Para que serve um banco público? Entre outras coisas para seguir “orientações políticas” por parte dos nossos ilustres, iluminados, isentos e super-competentes governantes usando o dinheiro dos contribuintes – Caixa Geral de Depósitos arrisca perdas de 900 milhões no caso La Seda.
Há precisamente dez anos, a Caixa recebeu orientações políticas para entrar numa aventura industrial luso-espanhola que se revelou um erro. Investimentos e créditos dados dentro do comportamento de risco que na época eram habituais no sector. E hoje chegou a factura.
Os bancos privados também são assim: seguem as orientações políticas dos seus proprietários e depois, quando a coisa dá para o torto, são limpos com o dinheiro dos contribuintes.
Neste ponto não vejo qualquer diferença entre a CGD e o BES. Em ambos eles os seus proprietários fizeram as asneiras que quiseram e, no fim, vêem os contribuintes e limpam a merda.
Os robalos andam por aí.
“são limpos com o dinheiro dos contribuintes.”
Pois a esquerda sempre o exigiu. Foram Sócrates e Teixeira dos Santos que nacionalizaram o BPN, é Costa agora que quer compensar os lesados do BES e é o PS, o PCP e o BE que querem continuar a alimentar a CORRUPTA CAIXA.
A DIREITA ANUNCA GASTOU UM CÊNTIMO DOS CONTRIBUINTES COM OS BANCOS
A ESQUERDA É QUE GASTA MILHÕES E MILHÕES COM BANCOS.
E DEPOIS SÓ CONSEGUE AUMENTAR EM 10 EUROS PENSÕES MISERÁVEIS
ESQUERDA = PODRIDÃO MORAL
A diferença entre os bancos públicos e os privados é que nos bancos públicos quem manda é o governo e nos privados também.
Parece-me também que esta essencial diferença não é uma característica portuguesa.
E não é só as pressões governamentais. A CGD enviou aos seus clientes um catálogo de diamantes e outras joias a adquirir por crédito ao consumo, via cartão de crédito da CGD, com juros de 17%. A lembrar em tudo exatamente o tipo de crédito que tem arruinado a banca por via do mal parado. E faz isto no Dia da Poupança, o dia em que os pais levam os filhos ao banco para abrir uma conta poupança para os seus petizes.
Se por um lado não faz sentido algum ter um banco público em Portugal por todas as razões de natureza política e económica que sabemos, a gestão bancária em Portugal sofre exatamente do mesmo tipo de bancários que têm arruinado bancos por essa Europa fora. A diferença é que ao contrário de muitos desses países, a nossa economia não aguenta.
A verdade é que, pública ou privada, a CGD vai ser uma desgraça para este pais. É claro que extinguir o banco não é resposta, nem faz sentido. Mas uma vez privatizada, os efeitos de décadas de gestão pública danosa na CGD ainda vão se fazer sentir por muitos anos. E por muitos mais ainda, se ficar nas mãos desta geração de bancários.
Interessante que o titulo da noticia no Jornal nao diz “Governo de Jose Socrates” ou “Governo PS”, fala dum governo abstracto de ha 10 anos passados.
Esquerda e imprensa cativa, lavando mais branco desde Abril 1974.
Os bancos públicos há muito perderam a sua razão de ser nos países desenvolvidos.
Se por qualquer idiosincrisia os Portugueses querem bancos públicos, então façam-nos regressar ao seu papel original – bancos de poupança e agências do tesouro público.
Pelas razões que dou neste post: http://marques-mendes.blogspot.pt/2016/08/as-raposas-os-guardas-da-capoeira-e-os.html
a CGD só tem duas soluções: a) privatizada na totalidade, ou b) privatizar tudo o que seja gestão de ativos, banca de empresas e de investimento e limitar-se ao seu antigo papel de banco de poupança. Tudo o resto são mitos para enganar tolos!
Hoje, o melhor seria ir para a opção a) porque já não há praticamente nehum banco “nacional”, o que na opinião dos “nacionalistas” justificava o conluio na preservação da estatização da CGD entre o governo e os banqueiros “nacionalistas” (que na primeira oportunidade venderam a Espanhóis, Chineses e Angolanos). Conluio que denunciei neste post: http://marques-mendes.blogspot.com/2011/04/concurso-publico-de-ideias-sera-caixa.html.
Infelizmente, isto é demasiado wishful thinking …
Marques Mendes, concordo consigo: a CGD deveria quedar-se pelo seu papel de Banco de Poupanças e deixar-se desses negócios que favorecem o consumo desenfreado, como é o caso do crédito através de cartões com juros superiores a 15% ao ano, como denunciou o Mário F
TINA
E quem deitou a mão ao BANIF em Dezembro de 2015? Foi o PS.