“For having created new poetic expressions within the great American song tradition” – é esta a justificação do júri para atribuir o nobel da literatura a Bob Dylan. Premiar a excelência não só com base num visão tradicional ou estanque da literatura – e da arte – mas com base numa visão alargada, flexível, que reconhece a relação entre várias expressões artísticas, premiando a excelência de um (enorme, é verdade) contributo para a música, poesia e literatura. Premeia-se a excelência de uma forma transversal, portanto, em tudo, em todas as artes. Premeia-se a criatividade, talvez? Premeia-se a criação, o contributo. Não interessa, nestes tempos pós modernos tudo é arte. Mas, sejamos um bocadinho tolerantes: o premiado é Bob Dylan. Viva a Pós Modernidade!
Depois do caneco no Europeu e da Eleicao do António , esta eleicao do Dylan faz um bom prenuncio para o protagonismo de Portugal , já estou a imaginar o Prémio Nobel da Economia 2017 para o Centeno ou o Prémio Nobel da Física 2017 para a Ana Gomes ( embora ande já para aí um twiter infeliz a fazer lobby para a Charlize Théron ) .
Disclaimer , é sério , eu gosto mesmo do Dylan .
Os comunistas é que estão a esgotar os inventários de Rennie, que já andavam baixos depois de Vargas Llosa ter ganho também o da literatura.
Graça, a Academia Sueca chega 100 anos atrasada. Há exactamente 100 anos em Zurique, o Tristan Tzara, o Hugo Ball, o Jean Arp entre outros deram início ao movimento que defines no post. Espero que em 2017 seja eu um dos propostos para o Nobel da literatura considerados os meus tuítes ou posts no facebook. Porque não? 😀