoa que deixou de andar de metropolitano para passar a andar de Gira, que lhe fica mais barato.

  3. Carlos Gonçalves

    Ambas as coisas estão vocacionadas para o prejuízo, quase inevitável na hora de substituir as baterias. A diferença maior é que a ideia “gira” é um prejuízo que acabará a ser pago por todos. O país paga todos os prejuízos das ideias “giras” dos sacos de lixo que os lisboetas diligentemente elegem para governo.

  4. 3 milhões de euros por ano para ensinar os lisboetas que a bicicleta é uma boa solução, não me parece muito.

    Depois de ensinados (viciados) passam a pagar uma taxa. Então, o € volta à casa de partida!

  5. Luís Lavoura

    ManoloHeredia

    ensinar os lisboetas que a bicicleta é uma boa solução

    As Giras não são bicicletas. São bicicletas elétricas, que é uma coisa totalmente diferente. Nas Giras só se pedala para pôr o motor elétrico em funcionamento. É o motor elétrico quem as faz andar, não a força do utilizador. O utilizador vai descansadinho, sem fazer exercício nem suar.

    As Giras são, de facto, basicamente uma alternativa ao metropolitano: são meios de transporte elétricos, só que o metropolitano é coletivo e as Giras são individuais.

  6. > passeios para peões atravancados com Limes

    Já hoje vi um exemplo.

    Sem falar que as instruções básicas estão em inglês.

    O oeste fora da lei no seu melhor.

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