Sobre a saída limpa de Portugal do programa de ajustamento da troika, declamava de forma poética o Doutor Mário Centeno em Dezembro de 2015:
[…] Hoje, caídas todas as máscaras, e levantados todos os véus, percebemos que a expressão ‘saída limpa’ foi um resultado pequeno para uma propaganda enorme.
A economia portuguesa apresenta um crescimento anémico, em que o investimento teima em não aparecer. Em que, pelo esforço das empresas e dos trabalhadores, se conseguiu conter a destruição de emprego. Mas esse esforço traduziu-se numa redução inédita dos salários e também num aumento nunca visto da imigração”. […]
Doutor Mário Centeno , 2 de Dezembro de 2015
Já em Agosto de 2018, já com o estatuto de “Ronaldo das Finanças”e presidente do Eurogrupo, o mesmo Doutor Mário Centeno afirmava de forma bem menos prosaica:
Hoje é um dia especial para a Grécia. O seu programa de assistência chegou ao fim depois de um caminho longo e tortuoso do qual todos nós aprendemos liçoes.[…]
O crescimento económico foi retomado, estão a ser criados novos empregos, há um excedente orçamental e comercial, a economia foi reformada e modernizada.
A Grécia re-conquistou o controlo pelo qual lutou. Mas com controlo vem responsabilidade. Os Gregos pagaram duramente as más politicas fiscais do passado. Voltar atrás seria um grande erro.[…]
Doutor Mário Centeno , 20 de Agosto de 2018
Este post foi elaborado com base nesta notícia do jornal ECO.
Centeno não passa de um saloio deslumbrado com a sua própria sombra, um emplastro com um pouco mais de vocabulário, um alpinista social à custa de esquemas e números martelados. Na última passagem de ano, fez selfies com Lili Caneças; agora, já no Eurogrupo, perpetra uns vídeos em seu nome; amanhã há-de aparecer algures num jornal – e em todos eles a exibir o seu galanteador sorriso mamão. Não digo que o tipo é uma vergonha porque vergonha é toda aquela quadrilha que o adoptou.
Aaahhh, já sei onde o robles aprendeu o significado de coerência!
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Penso que estas noticias deveriam ser apresentadas com numeros, as taxas de crescimento entre 2014 e 2018. A dívida do Estado entre 2014 e 2018. Também deveria ser dado a conhecer as taxas ou aumentos dados aos reformados e pensionistas entre 2014 e 2018 e também os números do comércio externo.
Assim poderíamos, se calhar, entender melhor a conversa dos políticos e quem falou a verdade ou quem nos conta as mentiras!