Os grupos de interesse focam-se sempre nos interesses exclusivamente do grupo (passe a redundância), descurando e desprezando o interesse de toda a população em geral.
Vejamos no caso dos taxistas: os clientes preferem usar um serviço diferente (ou porque é mais conveniente, ou porque é mais barato, ou porque os motoristas são mais simpáticos, etc.); um grupo de interesse não quer que exista concorrência e quer impedir que os clientes possam escolher fornecedores alternativos.
Claro que a concorrência e a inovação irão sempre colocar em risco alguns empregos e algumas empresas, que terão que se adaptar ou então correr o risco de desaparecer – a história está repleta destes casos (e.g.: Nokia, Blackberry, Kodak, Polaroid). No entanto, a concorrência e a inovação são fundamentais para o progresso – para que se possam oferecer bens e serviços novos: mais baratos, mais funcionais, mais convenientes. Os grandes beneficiários desta concorrência e inovação são os clientes, que ficam com mais liberdade de escolha e com acesso a bens e serviços diferenciados pelo preço, pela qualidade, e pela funcionalidade.
Mesmo do ponto de vista socialista que privilegia o colectivo em detrimento do indivíduo, ainda que a Uber/Cabify/etc. acabassem de vez com os táxis (como o automóvel um dia acabou com os coches) – deveriam ser privilegiados os 30.000 taxistas ou os 10.000.000 de clientes? Mais ainda – porque é que os potenciais empregos perdidos do lado dos taxistas devem ser considerados mais importantes que os empregos criados do lado das plataformas electrónicas?
Acresce o facto que os taxistas a qualquer momento podem aderir às plataformas electrónicas de transportes (não existem barreiras à entrada), enquanto que o contrário não é possível.
Ainda sobre a mobilidade e a inovação tecnológica: num futuro não muito distante, os serviços de mobilidade serão prestados por veículos autónomos sem condutor.
A imagem acima foi retirada daqui.
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