Em termos de marketing, o título acima nem de perto se aproxima do nome escolhido para o novo jogo da Santa Casa de Misericórdia de Lisboa: “M1lhão“.
Apesar de não ser apelativo, “801 mil” seria o mais honesto. É, afinal, o real valor que cabe ao vencedor.
Depois da Santa Casa já ter ficado com cerca de 56,95% da “receita ilíquida de apostas” (€2.322.675,90) o Estado cobra, em imposto de selo, 20% dos prémios acima de €5.000. No final, esta semana entidades estatais arrecadaram 65,51% do total do dinheiro dos apostadores portugueses. Regra de todos jogos de sorte azar: “a Casa ganha sempre”
um monopolio do estado… tudo natural…
Publicidade enganosa, mas obviamente nenhuma Comissão Reguladora, Entidade, Autoridade vai protestar alguma coisa.
Já não me recordo quem disse que o jogo é um imposto sobre os mais pobres. Tem toda a razão.
A gigantesca campanha ocultou também que a aposta aumentou 25℅ para aumentar o valor do prémio em 6℅. Mais um aumento de impostos.
Um jogo em que a esperança matemática ou valor esperado seja 100% chama-se jogo equitativo. Como o TC tem uma interpretação muito peculiar da equidade, pode-se dizer que os nossos jogos estão bem “adaptados” ao país que se destinam
Em inglês os jogos equitativos chamam-se “fair games”., o nossp é bem “unfair”.. “Unfair” significa injusto, nada que preocupe o fisco, os jogadores preocupados que joguem nas apostas inglesas.
lucklucky, o que há mais é publicidade enganosa:
-Quanto mais jogar mais hipótese tem de ganhar. Errado, mais hipótese tem de perder (dinheiro).
-Se tem problemas financeiros, telefone já, e ficam resolvidos. Isto na SIC ou TVI.
-Burla mesmo é quando nos jogos fora de horas fazem uma pergunta simples, para apanhar o valor acrescentado de muitas chamadas, e fingem que ninguém está a tentar ligar..
1. A Santa Casa, por muito desperdício e ineficiencia que tenha, ainda serve uma função social no Portugal profundo (isto é, que não é sexy para aparecer na TV)
2. O Estado tem todo o direito a cobrar um imposto sobre rendimentos, e ganhar a lotaria é um rendimento. Se o imposto é proporcionalmente elevado ou não isso é outra discussão
3. @ tip@ que desenhou o grafismo falhou por completo nos comentários. É quase impossível preencher os campos necessários