Daniel Hannan é dos políticos e polemistas europeus mais extraordinários – provavelmente ganhou “sozinho” o referendo ao Brexit. Este texto renova essa evidência. Aliás, vou assumir aqui e desenvolver amanhã no Expresso online: muita oposição a Trump é feita não só com motivações erradas, como Hannan descreve, mas de forma contraproducente de tal forma que alimenta Trump e a sua base de apoio.
Tem de se sempre fazer o disclaimer: dou muito pouco por Trump (não sei como é que um liberal, como sou, o poderia apoiar) mas há formas de se lhe opor que são autofágicas – por exemplo quando passam pelo exibir de enormes double standards. Depois não se queixem.
Pingback: Trump y sus muchachos – O Insurgente | O LADO ESCURO DA LUA
As sociedades estão muito divididas. Metade não entende a outra metade, e isso ficou claro no Brexit e agora com Trump.
Triste, triste, é que a metade que se autodenomina esclarecida e culta não entenda a outra metade. Talvez não sejam assim tão esclarecidos e cultos como julgam.
recordo Voltaire e bão sou crente bomo Chatraubriand
Voltaire faisoit renaître la persécution de Julien.
Il eut l’art funeste chez un peuple capricieux
et aimable, de rendre l’incrédulité à la mode.
Il enrôla tous les amours-propres dans cette
ligue insensée; la religion fut attaquée avec
toutes les armes, depuis le pamphlet jusqu’à
l’in-folio, depuis l’épigramme jusqu’au sophisme.
Un livre religieux paroissoit-il, l’auteur
étoit à l’instant couvert de ridicule, tandis qu’on
portoit aux nues des ouvrages dont Voltaire
étoit le premier à se moquer avec ses amis :
il étoit si supérieur à ses disciples, qu’il ne pouvoit
s’empêcher de rire quelquefois de leur enthousiasme
irréligieux. Cependant le système
destructeur alloit s’étendant sur la France. Il
s’établissoit dans ces académies de province, qui
ont été autant de foyers de mauvais goût et de
factions. Des femmes de la société, de graves
philosophes avoient leur chaire d’incrédulité.
Enfin, il fut reconnu que le christianisme n’é-
toit qu’un système barbare dont la chute ne
pouvoit arriver trop tôt pour la liberté des
hommes, le progrès des lumières, les douceurs
de la vie, et l’élégance des arts.
ENQUANTO OS SOLDADOS TARDIOS VOSSOS ESTIVEREM DESTRUINDO A LONGITUDE ALHEIA A LONGITUDE ALHEIA TEM QUE TORCER PRO HOMELAND DE VCS SE FERRAR SEUS LIXOS INCOERENTES SUB ROSENBERGS
A pistola é bonita.
Não sou invejoso.
double standards :p
Relembro que ainda não há muito tempo, Daniel Hannan era rotulado como extrema direita xenofoba e racista pelo establishment trabalhista, conservador e liberal.
Também não sei como um liberal pode estar no PSD ou CDS mas prontos..
Daniel Hannan está correcto nas 3 primeiras criticas mas a quarta é a idiotia habitual , serve para criticar a resistência a qualquer mal.
O Exército Alemão em 1942 é maior que em 1939 deveríamos ter assinado a Paz…
E o facto que o inimigo quer que tenhamos uma determinada política não quer dizer que essa política é errada.
E não não torna a política dos liberais muçulmanos mais dificil. Agora um liberal muçulmano pode dizer vejam o que eles islamistas fizeram…
Este tipo de ideias absurdas vindas do Marxismo que coloca o ónus sempre na nosso lado sempre teve o seu lugar em boa parte dos liberais.
O que um liberal muçulmano quer é que haja força deste lado.
Tenho particular apreço pelo Daniel Hannan que é não só um tribuno na melhor tradição britânica como um escritor excepcional.
Agora afirmar que o homem ganhou quase sozinho o Brexit é exemplo perfeito de overstatement…
Ainda que intelectualmente a anos-luz, Boris Johnson terá sido, pela sua popularidade, o homem decisivo.
E Nigel Farage é um nome incontornável. Dedicou ao Brexit metade da sua vida, com empenho e persistência notáveis, sobretudo quando este parecia uma causa perdida, como bem lembrou Godfrey Bloom.
(http://www.telegraph.co.uk/news/2016/07/04/when-we-founded-ukip-brexit-was-a-lost-cause-nigel-farage-change/)
E menção honrosa para o Bloom, Quem cita Bastiat e Mises, entre outros, em pleno parlamento europeu não pode nunca ser esquecido!
Mas Farage é um Brexit mau. Por isso não deve ser referido.