Eis um excelente contributo para a discussão sobre o que deverá ser o PSD do futuro:
[…] precisamos vitalmente de outra coisa, precisamos de mais liberalismo, de mais liberdade económica, de mais espírito empresarial. Sem mais “crise” (das que falava Schumpeter) e sem mais “boa” insegurança, não somos capazes de mudar. O estado tudo faz para nos poupar a essa insegurança, e, como toda a Europa, afundamo-nos, pouco a pouco, na manutenção, geracionalmente egoísta, de um modelo social insustentável a prazo e que nos condena a definhar. É verdade que duvido que hoje alguém consiga ganhar uma eleição propondo o fim do conforto providencial, mas isso remete para a perda de margem de manobra democrática, face ao crescendo demagógico. E nem sequer vale a pena apelar á racionalidade, porque ela, a não ser para meia dúzia de iluminados normalmente sem fome e com emprego certo, aconselha a ter a pomba na mão a troca-la pelas duas que estão a voar. Estamos de facto, um pouco tramados, mas se calhar foi sempre assim na história.
— Pacheco Pereira Vintage, ano de 2005.
Isto apenas prova que ele não sabe o que diz. Limita-se a traduzir uns artigozecos do NYTimes. Às vezes acerta, outras vezes não, e por isso, e não apenas por coleccionar posters, tem o favor das esquerdas.
É do camandro. Este homem contradiz-se a toda a hora. Já foi da extrema-esquerda, passou a centrista, voltou novamente á extrema-esquerda, qual será o próximo apeadeiro?
Se eu conhecesse um familiar do PPereira, mandava-lhe este escrito, convencido de que lhe faria bem lê-lo – ele PPereira, claro.
Não ia adiantar, @TIRO-AO-ALVO. Como bom Socialista que é, eram precisos apenas segundos, para vir com o spin necessário para justificar tudo — assim como quem justifica o aumenta de impostos com o fim da austeridade.
E depois vocemessê nem se atreva a contra-argumentar. O mote está dado. Será imediatamente acusado de fascista da alt-right e nunca mais poderá discursas em Universidades deste país.
Eu era leitor regular do Pacheco Pereira, cuja opinião apreciava.
A partir de dada altura não consegui perceber se o problema do homem era falta de memória ou falta de vergonha.
A ser a primeira, esta MALdade é deveras oportuna. E pode ser útil.
Mas acho que o verdadeiro problema reside na segunda. E parece-me incurável.
M Gomes, eu também deixei de ler o PPereira.