Desejava que as pessoas que deixassem de confundir direito positivo com direito negativo.
Hoje ouvi que nos EUA “há pessoas que defendem o direito às armas e não o direito à saúde”. Bem, vejamos uma coisa: para comparar estas coisas a palavra direito teria de significar a mesma coisa.
Se os Americanos têm direito ao porte de armas, não deverão ter direito à saúde? Mas ºe claro: qualquer pessoa que se desloque a uma loja para comprar uma arma, também se pode deslocar a uma seguradora, a uma farmácia, a um hospital, a uma clínica ou a qualquer outro local e adquirir serviços de saúde. É um direito de igualdade garantido por qualquer constituição ocidental contemporânea. Quem quiser pode comprar qualquer bem legal – e isso não está em questão.
Agora, os americanos devem ter direito a serviços de saúde ou a armas oferecidos, aí entram em questão princípios como o do direito do estado a me extrair sob pena de prisão a minha propriedade para oferecer bens e serviços a outrem. Aí um libertário deverá opor-se: a minha propriedade é minha e oferecer armas ou saúde a outrem com os meus recursos é uma violação do princípio de não agressão.
Eu sou contra o estado oferecer armas aos cidadãos, sublinhe-se.
Ora, confundir tudo e afirmar algo como “há pessoas que defendem o direito às armas e não o direito à saúde” é ou não perceber nada do assunto ou perceber e ser malicioso.
Independentemente da posição que se tenha sobre o direito à possibilidade de porte de armas por parte dos americanos.
Se a saúde é paga e a pessoa não tem dinheiro para a pagar é evidente que não existe igualdade no acesso.
A política neoliberal em termos de negação do acesso á saúde equivale a assassinato em larga escala.