16 pensamentos sobre “Sem significado estatístico”
A culpa é da lei das armas e das facas e dos prédios altos de onde são atirados para a morte os homossexuais. Ou então é nossa que não sabemos interpretar estatísticas e gráficos.
E efetivamente, com um N=1, não tem significado estatístico (este blogue tem muitos economistas, com certeza com conhecimentos de estatística; o Bel’Miró pode-lhes perguntar que eles concerteza confirmarão que é quase impossível ter estatisticas significativas com uma amostra de 1).
Demonstrando melhor – vamos imaginar que a hipótese nula é que qualquer destas religiões era igualmente capaz de dar origem a um massacre homofóbico; para simplificar vamos ignorar as diferenças populacionais entre as várias religiões e assumir que, se se verificasse a hipotese nula, qualquer destas religiões teria uma hipótese de 10% de inspirar um massacre.
Assim, um (1) massacre cometido por um muçulmano é algo que teria 10% de hipóteses de se verificar se o islamismo não tivesse nada a ver com isto – acima, portanto, dos 5% que se costuma usar como limiar para rejeitar uma hipotese
[Estou assumindo que o único massacre foi o de domingo; pode ser que ainda vá pesquisar se houve mais; já agora, se incluissemos a teosofia no gráfico, poderíamos atribuir-lhe a perseguição aos homossexuais na Alemanha nazi?]
Dito isto, eu até estou convencido que é mais provável que um muçulmano faça uma coisa destas do que um cristão – o meu ponto é mesmo a parte da “significância estatística”
Para pararmos um pouco e deixar de olhar para o nosso próprio umbigo
1995
“Massacre de Srebrenica foi o assassinato, de 11 a 25 de julho de 1995 de até 8.373 bósnios muçulmanos, variando em idade de adolescentes a idosos, na região de Srebrenica, pelo Exército Bósnio da Sérvia, sob o comando do General Ratko Mladić e com a participação de uma unidade paramilitar sérvia conhecida como “Escorpiões”.”
Conflitos entre cristãos
Conflito na Irlanda do Norte
“Tratava-se, em primeiro lugar, da população protestante (maioria), em favor de preservar os laços com a Grã-Bretanha, e do outro lado a população católica (minoria), em favor da independência ou a integração da província com a República da Irlanda, ao sul, país predominantemente católico. Ambas as partes recorreram às armas, e a província mergulhou em uma espiral de violência que durou desde o final da década de 1960 até a assinatura do Acordo de Belfast ou Acordo de Sexta-Feira Santa em 10 de Abril de 1998, que estabeleceu as bases para um novo governo, em que católicos e protestantes compartilhassem o poder.”
E por fim o mais perfido ataque etnico religioso
Holocausto
Assassinato em massa de cerca de seis milhões de judeus e um numero indeterminado ciganos, polacos, comunistas, homossexuais, prisioneiros de guerra soviéticos, Testemunhas de Jeová e deficientes físicos e mentais
É extraordinário o esforço que alguns fazem para branquear a motivação islâmica nos inúmeros atentados que ocorrem diariamente por esse mundo fora. Eles podem gravar vídeos, postar no facebook, recitar versículos do corão, matar enquanto gritam Alá é o maior…..que aparecem sempre os idiotas inúteis a negar a realidade.
Um texto do Sr Rui Ramos que explica vem quem sao estes terroristas “fanaticos religiosos”
“Recapitulemos o que consta sobre o assassino de Orlando. As redes sociais mostram-no em poses narcisistas; a ex-mulher lembra um marido misógino, violento e pouco religioso; os colegas de trabalho retiveram a sua propensão para o racismo e a homofobia. O que é que um indivíduo assim procurou no jihadismo? Muito provavelmente, a adrenalina da transgressão e o poder sobre os outros. Teria o jihadismo a mesma atracção para este viciado em selfies se consistisse em movimentos derrotados?”
“Para milhares de jovens como Omar Mateen, a guerra santa não é a experiência religiosa da tradição, mas a possibilidade de encarnar o matador do jogo de vídeo, o vilão do filme de super-heróis, o mauzão do gangsta rap. A jihad proporciona-lhes selfies imponentes, e não é por acaso que os jihadistas ocidentais deixam rastos tão grandes nas redes sociais.”
O massacre de Srebrenica foi amplamente reportado nos media como “chacina homofóbica”, tem razão.
Outros conflitos reportados nos media como “chacina homofóbica”, tem toda a razão.
Mais um grande exemplo que vem em todos os livros de história de uma “chacina homofóbica”.
“aparecem sempre os idiotas inúteis a negar a realidade.”
E o que os terroristas fazem? Mais ataques com mais vídeos, posts no facebook, versículos do corão, gritos de Alá é o maior.
E o que fazem os idiotas úteis? Voltam a negar a motivação islâmica nos atentados.
E o ciclo recomeça…
Quantas mais pessoas terão de morrer até abrirem a pestana? (Em Madrid, 2004, a culpa era da ETA)
Mas alguém nega a motivação islâmica dos autores destes atentados especificos? A polémica não é se estes antentados especificos foram inspirados pelo islamismo dos seus autores, mas sim sobre se há uma relação necessária e/ou suficiente entre o islamismo e os atentados (uma analogia: penso que ninguém nega que Timothy McVeigh e Terry Nichols seriam uma espécie de liberais – no sentido europeu da palavra; mas pode-se daí estabelecer uma relação entre liberalismo e atentados terroristas?)
Miguel Madeira,
Mas que paralelo mais disparatado !!…
Os liberais não encorajam os seus simpatizantes e seguidores a cometerem atentados bombistas e a matar gente !
Além disso, Timothy McVeigh e Terry Nichols não têm nada a vêr com o que se designa normalmente por liberalismo.
A circunstância de serem contra qualquer tipo de governo central não faz deles “uma espécie de liberais”.
Nem sequer são minimamente “inspirados” pelo liberalismo.
São simplesmente extremistas violentos e terroristas que se reclamam de ideologias iliberais e totalitárias, quando muito classificadas como sendo de “extrema-direita” (querer impôr pela força uma sociedade dita “sem Estado” é também um projecto iliberal ; Marx não dizia outra coisa com a sua sociedade comunista sem classes nem Estado que seria o estádio supremo do socialismo ; como são iliberais e totalitários os anarquistas violentos classificados na “extrema-esquerda”).
Miguel Madeira, os terroristas são homens, ninguém nega. Será que podemos estabelecer uma relação entre testosterona e terrorismo? E se esta relação for abusiva, como atrair mais mulheres para o terrorismo?
A culpa é da lei das armas e das facas e dos prédios altos de onde são atirados para a morte os homossexuais. Ou então é nossa que não sabemos interpretar estatísticas e gráficos.
E efetivamente, com um N=1, não tem significado estatístico (este blogue tem muitos economistas, com certeza com conhecimentos de estatística; o Bel’Miró pode-lhes perguntar que eles concerteza confirmarão que é quase impossível ter estatisticas significativas com uma amostra de 1).
Demonstrando melhor – vamos imaginar que a hipótese nula é que qualquer destas religiões era igualmente capaz de dar origem a um massacre homofóbico; para simplificar vamos ignorar as diferenças populacionais entre as várias religiões e assumir que, se se verificasse a hipotese nula, qualquer destas religiões teria uma hipótese de 10% de inspirar um massacre.
Assim, um (1) massacre cometido por um muçulmano é algo que teria 10% de hipóteses de se verificar se o islamismo não tivesse nada a ver com isto – acima, portanto, dos 5% que se costuma usar como limiar para rejeitar uma hipotese
[Estou assumindo que o único massacre foi o de domingo; pode ser que ainda vá pesquisar se houve mais; já agora, se incluissemos a teosofia no gráfico, poderíamos atribuir-lhe a perseguição aos homossexuais na Alemanha nazi?]
Dito isto, eu até estou convencido que é mais provável que um muçulmano faça uma coisa destas do que um cristão – o meu ponto é mesmo a parte da “significância estatística”
Para pararmos um pouco e deixar de olhar para o nosso próprio umbigo
1995
“Massacre de Srebrenica foi o assassinato, de 11 a 25 de julho de 1995 de até 8.373 bósnios muçulmanos, variando em idade de adolescentes a idosos, na região de Srebrenica, pelo Exército Bósnio da Sérvia, sob o comando do General Ratko Mladić e com a participação de uma unidade paramilitar sérvia conhecida como “Escorpiões”.”
Conflitos entre cristãos
Conflito na Irlanda do Norte
“Tratava-se, em primeiro lugar, da população protestante (maioria), em favor de preservar os laços com a Grã-Bretanha, e do outro lado a população católica (minoria), em favor da independência ou a integração da província com a República da Irlanda, ao sul, país predominantemente católico. Ambas as partes recorreram às armas, e a província mergulhou em uma espiral de violência que durou desde o final da década de 1960 até a assinatura do Acordo de Belfast ou Acordo de Sexta-Feira Santa em 10 de Abril de 1998, que estabeleceu as bases para um novo governo, em que católicos e protestantes compartilhassem o poder.”
E por fim o mais perfido ataque etnico religioso
Holocausto
Assassinato em massa de cerca de seis milhões de judeus e um numero indeterminado ciganos, polacos, comunistas, homossexuais, prisioneiros de guerra soviéticos, Testemunhas de Jeová e deficientes físicos e mentais
vamos lá dar crédito a quem merece:
http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-33752111
É extraordinário o esforço que alguns fazem para branquear a motivação islâmica nos inúmeros atentados que ocorrem diariamente por esse mundo fora. Eles podem gravar vídeos, postar no facebook, recitar versículos do corão, matar enquanto gritam Alá é o maior…..que aparecem sempre os idiotas inúteis a negar a realidade.
Um texto do Sr Rui Ramos que explica vem quem sao estes terroristas “fanaticos religiosos”
“Recapitulemos o que consta sobre o assassino de Orlando. As redes sociais mostram-no em poses narcisistas; a ex-mulher lembra um marido misógino, violento e pouco religioso; os colegas de trabalho retiveram a sua propensão para o racismo e a homofobia. O que é que um indivíduo assim procurou no jihadismo? Muito provavelmente, a adrenalina da transgressão e o poder sobre os outros. Teria o jihadismo a mesma atracção para este viciado em selfies se consistisse em movimentos derrotados?”
“Para milhares de jovens como Omar Mateen, a guerra santa não é a experiência religiosa da tradição, mas a possibilidade de encarnar o matador do jogo de vídeo, o vilão do filme de super-heróis, o mauzão do gangsta rap. A jihad proporciona-lhes selfies imponentes, e não é por acaso que os jihadistas ocidentais deixam rastos tão grandes nas redes sociais.”
o resto aqui
http://observador.pt/opiniao/jihadi-cool/
O massacre de Srebrenica foi amplamente reportado nos media como “chacina homofóbica”, tem razão.
Outros conflitos reportados nos media como “chacina homofóbica”, tem toda a razão.
Mais um grande exemplo que vem em todos os livros de história de uma “chacina homofóbica”.
“aparecem sempre os idiotas inúteis a negar a realidade.”
E o que os terroristas fazem? Mais ataques com mais vídeos, posts no facebook, versículos do corão, gritos de Alá é o maior.
E o que fazem os idiotas úteis? Voltam a negar a motivação islâmica nos atentados.
E o ciclo recomeça…
Quantas mais pessoas terão de morrer até abrirem a pestana? (Em Madrid, 2004, a culpa era da ETA)
Mas alguém nega a motivação islâmica dos autores destes atentados especificos? A polémica não é se estes antentados especificos foram inspirados pelo islamismo dos seus autores, mas sim sobre se há uma relação necessária e/ou suficiente entre o islamismo e os atentados (uma analogia: penso que ninguém nega que Timothy McVeigh e Terry Nichols seriam uma espécie de liberais – no sentido europeu da palavra; mas pode-se daí estabelecer uma relação entre liberalismo e atentados terroristas?)
Miguel Madeira,
Mas que paralelo mais disparatado !!…
Os liberais não encorajam os seus simpatizantes e seguidores a cometerem atentados bombistas e a matar gente !
Além disso, Timothy McVeigh e Terry Nichols não têm nada a vêr com o que se designa normalmente por liberalismo.
A circunstância de serem contra qualquer tipo de governo central não faz deles “uma espécie de liberais”.
Nem sequer são minimamente “inspirados” pelo liberalismo.
São simplesmente extremistas violentos e terroristas que se reclamam de ideologias iliberais e totalitárias, quando muito classificadas como sendo de “extrema-direita” (querer impôr pela força uma sociedade dita “sem Estado” é também um projecto iliberal ; Marx não dizia outra coisa com a sua sociedade comunista sem classes nem Estado que seria o estádio supremo do socialismo ; como são iliberais e totalitários os anarquistas violentos classificados na “extrema-esquerda”).
Miguel Madeira, os terroristas são homens, ninguém nega. Será que podemos estabelecer uma relação entre testosterona e terrorismo? E se esta relação for abusiva, como atrair mais mulheres para o terrorismo?