24 pensamentos sobre “Daniel Hannan e o comércio livre”
Mas onde é que há comércio livre? O que se conhece até agora é comércio mundial regulado por acordos bilaterais e multilaterais e OMC.
Basta ver as afirmações do 1º-Ministro francês sobre o Brexit em que já ameaça que os benefícios do Reino Unido vão acabar com a saída EU. Se o comércio é livre é indiferente o RU estar na UE ou não, certo?
Poupem-me à conversa do comércio livre versus protecionismo porque o que existe não é comércio livre e nem se vê que alguém queira verdadeiramente o comércio livre.
Quanto a este vídeo, o Daniel Hannan está certíssimo.
Tem a certeza que viu e entendeu o vídeo?
Eu entendi o video. Se calhar não entendeu o meu comentário mas eu clarifico: não existe livre comércio.
Existe proteccionismo em diferentes graus. Proteccionismo que se reveste de diferentes formas desde pautas aduaneiras até formas capciosas como normas de segurança para impedir a concorrência dos carros chineses na UE, por exemplo.
Concordo com o princípio do Daniel Hannan, não concordo que exista livre comércio. O que tem existido é regulamentações mais abertas do que no passado, mas regulamentações mais abertas não são livre comércio, são apenas um tipo de regulamentação.
SHIRI BIRI,
Efectivamente, o comércio completamente livre não existe.
De resto, mesmo de um ponto de vista liberal, o comércio livre e concorrencial não equivale à lei da selva, à total ausência de regras e regulamentações.
O que existe é comércio mais ou menos livre.
O que se pode discutir é se o comérico deve ser mais ou menos livre.
O que se pode discutir é se as regras e regulamentações existentes são as que melhor garantem que a liberdade seja para todos e não apenas para alguns e que a concorrência seja o mais perfeita possivel.
É nestes termos que a questão das relações entre o RU e a UE (“Brexit”) deve ser equacionada.
É nestes termos que a politica de Trump para o comércio externo deve ser avaliada.
Trump até pode ter alguma razão quando diz que há tratados que regulamentam o comércio que não são aceitáveis (“fair”) porque desfavorecem os EUA e que, por isso, devem ser renegociados.
Mas Trump perde a razão se toma precipitadamente medidas que são simplesmente proteccionistas, isto é, que reduzem o grau de liberdade do comércio mundial, que, mais do que corrigir a globalização, a fazem recuar.
Mesmo que algumas medidas proteccionistas unilaterais possam trazer algumas vantagens imediatas para os EUA, acambam a prazo por ser piores para todos, para a economia americana e para a economia mundial.
Fernando, não é a prazo é imediato. Proteccionismo faz logo estragos e exemplos não faltam. Veja o Brasil e Angola que são exemplos próximos, por muito que apontem o petróleo ou a política como os seus maiores problemas, a verdade é que as suas economias começaram a gripar com medidas proteccionistas e até que façam reformas, nem com petróleo a 150 Usd se levantam. Proteccionismo nunca trouxe nada de bom.
Concordo em absoluto com os comentarios de Shiri Biri .
O autor do post , pensa que existe mercado livre e daí apresentar um video defensor do mercado livre , o que na pratica consubstancia um contradição insanável
E digo mais , a tendência mundial de globalização vai num muito mau sentido !
Com o pretexto de um mercado livre (que não é) vão concentrando o poder e restringindo a liberdade dos individuos com um ritmo assustador , prevendo-se a esclavização a prazo do ser humano, ás mãos dos globalistas .Por isso , quanto mais o poder estiver distribuido mais poder terão as pessoas individualmente consideradas . .
André,
Depende do que se entende por prazo e de cada caso concreto…
Num prazo mais curto, certas medidas, como direitos adianeiros na importação mais elevados, até podem aumentar a produção nacional de substituição de importações no mercado interno e criar empregos (e o contrario no sector exportador dos parceiros comerciais).
Mas, num prazo maior, um mercado interno “protegido”, sem a concorrência externa, tende a favorecer a ineficiência e preços mais elevados (incluindo os dos produtos … na exportação).
Já para não falar das eventuais e mais do que prováveis medidas de retaliação dos outros paises e que vão forçosamente prejudicar a actividade exportadora.
No final, mais cedo ou mais tarde, e nunca é tão tarde como isso, o saldo médio para cada pais, incluindo o que teve a iniciativa, é negativo, em termos de produção, emprego e preços de meios de produção e de consumo final.
No caso dos EUA, a grande questão é saber até onde irá Donal Trump na aplicação do seu programa económico na parte mais proteccionista e “patriótica”.
Eu espero e quero acreditar que, perante a prova do confronto com a realidade e face a obstáculos politicos e de interêsses, não vá tão longe como isso.
Mais, espero embora não aposte nisso, que o pendor mais liberalizador que Trump parece querer introduzir na regulamentação interna da economia se faça também sentir no comércio externo, porventura com tratados multilateraie e bilaterais renegociados em termos mais favoráveis para os EUA do que acontece actualmente (por exemplo, mais exigentes no que se refere à efectiva abertura dos mercados dos outros paises, incluindo a China, o Japão, o México, a UE, etc).
O mais importante é que a primeira economia do mundo não se feche e a globalização não gripe !
“prevendo-se a esclavização a prazo do ser humano, ás mãos dos globalistas .Por isso , quanto mais o poder estiver distribuido mais poder terão as pessoas individualmente consideradas”
LOL
CASTANHEIRA ANTIGO : “O autor do post , pensa que existe mercado livre e daí apresentar um video defensor do mercado livre , o que na pratica consubstancia um contradição insanável”
Percebe-se que o orador do video, Daniel Hannan, fala no “mercado em livre” em termos relativos, mais livre actualmente do que era antes, e não em termos absolutos, de um mercado actual totalmente e definitivamente livre.
De resto, ele começa a sua exposição referindo “o mercado livre” fazendo referência a economias nacionais mais abertas à globalização do que acontecia antes, dando inclusivamente o exemplo da China.
Ninguém mais, a não ser os criticos radicais da globalização, à esquerda como à direita, pretende que o que existe hoje nas economias nacionais e no plano das relacções comerciais internacionais seja um mercado completamente e perfeitamente livre.
Os defensores de mercados mais livres e da globalização consideram, lógicamente, que não são actualmente suficientemente livres.
Muitos dos adversários da liberdade de comércio internacional e da globalização que lhe está associada, para melhor as poderem criticar e combater, procuram apresentar a realidade actual em termos caricaturais como sendo a de um mercado completamente livre e de uma globalização onde não existem nem regras nem “protecções” e, contraditóriamente, onde existe um poder centralizado (“os globalistas”) que domina o mundo de uma mão de ferro.
Obviamente que o que existe hoje não é um mercado completamente livre e, por isso mesmo, é que é importante evitar um recuo de tipo proteccionista e procurar antes avançar no sentido de uma ainda maior liberdade.
Sendo naturalmente certo que a liberalização dos mercados é sempre um processo complexo e cheio de ratoeiras, incluindo a do “proteccionismo do nosso mercado interno e liberdade de acesso aos mercados dos outros”, sendo por isso compreensivel que cada pais procure salvaguardar e garantir o seu interêsse nacional nas relacções comerciais com o exterior e, em particular, nas negociações de tratados e zonas de comércio globalmente mais livre.
CASTANHEIRO ANTIGO : “Com o pretexto de um mercado livre (que não é) vão concentrando o poder e restringindo a liberdade dos individuos com um ritmo assustador , prevendo-se a esclavização a prazo do ser humano, ás mãos dos globalistas .”
Então, o facto de, com o avanço da globalização e do forte aumento do comércio internacional, milhares de milhões de pessoas terem saido da pobreza extrema pelo mundo fora (o video fala de 84% em 1820 e 9,6% em 2015) significa que a liberdade dos individuos foi “restringida” e que a tendência é para a “eclavização a prazo do ser humano” (deve ser quando for 0%) ?!!….
Há quem confunda comércio livre com anarquia… é óbvio que comércio 100% livre não há! Entende-se por livre a inexistência de tarifas aduaneiras, quotas e licenças de importação e exportação, apenas e só. O que já não é pouco quando existe, mas infelizmente poucos o fazem.
Não deixem enganar por estes desvios do Insurgente, são só táticas para desviar as atenções de coisas muito mais importantes.
Fernando S,
Se me disser que Trump é proteccionista por querer acabar com o TTIP, terá de me explicar como se eu fosse muito burrinho porque é que o TTIP tem de ter 1600 páginas em 23 capítulos, ser negociado em segredo e ser aprovado sem consulta pública.
Não lhe parece suspeito como a mim me parece?
Querem um acordo de comércio livre? Ei-lo a seguir:
1) Nenhum produto ou serviço ou transferência de dinheiro entre o Reino da Caturralândia e o Principado da Jericôncia será sujeiro a pautas aduaneiras.
2) Qualquer venda de bens ou serviços proveniente de um dos países e realizada no outro será tratada segundo a legislação local do país onde são vendidos, nos mesmos moldes que para um bem ou serviço nacional análogo.
3) Qualquer cidadão de um destes países poderá viver e trabalhar no outro, sem a necessidade de vistos de trabalho, sendo em tudo tratado como seria um cidadão nacional.
4) Qualquer diferendo entre cidadãos dos dois países pertinentes a transmissão de bens, serviços ou transferências monetárias estará sob a jurisdição do tribunal do local onde a encomenda dos ditos produtos ou transferências foi realizada.
É preciso mais?
A globalização em curso tem na ementa o seguinte :
1º Moeda electronica em exclusivo , com as seguintes gravíssimas consequencias :
a) Perda total da privacidade das pessoas com a respectiva perda de liberdade( os donos do mundo terão assim os passos de cada pessoa durante 24 horas).
b) Os banqueiros e os governantes terão á disposição e serão os verdadeiros donos das poupanças e riqueza das pessoas , podendo confisca-la a cada momento com qualquer desculpa.
2º A implosão da cultura dos povos ocidentais com a engenharia social que já provou em França que não funciona . Mesmo assim , os globalistas europeus continuam a querer a islamização da europa (tambem em portugal) em sintonia com os EI.
3º A abertura escancarada das fronteiras é acompanhada de aberrações como a desigualdade das pessoas perante a lei ( Se fores espanhol podes comprar bens muito mais baratos do que se fores português ex: combustíveis , automoveis Etc)
É por isto que digo que os “Planeadores centrais” através da chamada globalização tenderão a controlar totalmente o rebanho ( os povos) , homogenizando as culturas e esclavizando as pessoas individualmente consideradas . Tudo isto com a melhor das intenções e com o apoio dos ingenuos .
Francisco Miguel Colaco,
Eu não disse que Donald Trump É proteccionista !…
Vamos dar algum tempo ao tempo e vêr o que é que ele vai fazer e ser efectivamente.
É verdade que ele disse e diz coisas que podem fazer recear um posicionamento mais proteccionista dos EUA no comércio com o exterior (por exemplo, saida ou renegociação de tratados comerciais multilaterais e bilaterais, aumento das taxas sobre produtos importados, etc) e na circulação internacional de capitais (por exemplo, taxação adicional das empresas americanas que invistam e produzam no exterior, restrições “patrióticas” ao investimento estrangeiro nos EUA em sectores de actividade estratégicos, etc).
De resto, algumas das análises e das propostas de Trump sobre o comércio internacional e o “patriotismo” economico aproximam-se daquelas que, desde há muito tempo, são feitas pelas esquerdas e pelas direitas mais iliberais.
O que alguns comentadores, como o Francisco, consideram “mau” quando é defendido pelas esquerdas (a critica da globalização e da liberdade de comércio internacional) não deve agora ser visto como “bom” apenas porque é dito por um adversário politico das esquerdas, Trump !…
Mas que fique claro que se Trump substituir os tratados que denunciou ou quer renegociar por algo que não diminua o fluxo do coméricio internacional e se as medidas fiscais e administrativas que ele adoptar não prejudicarem a internacionalização das empresas americanas e o investimento estrangeiro nos EUA, tudo bem para mim !
Eu também gostaria que o mundo tivesse um comércio e uma circulação de pessoas e capitais tão livres como seria o que o Francisco propõe no seu comentário.
Mas entre um ideal ou mesmo um objectivo a prazo e aquilo que é possivel ou desejável no presente há uma grande diferença.
Como se costuma dizer, o óptimo pode ser inimigo do bom.
Eu sou a favor de mais liberdade económica, no interior de cada pais e nas relacções entre os paises.
Já não é mau se o actual nivel de liberdade económica não for reduzido por medidas em sentido contrario.
Seria excelente se se pudesse mesmo alargar e reforçar ainda mais esse nivel de liberdade.
Se a presidência de Trump permitir ir ainda mais longe neste plano, mesmo corrigindo de passagem alguns desequilibrios actuais nas relações dos EUA com o resto do mundo, tudo bem para mim !
Acontece que Trump fez e ainda faz um discurso que pode ser interpretado como querendo precisamente apenas reduzir essa liberdade, pelo menos no que se refere às relacções económicas com o exterior.
Isto é, Trump tem um discurso e propõe algumas medidas que vão precisamente em sentido contrario daquilo que é proposto aqui em cima pelo … Francisco !…
O exemplo mais flagrante, mas não é o único, é o que se refere à liberdade de circulação de pessoas e trabalho : Trump propõe exactamente o contrario !… Por sinal, eu, um liberal convicto, defensor da liberdade de circulação em geral, até reconheço que, por razões de segurança e identidade, são hoje necessárias restrições à imigração e um contrôlo eficaz das fronteiras (incluindo “muros”, vistos, etc).
Castanheira Antigo,
«3º A abertura escancarada das fronteiras é acompanhada de aberrações como a desigualdade das pessoas perante a lei ( Se fores espanhol podes comprar bens muito mais baratos do que se fores português ex: combustíveis , automoveis Etc)»
Um pequeno reparo:
A abertura das fronteiras diminui esta desigualdade. O encerramento das fronteiras é que a exacerba. Abrindo as fronteiras (como aconteceu com o Euro), um português pode mandar o Costa & Centeno, Navegação Titânica Bastante Limitada, às malvas e ir a Espanha meter combustível mais barato. Agradece o Rajoy. Um espanhol pode ir também às rebajas em Portugal, em Janeiro, quando em Espanha as coisas ainda estão caras.
Fernando S,
Ainda não consegui ouvir ninguém justificar-me as 1600 páginas e a negociação em segredo do TTIP.
Para mim, esse tratado é um meio de trazer legislação subreptícia ao ordenamento jurídico dos países, tornada efectiva por tratados internacionais os quais, no nosso ordenamento jurídico, só não se sobrepõem à Constituição.
Ainda bem que Trump os rejeitou. Se esteve atento aos média a sério, e não aos CNN e SIC e outros lambe-botas do Sauron, sabe que ele disse que iria «substitui-los por outros mais simples».
Mais, ele ordenou que duas legislações económicas fossem canceladas por cada uma nova que fosse aprovada. I may be quite thick cometimes, but I think it is obvious he means to defend free trade and free iniciative. É claro que não vai encontrar nada disso nos Sem Informação Coerente (SIC), Tanta Vacuidade Incomoda (TVI) e Rataria Tem Pouso (RTP) de cá do burgo.
Pior que tudo, o Trump é um político que, sendo eleito, não renegou a sua palavra e implantou logo nos primeiros dias o núcleo das suas promessas. Isso é por demais perigoso para os nossos pulhíticos e pasquineiros apensos cá do sítio, habituados, tal como a Hilária, a dizer uma coisa num lado e outra à porta fechada (admissão dela mesmo, numa reunião coma Goldman Sachs, e há vídeo).
FRANCISCO MIGUEL COLACO : “Trump [não] é proteccionista por querer acabar com o TTIP … [que] tem de ter 1600 páginas em 23 capítulos, ser negociado em segredo e ser aprovado sem consulta pública.”
O TTIP não existe, é um projecto de tratado para a criação de uma zona de comércio livre entre a UE e os EUA, que tem estado a ser negociado há anos mas que tem as conversações suspensas e, obviamente, não poderia ser ainda objecto de qualquer apreciação e aprovação.
Portanto, Trump não pode acabar com o que não existe.
Quando muito, pode opor-se à existência de um tratado trans-atlântico ou desejar que as negociações se façam em termos diferentes daqueles que vinham sendo seguidos até há algum tempo.
A minha ideia é que Trump não é em principio contrario à existência de um tratado deste género mas, como acontece relativamente a outros tratados, considera antes que este deve ser negociado em condições que garantam que os interêsses dos EUA sejam salvaguardados.
Este é, de resto, igualmente o posicionamento dos negociadores do lado da UE.
É por existirem ainda divergências importantes entre as duas partes que as negociações foram temporáriamente suspensas.
Recordemos que os principais criticos e opositores politicos da própria existência de um tratado trans-atlântico são os habituais adversário do mercado e da liberdade económica, situados nos extremos do espectro politico, à esquerda como à direita.
É, por exemplo, o caso do peródico “Le Monde Diplomatique”, conhecido pelas suas posições fortemente anti-liberais e anti-capitalistas.
Francisco Miguel Colaco,
Eu não faço parte da campanha de diabolização de Donald Trump levada a cabo sobretudo pelo “politicamente correcto” de esquerda (e secundada por alguns habituais “idiotas úteis” à direita, em particular aqui na Europa).
Mais, tenho defendido Trump contra as mentiras e os excessos dessa campanha (até mesmo nalguns comentários aqui no Insurgente).
Se, por mera hipótese, fosse um eleitor americano teria votado pelo candidato republicano, isto é, por Donald Trump.
Mas isto não significa que concorde com tudo o que ele disse, diz, propõe e começa a fazer.
Sempre considerei que Trump não era o melhor candidato para o campo republicano, em termos de possibilidades de vitória nas eleições (outros candidatos, menos “atipicos”, teriam muito provávelmente ganho com maior vantagem e teriam inclusivamente ganho o dito voto popular) e, sobretudo, em termos de programa para a presidência.
Ou seja, sempre na hipótese de ser um eleitor americano, nas primárias republicanas não teria votado por Trump.
Por tudo isto, não deixarei de aprovar aquilo que Trump fizer e for no sentido do que considero ser bom para os EUA e para o mundo mas também não deixarei de criticar aquilo que me parecer errado.
Devo dizer que, neste momento, o que mais me interpela e me preocupa no que Trump vai fazer tem precisamente a ver com a sua politica económica e, em particular, com o comércio internacional.
Fernando S.,
Mesmo discordando eu de si, vai levando +1, porque sabe argumentas. 😉
Não vejo Trump como inimigo da livre iniciativa. Nem do livre comércio. A verdade é que os sinais até agora são animadores: desbloqueou projectos que estavam suspensos e fez suspender muita coisa que atravancava a economia com legislação excessiva.
Quanto à inconveniência das tarifas alfandegárias, vejamos. Já se mexeram as águas, deixemo-las assentar.
Francisco,
Tirando o +1 que me dá, eu até não discordo genéricamente com o que diz no resto do seu comentário.
Portanto, também lhe dou um +1 !… 😉
Não tem por acaso uma explicação teórica mais simples? Achei muito complexo, acho que vou ler “O Capital” de Karl Marx.
Até sou ou liberal, mas já ouviu falar de dumping? É que aqui os anarco-capitalistas não percebem que não é justo, uma empresa dinamarquesa, pagar uma fortuna pela eletricidade porque por lá a energia provém praticamente toda do vento, quando uma empresa na China, que paga ao grão de arroz aos funcionários, usa apenas eletricidade produzida do carvão.
A carneirada proto-cripto–anarco-liberal nunca o compreenderá.
Eu sou protecionista em relação à UE, porque pelas leis mais basilares da aritmética, tendo a UE 500 milhões de habitantes que se regem por padrões de qualidade de vida e ambiental, únicos no mundo, as suas empresas não conseguem competir com 2/3 da população mundial, que ganha pouco mais de um dólar por dia. O que os globalizadores liberais não percebem, é que, não é justo competir em condições completamente diferentes. É como competir um Ferrari com um Fiat, e pedir ao piloto do Fiat para ser mais produtivo e mais inovador. PS: Venham lá os desgostos, que eu gosto de desgostar a malta aqui da casa.
Quando há Universidades Publicas que impedem e são impedidas por violencia de receber certos comentadores o menor dos problemas dos EUA é o comércio livre.
Tal como em Portugal uma Democracia condicionada onde o PSD/CDS só podem Governar se realizarem políticas de Esquerda sobre pena de violencia desta.
Mas onde é que há comércio livre? O que se conhece até agora é comércio mundial regulado por acordos bilaterais e multilaterais e OMC.
Basta ver as afirmações do 1º-Ministro francês sobre o Brexit em que já ameaça que os benefícios do Reino Unido vão acabar com a saída EU. Se o comércio é livre é indiferente o RU estar na UE ou não, certo?
Poupem-me à conversa do comércio livre versus protecionismo porque o que existe não é comércio livre e nem se vê que alguém queira verdadeiramente o comércio livre.
Quanto a este vídeo, o Daniel Hannan está certíssimo.
Tem a certeza que viu e entendeu o vídeo?
Eu entendi o video. Se calhar não entendeu o meu comentário mas eu clarifico: não existe livre comércio.
Existe proteccionismo em diferentes graus. Proteccionismo que se reveste de diferentes formas desde pautas aduaneiras até formas capciosas como normas de segurança para impedir a concorrência dos carros chineses na UE, por exemplo.
Concordo com o princípio do Daniel Hannan, não concordo que exista livre comércio. O que tem existido é regulamentações mais abertas do que no passado, mas regulamentações mais abertas não são livre comércio, são apenas um tipo de regulamentação.
SHIRI BIRI,
Efectivamente, o comércio completamente livre não existe.
De resto, mesmo de um ponto de vista liberal, o comércio livre e concorrencial não equivale à lei da selva, à total ausência de regras e regulamentações.
O que existe é comércio mais ou menos livre.
O que se pode discutir é se o comérico deve ser mais ou menos livre.
O que se pode discutir é se as regras e regulamentações existentes são as que melhor garantem que a liberdade seja para todos e não apenas para alguns e que a concorrência seja o mais perfeita possivel.
É nestes termos que a questão das relações entre o RU e a UE (“Brexit”) deve ser equacionada.
É nestes termos que a politica de Trump para o comércio externo deve ser avaliada.
Trump até pode ter alguma razão quando diz que há tratados que regulamentam o comércio que não são aceitáveis (“fair”) porque desfavorecem os EUA e que, por isso, devem ser renegociados.
Mas Trump perde a razão se toma precipitadamente medidas que são simplesmente proteccionistas, isto é, que reduzem o grau de liberdade do comércio mundial, que, mais do que corrigir a globalização, a fazem recuar.
Mesmo que algumas medidas proteccionistas unilaterais possam trazer algumas vantagens imediatas para os EUA, acambam a prazo por ser piores para todos, para a economia americana e para a economia mundial.
Fernando, não é a prazo é imediato. Proteccionismo faz logo estragos e exemplos não faltam. Veja o Brasil e Angola que são exemplos próximos, por muito que apontem o petróleo ou a política como os seus maiores problemas, a verdade é que as suas economias começaram a gripar com medidas proteccionistas e até que façam reformas, nem com petróleo a 150 Usd se levantam. Proteccionismo nunca trouxe nada de bom.
Concordo em absoluto com os comentarios de Shiri Biri .
O autor do post , pensa que existe mercado livre e daí apresentar um video defensor do mercado livre , o que na pratica consubstancia um contradição insanável
E digo mais , a tendência mundial de globalização vai num muito mau sentido !
Com o pretexto de um mercado livre (que não é) vão concentrando o poder e restringindo a liberdade dos individuos com um ritmo assustador , prevendo-se a esclavização a prazo do ser humano, ás mãos dos globalistas .Por isso , quanto mais o poder estiver distribuido mais poder terão as pessoas individualmente consideradas . .
André,
Depende do que se entende por prazo e de cada caso concreto…
Num prazo mais curto, certas medidas, como direitos adianeiros na importação mais elevados, até podem aumentar a produção nacional de substituição de importações no mercado interno e criar empregos (e o contrario no sector exportador dos parceiros comerciais).
Mas, num prazo maior, um mercado interno “protegido”, sem a concorrência externa, tende a favorecer a ineficiência e preços mais elevados (incluindo os dos produtos … na exportação).
Já para não falar das eventuais e mais do que prováveis medidas de retaliação dos outros paises e que vão forçosamente prejudicar a actividade exportadora.
No final, mais cedo ou mais tarde, e nunca é tão tarde como isso, o saldo médio para cada pais, incluindo o que teve a iniciativa, é negativo, em termos de produção, emprego e preços de meios de produção e de consumo final.
No caso dos EUA, a grande questão é saber até onde irá Donal Trump na aplicação do seu programa económico na parte mais proteccionista e “patriótica”.
Eu espero e quero acreditar que, perante a prova do confronto com a realidade e face a obstáculos politicos e de interêsses, não vá tão longe como isso.
Mais, espero embora não aposte nisso, que o pendor mais liberalizador que Trump parece querer introduzir na regulamentação interna da economia se faça também sentir no comércio externo, porventura com tratados multilateraie e bilaterais renegociados em termos mais favoráveis para os EUA do que acontece actualmente (por exemplo, mais exigentes no que se refere à efectiva abertura dos mercados dos outros paises, incluindo a China, o Japão, o México, a UE, etc).
O mais importante é que a primeira economia do mundo não se feche e a globalização não gripe !
“prevendo-se a esclavização a prazo do ser humano, ás mãos dos globalistas .Por isso , quanto mais o poder estiver distribuido mais poder terão as pessoas individualmente consideradas”
LOL
CASTANHEIRA ANTIGO : “O autor do post , pensa que existe mercado livre e daí apresentar um video defensor do mercado livre , o que na pratica consubstancia um contradição insanável”
Percebe-se que o orador do video, Daniel Hannan, fala no “mercado em livre” em termos relativos, mais livre actualmente do que era antes, e não em termos absolutos, de um mercado actual totalmente e definitivamente livre.
De resto, ele começa a sua exposição referindo “o mercado livre” fazendo referência a economias nacionais mais abertas à globalização do que acontecia antes, dando inclusivamente o exemplo da China.
Ninguém mais, a não ser os criticos radicais da globalização, à esquerda como à direita, pretende que o que existe hoje nas economias nacionais e no plano das relacções comerciais internacionais seja um mercado completamente e perfeitamente livre.
Os defensores de mercados mais livres e da globalização consideram, lógicamente, que não são actualmente suficientemente livres.
Muitos dos adversários da liberdade de comércio internacional e da globalização que lhe está associada, para melhor as poderem criticar e combater, procuram apresentar a realidade actual em termos caricaturais como sendo a de um mercado completamente livre e de uma globalização onde não existem nem regras nem “protecções” e, contraditóriamente, onde existe um poder centralizado (“os globalistas”) que domina o mundo de uma mão de ferro.
Obviamente que o que existe hoje não é um mercado completamente livre e, por isso mesmo, é que é importante evitar um recuo de tipo proteccionista e procurar antes avançar no sentido de uma ainda maior liberdade.
Sendo naturalmente certo que a liberalização dos mercados é sempre um processo complexo e cheio de ratoeiras, incluindo a do “proteccionismo do nosso mercado interno e liberdade de acesso aos mercados dos outros”, sendo por isso compreensivel que cada pais procure salvaguardar e garantir o seu interêsse nacional nas relacções comerciais com o exterior e, em particular, nas negociações de tratados e zonas de comércio globalmente mais livre.
CASTANHEIRO ANTIGO : “Com o pretexto de um mercado livre (que não é) vão concentrando o poder e restringindo a liberdade dos individuos com um ritmo assustador , prevendo-se a esclavização a prazo do ser humano, ás mãos dos globalistas .”
Então, o facto de, com o avanço da globalização e do forte aumento do comércio internacional, milhares de milhões de pessoas terem saido da pobreza extrema pelo mundo fora (o video fala de 84% em 1820 e 9,6% em 2015) significa que a liberdade dos individuos foi “restringida” e que a tendência é para a “eclavização a prazo do ser humano” (deve ser quando for 0%) ?!!….
Há quem confunda comércio livre com anarquia… é óbvio que comércio 100% livre não há! Entende-se por livre a inexistência de tarifas aduaneiras, quotas e licenças de importação e exportação, apenas e só. O que já não é pouco quando existe, mas infelizmente poucos o fazem.
Não deixem enganar por estes desvios do Insurgente, são só táticas para desviar as atenções de coisas muito mais importantes.
Fernando S,
Se me disser que Trump é proteccionista por querer acabar com o TTIP, terá de me explicar como se eu fosse muito burrinho porque é que o TTIP tem de ter 1600 páginas em 23 capítulos, ser negociado em segredo e ser aprovado sem consulta pública.
Não lhe parece suspeito como a mim me parece?
Querem um acordo de comércio livre? Ei-lo a seguir:
1) Nenhum produto ou serviço ou transferência de dinheiro entre o Reino da Caturralândia e o Principado da Jericôncia será sujeiro a pautas aduaneiras.
2) Qualquer venda de bens ou serviços proveniente de um dos países e realizada no outro será tratada segundo a legislação local do país onde são vendidos, nos mesmos moldes que para um bem ou serviço nacional análogo.
3) Qualquer cidadão de um destes países poderá viver e trabalhar no outro, sem a necessidade de vistos de trabalho, sendo em tudo tratado como seria um cidadão nacional.
4) Qualquer diferendo entre cidadãos dos dois países pertinentes a transmissão de bens, serviços ou transferências monetárias estará sob a jurisdição do tribunal do local onde a encomenda dos ditos produtos ou transferências foi realizada.
É preciso mais?
A globalização em curso tem na ementa o seguinte :
1º Moeda electronica em exclusivo , com as seguintes gravíssimas consequencias :
a) Perda total da privacidade das pessoas com a respectiva perda de liberdade( os donos do mundo terão assim os passos de cada pessoa durante 24 horas).
b) Os banqueiros e os governantes terão á disposição e serão os verdadeiros donos das poupanças e riqueza das pessoas , podendo confisca-la a cada momento com qualquer desculpa.
2º A implosão da cultura dos povos ocidentais com a engenharia social que já provou em França que não funciona . Mesmo assim , os globalistas europeus continuam a querer a islamização da europa (tambem em portugal) em sintonia com os EI.
3º A abertura escancarada das fronteiras é acompanhada de aberrações como a desigualdade das pessoas perante a lei ( Se fores espanhol podes comprar bens muito mais baratos do que se fores português ex: combustíveis , automoveis Etc)
É por isto que digo que os “Planeadores centrais” através da chamada globalização tenderão a controlar totalmente o rebanho ( os povos) , homogenizando as culturas e esclavizando as pessoas individualmente consideradas . Tudo isto com a melhor das intenções e com o apoio dos ingenuos .
Francisco Miguel Colaco,
Eu não disse que Donald Trump É proteccionista !…
Vamos dar algum tempo ao tempo e vêr o que é que ele vai fazer e ser efectivamente.
É verdade que ele disse e diz coisas que podem fazer recear um posicionamento mais proteccionista dos EUA no comércio com o exterior (por exemplo, saida ou renegociação de tratados comerciais multilaterais e bilaterais, aumento das taxas sobre produtos importados, etc) e na circulação internacional de capitais (por exemplo, taxação adicional das empresas americanas que invistam e produzam no exterior, restrições “patrióticas” ao investimento estrangeiro nos EUA em sectores de actividade estratégicos, etc).
De resto, algumas das análises e das propostas de Trump sobre o comércio internacional e o “patriotismo” economico aproximam-se daquelas que, desde há muito tempo, são feitas pelas esquerdas e pelas direitas mais iliberais.
O que alguns comentadores, como o Francisco, consideram “mau” quando é defendido pelas esquerdas (a critica da globalização e da liberdade de comércio internacional) não deve agora ser visto como “bom” apenas porque é dito por um adversário politico das esquerdas, Trump !…
Mas que fique claro que se Trump substituir os tratados que denunciou ou quer renegociar por algo que não diminua o fluxo do coméricio internacional e se as medidas fiscais e administrativas que ele adoptar não prejudicarem a internacionalização das empresas americanas e o investimento estrangeiro nos EUA, tudo bem para mim !
Eu também gostaria que o mundo tivesse um comércio e uma circulação de pessoas e capitais tão livres como seria o que o Francisco propõe no seu comentário.
Mas entre um ideal ou mesmo um objectivo a prazo e aquilo que é possivel ou desejável no presente há uma grande diferença.
Como se costuma dizer, o óptimo pode ser inimigo do bom.
Eu sou a favor de mais liberdade económica, no interior de cada pais e nas relacções entre os paises.
Já não é mau se o actual nivel de liberdade económica não for reduzido por medidas em sentido contrario.
Seria excelente se se pudesse mesmo alargar e reforçar ainda mais esse nivel de liberdade.
Se a presidência de Trump permitir ir ainda mais longe neste plano, mesmo corrigindo de passagem alguns desequilibrios actuais nas relações dos EUA com o resto do mundo, tudo bem para mim !
Acontece que Trump fez e ainda faz um discurso que pode ser interpretado como querendo precisamente apenas reduzir essa liberdade, pelo menos no que se refere às relacções económicas com o exterior.
Isto é, Trump tem um discurso e propõe algumas medidas que vão precisamente em sentido contrario daquilo que é proposto aqui em cima pelo … Francisco !…
O exemplo mais flagrante, mas não é o único, é o que se refere à liberdade de circulação de pessoas e trabalho : Trump propõe exactamente o contrario !… Por sinal, eu, um liberal convicto, defensor da liberdade de circulação em geral, até reconheço que, por razões de segurança e identidade, são hoje necessárias restrições à imigração e um contrôlo eficaz das fronteiras (incluindo “muros”, vistos, etc).
Castanheira Antigo,
«3º A abertura escancarada das fronteiras é acompanhada de aberrações como a desigualdade das pessoas perante a lei ( Se fores espanhol podes comprar bens muito mais baratos do que se fores português ex: combustíveis , automoveis Etc)»
Um pequeno reparo:
A abertura das fronteiras diminui esta desigualdade. O encerramento das fronteiras é que a exacerba. Abrindo as fronteiras (como aconteceu com o Euro), um português pode mandar o Costa & Centeno, Navegação Titânica Bastante Limitada, às malvas e ir a Espanha meter combustível mais barato. Agradece o Rajoy. Um espanhol pode ir também às rebajas em Portugal, em Janeiro, quando em Espanha as coisas ainda estão caras.
Fernando S,
Ainda não consegui ouvir ninguém justificar-me as 1600 páginas e a negociação em segredo do TTIP.
Para mim, esse tratado é um meio de trazer legislação subreptícia ao ordenamento jurídico dos países, tornada efectiva por tratados internacionais os quais, no nosso ordenamento jurídico, só não se sobrepõem à Constituição.
Ainda bem que Trump os rejeitou. Se esteve atento aos média a sério, e não aos CNN e SIC e outros lambe-botas do Sauron, sabe que ele disse que iria «substitui-los por outros mais simples».
Mais, ele ordenou que duas legislações económicas fossem canceladas por cada uma nova que fosse aprovada. I may be quite thick cometimes, but I think it is obvious he means to defend free trade and free iniciative. É claro que não vai encontrar nada disso nos Sem Informação Coerente (SIC), Tanta Vacuidade Incomoda (TVI) e Rataria Tem Pouso (RTP) de cá do burgo.
Pior que tudo, o Trump é um político que, sendo eleito, não renegou a sua palavra e implantou logo nos primeiros dias o núcleo das suas promessas. Isso é por demais perigoso para os nossos pulhíticos e pasquineiros apensos cá do sítio, habituados, tal como a Hilária, a dizer uma coisa num lado e outra à porta fechada (admissão dela mesmo, numa reunião coma Goldman Sachs, e há vídeo).
FRANCISCO MIGUEL COLACO : “Trump [não] é proteccionista por querer acabar com o TTIP … [que] tem de ter 1600 páginas em 23 capítulos, ser negociado em segredo e ser aprovado sem consulta pública.”
O TTIP não existe, é um projecto de tratado para a criação de uma zona de comércio livre entre a UE e os EUA, que tem estado a ser negociado há anos mas que tem as conversações suspensas e, obviamente, não poderia ser ainda objecto de qualquer apreciação e aprovação.
Portanto, Trump não pode acabar com o que não existe.
Quando muito, pode opor-se à existência de um tratado trans-atlântico ou desejar que as negociações se façam em termos diferentes daqueles que vinham sendo seguidos até há algum tempo.
A minha ideia é que Trump não é em principio contrario à existência de um tratado deste género mas, como acontece relativamente a outros tratados, considera antes que este deve ser negociado em condições que garantam que os interêsses dos EUA sejam salvaguardados.
Este é, de resto, igualmente o posicionamento dos negociadores do lado da UE.
É por existirem ainda divergências importantes entre as duas partes que as negociações foram temporáriamente suspensas.
Recordemos que os principais criticos e opositores politicos da própria existência de um tratado trans-atlântico são os habituais adversário do mercado e da liberdade económica, situados nos extremos do espectro politico, à esquerda como à direita.
É, por exemplo, o caso do peródico “Le Monde Diplomatique”, conhecido pelas suas posições fortemente anti-liberais e anti-capitalistas.
Francisco Miguel Colaco,
Eu não faço parte da campanha de diabolização de Donald Trump levada a cabo sobretudo pelo “politicamente correcto” de esquerda (e secundada por alguns habituais “idiotas úteis” à direita, em particular aqui na Europa).
Mais, tenho defendido Trump contra as mentiras e os excessos dessa campanha (até mesmo nalguns comentários aqui no Insurgente).
Se, por mera hipótese, fosse um eleitor americano teria votado pelo candidato republicano, isto é, por Donald Trump.
Mas isto não significa que concorde com tudo o que ele disse, diz, propõe e começa a fazer.
Sempre considerei que Trump não era o melhor candidato para o campo republicano, em termos de possibilidades de vitória nas eleições (outros candidatos, menos “atipicos”, teriam muito provávelmente ganho com maior vantagem e teriam inclusivamente ganho o dito voto popular) e, sobretudo, em termos de programa para a presidência.
Ou seja, sempre na hipótese de ser um eleitor americano, nas primárias republicanas não teria votado por Trump.
Por tudo isto, não deixarei de aprovar aquilo que Trump fizer e for no sentido do que considero ser bom para os EUA e para o mundo mas também não deixarei de criticar aquilo que me parecer errado.
Devo dizer que, neste momento, o que mais me interpela e me preocupa no que Trump vai fazer tem precisamente a ver com a sua politica económica e, em particular, com o comércio internacional.
Fernando S.,
Mesmo discordando eu de si, vai levando +1, porque sabe argumentas. 😉
Não vejo Trump como inimigo da livre iniciativa. Nem do livre comércio. A verdade é que os sinais até agora são animadores: desbloqueou projectos que estavam suspensos e fez suspender muita coisa que atravancava a economia com legislação excessiva.
Quanto à inconveniência das tarifas alfandegárias, vejamos. Já se mexeram as águas, deixemo-las assentar.
Francisco,
Tirando o +1 que me dá, eu até não discordo genéricamente com o que diz no resto do seu comentário.
Portanto, também lhe dou um +1 !… 😉
Não tem por acaso uma explicação teórica mais simples? Achei muito complexo, acho que vou ler “O Capital” de Karl Marx.
Até sou ou liberal, mas já ouviu falar de dumping? É que aqui os anarco-capitalistas não percebem que não é justo, uma empresa dinamarquesa, pagar uma fortuna pela eletricidade porque por lá a energia provém praticamente toda do vento, quando uma empresa na China, que paga ao grão de arroz aos funcionários, usa apenas eletricidade produzida do carvão.
A carneirada proto-cripto–anarco-liberal nunca o compreenderá.
Eu sou protecionista em relação à UE, porque pelas leis mais basilares da aritmética, tendo a UE 500 milhões de habitantes que se regem por padrões de qualidade de vida e ambiental, únicos no mundo, as suas empresas não conseguem competir com 2/3 da população mundial, que ganha pouco mais de um dólar por dia. O que os globalizadores liberais não percebem, é que, não é justo competir em condições completamente diferentes. É como competir um Ferrari com um Fiat, e pedir ao piloto do Fiat para ser mais produtivo e mais inovador. PS: Venham lá os desgostos, que eu gosto de desgostar a malta aqui da casa.
Quando há Universidades Publicas que impedem e são impedidas por violencia de receber certos comentadores o menor dos problemas dos EUA é o comércio livre.
Tal como em Portugal uma Democracia condicionada onde o PSD/CDS só podem Governar se realizarem políticas de Esquerda sobre pena de violencia desta.