Salazar e Le Pen: a luta continua

Daqui se conclui com relativa evidência: tivesse Salazar tido a “lucidez” de chamar União Nacional Trabalhista ao seu partido único e de chamar às colónias “territórios de resistência ao imperalismo” teria podido contar com Cunhal como seu fiel ministro – tudo o resto seria o Estado Novo como o conhecemos: prisão de opositores (banal desde Lenine), censura prévia na imprensa (nada mais comum no Pacto de Varsóvia) e colonialismo (URSS, alguém?).

 

Isto e mais no Expresso online.

5 pensamentos sobre “Salazar e Le Pen: a luta continua

  1. Muito bem observado.
    Tudo não passa de um problema de semântica mútua, como diria o 100Tino.
    Naquele tempo havia uns quantos presos políticos -comunas que faziam concorrência -agora- neste tempo de amplas liberdades chamado DEMOCRACIA há uns quantos políticos presos.
    A tal semântica
    Na minha modesta opinião também muito poucos para a roubalheira que lhes deixam fazer

  2. mariofig

    Obrigado pelo convite a ler a sua crónica no Expresso. É um jornal que normalmente evito, mas para ler Michael Seufert vale sempre a pena. Infelizmente escreve sobre Le Pen e portanto ficará mesmo por ler. Manterei a minha confiança em certos cronistas estrangeiros para melhor estimular ou desafiar a minha posição política nesta matéria. Aqui não encontro nenhum.

    O Michael, juntamente com André Azevedo Alves — que tão agressivamente critiquei aqui no Insurgente sobre este mesmo tema — e outros são, acredite, fonte de orgulho para um cidadão como eu de um país que desejo moderno, modernista, informado e culto. Mas o tema da FN e Le Pen é onde traço a linha que nos divide.

  3. mariofig

    E digo isto porque não se vislumbra entre os cronistas portugueses (e certamente entre os que regularmente aparecem aqui no Insurgente) o tipo de qualidade a que nos habituaram. O excesso de demagogia, apelo ao medo intencional desonestidade nos vossos textos só tem comparação ao que nos habituaram os cronistas avençados de esquerda que noutras situações tão criticamos aqui. É absolutamente deplorável a forma como têm exercido o vosso legitimo, mas desonesto, confronto de ideias em relação aos movimentos ditos de extrema direita na Europa.

    Pode acusar-me de não ter lido o seu texto. Aceito. Mas já o li sobre este tema noutras ocasiões e portanto sei o que me espera. E o titulo diz tudo, mas absolutamente tudo. Só espero sinceramente que não tenha descido ao mais baixo dos níveis e seguido o exemplo da esquerda radical e Universidades Católicas e apelidado Le Pen e a FMN de fascistas. Quero acreditar que pelo menos isso não fez.

  4. mariofig

    Ok. Aqui vai a minha confissão. A pergunta era obviamente retórica. Li o seu artigo, é claro. É por isso mesmo que sei que chamou a FN de fascista.

    Portanto, os meus sentimentos pela sua derrocada intelectual. Desejo sinceramente que tenham sido apenas algumas cervejas a mais. Caso contrário, lá estarei para ver o Michael junto dos estudantes a protestar a próxima conferência de Jaime Nogueira Pinto.

  5. Euro2cent

    Meh.

    Os americanos queriam os europeus fora de África, não fossem constituir ali um bloco geo-estratégico que os apoucasse.

    E, imagine-se, os russos, depois da revolução que abateu o Czar e um possível rival – a “superpotência soviética” sempre dependeu do apoio e da publicidade americana – também queriam os europeus fora de África.

    Há acasos felizes.

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