“Pela pureza da raça” de Vítor Cunha (Blasfémias)
No Facebook, inadvertidamente, abri um link de um jornal do PS onde acabei por ler um artigo de senhora cuja fotografia de ar esbaforido – que não conclui ter origem em químicos ou em falta de discernimento. Reconheço-a: é aquela pessoa que tanto chinfrim armou por dizerem ser namorada do Sócrates e que só a pretensão de não restar vivalma no país sem o saber justificaria tamanha indignação. É, para além disto, a responsável do departamento de recursos humanos no âmbito de colunistas para o Diário de Notícias, o sucessor noticioso que é mais buraco que o próprio Acção Socialista (doutora Edite Estrela, não se ganham todas). Percebi, de imediato, que o artigo pretendia ser uma espécie de resposta a um artigo do André Azevedo Alves n’O Observador sobre o lobby gay e fui ler. Pelo que consegui perceber, é suposto não se fazer piadas com homossexuais, só com “pessoas normais” (palavras da autora). Diz-nos, numa escrita irónica que domina com uma argúcia de wonderbra, que “toda a gente sabe que o que tem graça é fazer pouco de quem está em situação de inferioridade ou de menos poder, dos indivíduos ou grupos com os quais a maioria não se identifica. Qual a graça de fazer pouco de homens hetero brancos de classe média, por exemplo?” E tem razão. Seria muito mais útil fazermos piadas com homens hetero brancos de classe média, com católicos brancos de classe baixa e – porque não? – com mulheres solteiras de meia-idade levadas de férias por homens de negócios e da política que acabam suspeitos de corrupção. Eu incentivo.
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Muito bem! Essa corja nefasta e parasita à volta do socratico personagem tem de ser metida na ordem.Já andamos fartos!!!!
Adorei: “com mulheres solteiras de meia-idade levadas de férias por homens de negócios e da política que acabam suspeitos de corrupção”.
Mas esta gaja anda armada em polícia do pensamento e da opinião?
Ela que volte para debaixo da pedra onde nasceu.