A minha crónica no i sobre o politicamente correcto na Europa e a reacção holandesa à intrusão astuta da Turquia. Parece que ainda não é demasiado tarde.
A Europa acordou?
A Holanda proibiu o ministro dos Negócios Estrangeiros turco de fazer campanha a favor do sim no referendo sobre um regime presidencialista na Turquia. A cidade alemã de Gaggenau fez o mesmo ao ministro da Justiça turco, e o ministro do Interior alemão afirmou, entretanto, que uma campanha eleitoral turca não tem de ser feita na Alemanha.
É caso para dizer que, finalmente, os países europeus acordaram. Quando membros de um governo estrangeiro fazem campanha eleitoral no nosso país estamos perante uma extensão inaceitável desse país dentro do nosso. É uma violação das regras mais elementares da soberania e ainda bem que Holanda e Alemanha foram firmes neste ponto.
Nada disto tem que ver com refugiados ou com a imigração. Sou favorável à imigração, com a qual ganham todos: imigrantes, países de origem e países receptores. Nestes últimos, o enriquecimento que as novas pessoas trazem consigo, com outra forma de encarar os problemas e de os resolver, a que se soma a vontade férrea para trabalhar, é uma mais-valia indesmentível.
No entanto, além de imigração pressupor integração, não é disto que se trata aqui. Da mesma forma que não imaginamos o presidente dos EUA a fazer um périplo pela Europa apelando ao voto nas eleições norte-americanas, ou o presidente francês a proceder da mesma forma na Alemanha ou no Reino Unido, não se compreende por que motivo deveriam os países europeus agir diferentemente para com a Turquia. À hora em que estas linhas são lidas saberemos se não foi demasiado tarde.
Não entendo este artigo. Os políticos portugueses deixam de poder fazer campanha em França junto dos emigrantes portugueses? E qual a diferença entre campanha e contacto com emigrantes? E os turcos que, não podendo votar na Alemanha ou Holanda, podem votar na Turquia ficam sem possibilidade de discutir as suas opções políticas?
Não é demasiado tarde. E pode ser feito sem recorrer a extremismos. Lições da Holanda.
A sério? Não me diga que não sabe que dirigentes partidários portugueses, que são simultaneamente ministros, fazem, com toda a naturalidade, campanha eleitoral nas nossas comunidades de emigrantes. E não me diga que não sabe que dirigentes partidários cabo-verdianos, que são simultaneamente ministros, fizeram, com toda a naturalidade, campanha eleitoral em Portugal? Como bem poderiam fazer – caso houvesse interesse nisso – campanha eleitoral o político que é “presidente dos EUA de fazer um périplo pela Europa apelando ao voto nas eleições norte-americanas, ou o presidente francês a proceder da mesma forma na Alemanha ou no Reino Unido”. Aliás, Emmanuel Macron esteve, há um mês, a fazer campanha em Londres, pelo que também François Hollande, caso se tivesse recandidatado, o poderia fazer. Bizarro seria possibilitar a uns o que se impede a outros. “A Europa acordou”? A sério? Meu Deus! Até o mais obtuso “tudólogo” captou que a conduta bizarra dos governos Alemão, Austríaco e e Holandês (todos em ciclo eleitoral) se deveu a um puro e duro cálculo político, visando ganhar votos para os partidos à sua direita, e tirando partido da má imprensa de Erdogan. Nada de mal, aliás, digo eu, apenas política.
Espantoso. Agora temos um liberal a dizer que nos nossos países livres as pessoas, lá por terem nacionalidade estrangeira, não são livres de se reunir, pacificamente, num sítio qualquer para debater ideias políticas relativas ao país delas. Isto só visto!!!
Então os políticos portugueses não fazem, de 4 em 4 anos, campanha eleitoral nos países onde os nossos emigrantes vivem? Não vão a França, ao Luxemburgo, aos EUA e a sabe-se lá mais quantos países fazer campanha eleitoral? Será que o André acha que eles devem ser proibidos de o fazer? É este o conceito de democracia e liberalismo que o André faz?!
Esquisito não perceberam que a Europa arranjou mais um inimigo. Inevitável nos últimos anos com a Turquia Islamista de Erdogan.
E autor ainda por cima diz que é a favor da imigração sem o qualificar em quantidade, qualidade.
Nos Países Baixos é já comum haver manifestações de rua por elementos da comunidade turca, tanto de apoio mas principalmente contra as políticas de Erdogan. Assim, os Países Baixos entenderam que não estariam reunidas as condições de segurança para a realização do comício e proibiu-o. Foi tão simples como isto, “o resto é folclore”.
Nos Países Baixos é já comum haver manifestações de rua por elementos da comunidade turca
E depois? Se os Países Baixos são livres, então os elementos da comunidade turca têm o direito de se manifestar, não é? Qual é o problema? E a obrigação dos Países Baixos é providenciarem a segurança nas manifestações, através de uma adequada presença policial – tal como se faz em quaisquer manifestações. Nunca vi, proibir manifestações lá porque se pensa que elas podem levar a violência!
As manifestações foram e são permitidas, o comício não.
Hehe.
Erdogan já veio dizer que os Turcos na diáspora devem ter 5 filhos
E o ministro Mevlut Cavusoglu ameaça com guerra religiosa.
Claro a censura do jornalismo marxista continua.
Quando tiverem uma Síria na Europa não se admirem.