Michel Rocard 1930-2016

 

Entrevista concedida pelo ex-primeiro-ministro de François Mitterrand à Le Point, publicada na semana passada e cuja leitura recomendo pela sua pertinência e actualidade.

Rocard foi um socialista que não se revia nos socialistas de agora. La deuxième gauche, a que Rocard se referiu em 1977, não era marxista, acreditava na economia de mercado e, ao contrário do que sucede com os socialistas actuais, via a Europa com bons olhos. Não deixa de ser significativo que a acusação estampada na primeira página da Le Point tenha sido a última mensagem política.

7 pensamentos sobre “Michel Rocard 1930-2016

  1. lucklucky

    La deuxième gauche, a que Rocard se referiu em 1977, não era marxista, acreditava na economia de mercado.”

    Acreditava?
    O que é que se deve chamar a Miterrand que nacionalizou boa parte da economia repetindo as nacionalizações de 1937 – que atrasaram a produção de aviões e armamento contribuindo para a derrota da França- ?

  2. Euro2cent

    Os franceses é sempre a mesma coisa. Só sabem do umbigo deles, que é o maior.

    Não, gaita, a esquerda mais burra e retrógrada é a tuga, caraças.

    Ainda temos o leque todo de 1968, intacto, e cheio de fé na cartilha roída dos ratos que têm nuns altarzinhos com velas.

    Até me mete dó, e eu que nem sou tipo de acreditar em progressos.

  3. “O que é que se deve chamar a Miterrand que nacionalizou boa parte da economia”

    Este era precisamente o Miterrand da “primeira esquerda”, da aliança com os comunistas, das nacionalizações, da primeira fase da sua presidência, sobretudo de 1981 a 1983.
    Desde cedo que Roccard sempre se opôs a este Miterrand, mesmo no plano da liderança do PS francês.
    Só depois de uma forte viragem “à direita” da politica económica de Miterrand, com privatizações e medidas liberalizadoras de mercados, é que Roccard entra nos governos e, de 1988 a 1991, é mesmo o primeiro ministro de um governo “de abertura”.
    Michel Roccard nunca deixou de se considerar de esquerda.
    Mas é verdade que representou uma “segunda esquerda”, mais social-democrata, mais demarcada da inspiração marxista e apostando mais na economia de mercado.
    Dai, mais recentemente, o seu posicionamento critico face aos aspectos mais à esquerda da politica económica de François Holland
    Mas é possivel que estas “nuances” não importem para quem tem tendência para considerar que é tudo “socialismo” e mais nada !!…

  4. Pingback: Édouard Philippe – o novo PM francês – O Insurgente

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