O governo prepara-se para subir impostos indirectos que recaem desproporcionalmente sobre os mais pobres e a classe média. Mas essa é uma discussão que não importa ter. Por isso, foi lançada esta ideia do imposto adicional sobre o património acima de 500 mil euros. Ao que se sabe excluirá primeira e segunda habitação, assim como património industrial. Ou seja, incidirá sobre aquelas pessoas que depois de descontada a primeira e a segunda habitação, mais as propriedades colocadas em nome de empresas, ainda têm mais de 500 mil euros. As 7 pessoas nestas circunstâncias tremem de medo e já se devem estar a preparar para vender esse património e colocar o dinheiro fora do país.
Por isso fica aqui a minha estimativa sobre a receita fiscal resultante desse imposto em 2017 (arredondada à dezena de milhão): zero. Será uma receita absolutamente irrelevante. No entanto, a discussão nos próximos dias vai-se centrar em muito neste imposto. E a esquerda conseguirá aquilo que procurava: centrar a discussão pública numa taxa sobre milionários que não existem e deixar em segundo plano os aumentos de impostos efectivamente relevantes pagos pela classe média.
Estamos assim numa situação em que a Geringonça finge que Portugal tem milionários para taxar, o eleitorado finge que acredita, e no final, a classe média paga a conta.
Apanhei agora mesmo um Kostémon Pink, raríssimo:
“Mota-Engil sem confiança para investir em Portugal ”
É impressão minha ou o país inteiro já percebeu que estes tipos são um descalabro?
“Estamos assim numa situação em que a Geringonça finge que Portugal tem milionários para taxar, o eleitorado finge que acredita, e no final, a classe média paga a conta.”
Na mouche!
Não tenho a certeza que exclua a 1ª e 2ª habitação.
Mas a Mariana já deve estar a pensar que, afinal, há muitos ricos com casas de pobres… por isso vai ser preciso começar a taxar casas de 100 mil euros, para que não haja nenhum “rico” a “fugir aos impostos”…
Muito bem visto, Carlos. E o problema é que a conversa de impostos sobre ricos soa logo alarmes para os investidores e estrangeiros que queiram viver em Portugal. Como os socialistas sempre viveram da política ou academia, não têm nenhuma sensibilidade para a vida real.
Cada vez que eles querem agradar ao povo com políticas populistas, tal como a polémica das escolas de associação, cada vez afastam mais o capital. Cada vez que exibem cartazes e disseminam propaganda anti-setor privado tal como esta nuvem de fumo, vai-se mais 0,3% de crescimento.
Parece-me claro que o Governo liderado pelo Dr António Costa já não olha a meios, equaciona e apressa-se a aumentar não apenas um imposto mas vários dado que precisa de ir buscar dinheiro a algum lado.