A falácia do imposto justo

“O imposto, seja ele o IRS ou outro qualquer, é tão-só um meio de arrecadação de receitas para fazer face à despesa pública.”

Destaque do meu artigo de hoje no ECO – Economia Online. Sobre o IRS progressivo e a função principal do imposto.

30 pensamentos sobre “A falácia do imposto justo

  1. André Miguel

    Qualquer imposto só seria justo se o seu pagamento fosse voluntário, coercivamente e sem saber para que finalidade é roubo.

  2. JP-A

    Adicione-se os esquemas tipo “reduzimos o IRS” e “reduzimos o IMI” para depois ir cobrar nos combustíveis ou nas taxas aplicadas nas faturas da água e eletricidade em favor das câmaras, com que depois se conclui por análises artísticas que a carga fiscal baixou, e temos o retrato do país e da mentalidade de um classe política que nunca lá chegará porque dá todas estas questões como induscutíveis. Antes por questões meramente políticas, hoje porque nem sequer atingem o patamar intelectual mínimo e cresceram num ambiante de sanguessuga a que dão corpo.

  3. A implementação de uma flat tax resultaria num aumento das desigualdades numa sociedade já de si bastante desigual. Até o FMI que já percebeu que o aumento das desigualdades diminui o crescimento económico defende o aumento da progressividade dos impostos.

  4. «A implementação de uma flat tax resultaria num aumento das desigualdades numa sociedade já de si bastante desigual.»

    Veja os países onde as flat-tax foram implantadas. O coeficiente de GINI diminuiu.

    Mesmo no FMI há muitos teóricos cujos argumentos são estraçalhados pela realidade.

    De qualquer forma, se se quer acabar com a pobreza, o melhor é baixar os impostos, de modo que os ricos, os super-ricos e os milionários queiram vir para Portugal viver. Continuo a ser a favor de, a partir do milhão de euros, se ter uma taxa única de 5%.

    Mais ricos em Portugal significa menos pobres em Portugal. Um rico tem de comer, de vestir, de telefonar, de se entreter e de ter um escritório.

  5. Caro Miguel.

    Se abdicar de todos os serviços que são postos á disposição da sociedade com o dinheiro dos impostos, passando a viver como sem-abrigo ou emigrar para um deserto, já não precisará d apagar impostos.

    O que vocês querem é desfrutar dos serviços e investimentos públicos, como polícia, hospitais, estradas, energia etc etc etc, mas sem pagar nada – viver à custa dos outros.

  6. Pôr um Mexia, que ganha 150 000 euros por mês, a pagar a mesma taxa de imposto que uma empregada da limpeza que ganha 500 euros por mês.

    E provavelmente ainda era capaz de pedir que se baixe o salário da senhora da limpeza para poder aumentar ainda mais o outro chulo.

    A “justiça” neoliberal em ação.

    Enfim, são pagos para escrever estas coisas.

  7. Claro ó Colaço.

    Piorar as condições de vida dos pobres para agradar aos ricos é o vosso único objectivo de vida.

    Quanto ao factor aldrabice tresloucada da sua afirmação de que fazendo tudo o que os ricos querem e não fazendo nada em favor dos pobres isso será muito bom para os pobres (!!!!!!) podemos apreciar os resultados em sociedades como a angolana, que estão cheias de multibilionários enquanto a maior parte da população vive na miséria.

    Se se sente tão bem em esterqueiras daquelas, porque não emigra para lá ?

  8. André Miguel

    Se a burrice, ignorância e má fé pagassem imposto o país podia abdicar do IRS, IRT, IMI e afins que a receita fiscal era ainda maior.

    Angola é um país socialista até à medula, nenhum negócio se faz sem o amém do Estado, a oligarquia enriquece à pala do ouro negro, nada faz pelo povo e quando precisa de educação ou saúde para os seus procura os malvados porcos capitalistas em vez de ir para Cuba ou Coreia do Norte.

    E nunca li seja o que for de alguém neste blog a elogiar tal regime… nem sequer a defender a total ausência do estado ou o anarco-capitalismo.

    Mas pronto, o troll de serviço tem de mostrar ao patrão que trabalha e todos temos de fazer pela vida.

  9. Orc,

    A Esquerda gosta tanto de pobres que não deixará nunca de criar pobreza.

    Paradoxalmente, quanto mais livre economicamente é uma sociedade, melhor vivem os mais pobres que lhe pertencem.

    Como escrevi acima, grassa uma classe de intelectuóides que nem percebe que a realidade dizima todos os seus argumentos. Um a um.

  10. André Miguel,

    «Se a burrice, ignorância e má fé pagassem imposto»…

    … Portugal viveria à míngua. A burrice, a ignorância e a má fé não criam negócios nem actividade económica. Se há burros, ignorantes e pessoas com má fé, como o nosso Orc (uma de três, abdico das outras duas), é porque existem pessoas inteligentes, competentes e honestas que comerciam entre si e criam riqueza. E uma pessoa inteligente e com má fé que agrega os votos as pessoas burras, ignorantes e de má fé, para tirar o rendimento às pessoas diligentes, competentes, inteligentes e de boa fé. Até que as últimas morrem, emigram ou deixam de trabalhar.

    Resultado: 100% dos paraísos socialistas acabam na bosta.

  11. Ork, sem tantos institutos, fundações, funcionários públicos, subsídios, o estado não necessitava de cobrar tantos impostos. Com uma flat rate fica mais dinheiro disponível para o rico investir e gastar ao seu gosto, a economia ganharia pois seriam mais cabeças a pensar e a gerir. É para mais é inconstitucional a discriminação financeira.

  12. Caro shakajoulou.

    Claro.

    Se destruissem o estado social ficava mais dinheiro para os ricos gastarem ao seu gosto.

    Poderias ver mais Rolls Royce nas ruas à custa da miséria da maior parte da população.

    Era o que tu querias.

  13. Caro Miguel.

    O socialismo pressupõe redistribuição dos ricos para os pobres, tipo estado social, ou pelo menos controle do estado sobre os ricos.

    Em Angola assiste-se exatamente ao oposto.

    Não existe qualquer redistribuição a favor dos pobres e são meia dúzia de milionários privados que mandam no estado.

    A maior parte da riqueza angolana está nas mãos de empresários privados e não há qualquer intenção de a redistribuir através de um estado social.

    Angola é o vosso paraíso e é naquilo que querem transformar o mundo desenvolvido.

    A única razão pela qual não defendem abertamente aquilo é porque toda a gente ficava a perceber o que vocês querem.

  14. Caro Colaço.

    Eu não sou esquerdista, o que defendo, um estado forte e um estado social forte até já foi defendido em maior ou menor grau pelo Salazar, Hitler, Churchill entre outros.

    E sabe muito bem que onde os pobres vivem melhor é em estados com forte estado- forte estado social, como os países nórdicos. Por isso não sei porque vem com essa conversa.

    Como é óbvio a liberdade total dos mais fortes torna-se na opressão dos mais fracos, porque obviamente os mais fortes vão impor os seus interesses aos outros.

    Pelo que tem d haver limitações à liberdade dos fortes – é o sistema de checks and balances que equilibra o poder.

    Esse sistema é a essência do verdadeiro liberalismo e se vocês fossem verdadeiros liberais e não darwinistas sociais, uma espécie de nazi-empresariais, seriam os primeiros a defender uma sociedade mais equilibrada em que o estado equilibraria o poder das empresas na sociedade.

    Assim o liberalismo de direita acaba por não passar de lobby empresarial.

  15. essa do “trickle down economics” está bem à vista nos E.U.A. e no R.U.!!! De qualquer forma, a maior parte das grandes empresas practicamente não paga IRS, eg. Google, Apple, Facebook, etc…

  16. André Miguel

    Porra… que já não tenho paciência para a filha da putice do troll!

    Mostre lá onde é que alguém aqui defendeu angola!!!!!

    Ficamos todos a aguardar.
    Se não o fizer confirma-se que não passa de um idiota útil (para não lhe chamar um verdadeiro filho da puta) que tem de escrevinhar algo com as patas para mostrar ao que vem.

  17. Caro Miguel.

    Antes de começar chamar filho da putha convinha que ao menos lesse oq ue eu lhe respondi.

    “A única razão pela qual não defendem abertamente aquilo é porque toda a gente ficava a perceber o que vocês querem.”

    Vocês não defendem “abertamente” o MPLA, só defendem a destruição do estado social e a entrega do poder a meia dúzia de milionários – que é exatamente a política do MPLA.

    Grande diferença.

    Chame-me lá filho da putha à vontade, que pode ser que seja por isso o MPLA se torne socialista e crie um estado social em vez de praticar as mesmas políticas que vocês defendem aqui.

  18. O estado social necessita da contribuição audiovisual, de uma tap, de uma carris, metro e outros transportes urbanos, de bancos, se o estado saísse dessas actividades onde há concorrência os precos tenderiam a baixar e o estado não necessitava de tantos impostos

  19. Quanto ao estado social, sou apologista do rendimento básico incondicional. Os recursos gastos em funcionários, edifícios, burocracia, electricidade, etc ficariam disponíveis para as pessoas

  20. Os privados fazem os preços para atrairem clientes e terem lucro, é a melhor forma de ter os preços mais justos. Se o estado é melhor a definir preços então que controle também padarias, talhos, supermercados e por aí fora.

  21. Caro Shakazoulo.

    Sim, fuja á questão de que os privados não prestam serviços mais baratos nem eficientes do que o estado.

    Justiça para vocês é só o que é bom para os acionistas.

  22. Orc,

    «Sim, fuja á (sic) questão de que os privados não prestam serviços mais baratos nem eficientes do que o estado.»

    Que idade tem? Se tiver mais de quarenta anos sabe com veemente certeza quanto a Portugal Telecom estatal dos anos 90 demorava a instalar um telefone — seis meses. E que tínhamos os segundos telefones mais caros do Mundo (o primeiro era a Indonésia, e esse país pelo menos tinha a desculpa de três mil ilhas).

    Não vamos mais longe: Carris. Qual é o custo dos serviços da Carris — cuidado, não atropele os subsídios e o aumento crónico de dívida como origens de dinheiro.

  23. Chaca zulu,

    «Quanto ao estado social, sou apologista do rendimento básico incondicional.»

    Desde que seja zero esse rendimento, também eu.

    As pessoas devem sustentar-se com o proveito do trabalho das suas mãos, do qual o Estado deve roubar o menos possível. Cada um tem de de se bastar.

    Se o Estado não tiver poder, e se limitar a assegurar a propriedade e a execução dos contratos entre pessoas, nem teremos oligarquias russas e angolanas nem rendistas nabeiros ou santespíritos.

  24. Caro Colaço.

    Tem a certeza que os serviços privados funcionam melhor ?

    Estou a ver que teve a sorte de não depositar as economias da sua vida no grupo BES…

  25. «Estou a ver que teve a sorte de não depositar as economias da sua vida no grupo BES…»

    Ou na Caixa Geral de Depósitos, que se não fossem os bailouts do Estado e que fazem três do do BES…

    E estes bailouts à Caixa não retornam juros ao Estado. Ainda bem que fala no BES.

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