Vale a pena ler o artigo de opinião de Jão Miguel Tavares, A Global Media e o nosso homem em Macau.
(…) Perplexidade 5: As movimentações accionistas via Macau não espantam apenas pela estranha empresa KNJ, que supostamente investe “na área do imobiliário, saúde e restauração” (entradas no Google sobre a KNJ Investment antes de 2016: zero). Quem se apresentou em Portugal como mediador do negócio entre Global e KNJ foi Paulo Rego. Em 2006, era José Sócrates primeiro-ministro, Paulo Rego foi nomeado director-adjunto da Lusa. Rego foi uma escolha surpreendente. Era à altura coordenador da revista Macau e tinha ligações a uma empresa de trading que levantaram dúvidas à ERC acerca da compatibilidade com a função de jornalista. Juntamente com o director Luís Miguel Viana, Paulo Rego dirigiu a Lusa numa das épocas mais governamentalizadas da sua história.
Perplexidade 6: Afonso Camões foi administrador da Lusa entre 2005 e 2009 e seu presidente entre 2009 e 2014, quando saiu para dirigir o JN. Afonso Camões viveu em Macau entre 1991 e 1999, onde foi, entre muitas outras coisas, administrador da Teledifusão de Macau (TDM) e director da revista Macau. Paulo Baldaia disse-me um dia que ser jornalista é fazer perguntas. Aqui está uma: que negócio, afinal, foi este?
O ps e os metropolitanos (aqueles animais que rastejam debaixo do solo)
Foi salvo erro o Bloco de Esquerda quem apresentou em tempos uma proposta e lei na A.R. que pretendia deslindar quem eram os grupos detentores de todos os mídia em Portugal. Essa proposta foi, salvo erro, chumbada pelos votos do PSD (entre outros).
Quantos meses vai demorar até JMT ser saneado?
Em termos relativos, Portugal é pior que a Venezuela.