“A não ser que consideremos como externalidade negativa alguém sentir-se prejudicado por o salário não estar à altura das expectativas, não se pode justificar a imposição legal de um leque salarial.”
Destaque do meu artigo de hoje no ECO – Economia Online. Sobre o princípio que fica em causa com a proposta de um leque salarial.
” É uma espécie de novela real na qual a consagração do “ir buscar a quem está a acumular dinheiro” se estabeleceu como o novo normal da sociedade.”
Isto porque os socialistas vêm o dinheiro como um fim, enquanto o capitalista o vê como um meio, uma mera unidade de medida para o valor das “coisas”.
Assim quanto mais pobre uma sociedade, mais ela vê o dinheiro como um bem em si mesmo, quanto mais rica mais o dinheiro é um meio para maior riqueza. Os pobres trabalham para o dinheiro, os ricos têm o dinheiro a trabalhar para eles.
Por isso quanto mais pobre uma sociedade, mais fácil o caminho para o socialismo. Portugal é um excelente exemplo, caso contrário não divergíamos há 30 anos da média da UE.
É o cerco a apertar-se. Quando o “estado” dominar o tecido produtivo (que está cada vez mais frágil e manietado) estaremos bem fodidos até lá parecemos caracóis, a cozer em lume brando até ao dia do juízo final. Não há forma de dar a volta a isto? É justo que 50-60% da população votante condene os restantes (não votantes ou menos comunistas) a uma miséria esperada? É isto liberdade? Que legado vou deixar aos meus filhos? Um país miserável, explorado por um conjunto de gente ignóbil que se limita a impor os seus devaneios em nome de um ideal que eles sonham em realizar? Será que não me resta outra alternativa senão emigrar e deixar para trás, e de vez, esta gente cujo único objectivo é dizer-me o que fazer à minha vida?
O BE tem de ser reduzido ao nicho donde veio, e depressa. O PS é um caso mais bicudo, tudo o que está a acontecer tem vindo a ser montado devagarinho há décadas, e vai ser muito difícil desfazer. É a vantagem comparativa de ser o partido da Maçonaria, esses pensam a longo prazo. Custa a crer o estado a que chegou o país. Custa a crer, mas chegou.