Leitura dominical

Pré-match, a crónica de Alberto Gonçalves no DN.

(…) Graças a uma entrevista na Visão, conheci a secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão. Que ser humano encantador! Ela é frontal. Ela é fã de Bruce Springsteen. Ela é do Sporting. Ela é de esquerda. Ela é “mesmo lisboeta”. Ela é “superavessa” (sic) a maquilhagem. Ela foi aluna (e colaboradora) de Marcelo, que lhe deu um 18. Ela tem Mandela, Soares e Salgueiro Maia como “referências políticas”. Ela não tem medo. Ela tem duas filhas. Ela sonha com “igualdade e democratização” no ensino. Ela lembrou-se de acabar com os “contratos de associação” com os colégios privados. Ela mantém as filhas inscritas num colégio privado. Ela viu a aparente contradição apontada nas redes sociais. Ela explica: “As minhas filhas fizeram o jardim-de-infância e a primária numa escola pública. E agora estão na Escola Alemã. (…) tem a ver com a opção por um currículo internacional. Para mim era importante que elas tivessem uma educação com duas línguas que funcionem quase como maternas, digamos assim. Se assim não fosse, andariam obviamente numa escola pública.”

Ficou claríssimo. A dra. Leitão quer providenciar aos rebentos um “currículo internacional”, distinção que, no seu entender, o ensino público, “obviamente” fantástico, não assegura. Mas isso é ela, que além de dotada intelectual e financeiramente possui consciência social. Sem dinheiro nem cabeça, a ralé não pode alimentar “opções” assim. Não se espera que, em vez de patrocinar escolas e sindicatos, o Estado patrocine uma educação melhorzinha para a descendência dos simples, a qual deve saber o seu lugar e perceber que daí não sairá. De resto, ao povo basta meia língua e um currículo nacional, ou o nível de instrução suficiente para aplaudir o fervor igualitário e democrático de sua excelência, a senhora secretária de Estado.

9 pensamentos sobre “Leitura dominical

  1. Fernand Personne

    Ela é estúpida. Ela é gorda. Ela é feia. Ela é má. Ela é porca!

    “Ela sonha com “igualdade e democratização” no ensino. (…) Para mim era importante que elas tivessem uma educação com duas línguas que funcionem quase como maternas, digamos assim. Se assim não fosse, andariam obviamente numa escola pública. (…) quer providenciar aos rebentos um “currículo internacional”, distinção que, no seu entender, o ensino público, “obviamente” fantástico, não assegura.”

    Ou seja, para os filhos dos outros, ela sonha com a “igualdade e democratização” no ensino mas do tipo ensino público: sem 2 línguas, sem currículo internacional, sem piscinas, sem actividades extra-curriculares. Como boa socialista que é, nivela sempre por baixo! Grande animal.

  2. Retirando os insultos, concordo inteiramente com o Fernand.
    A voluntariosa Secretária de Estado tomou uma decisão irreflectida, que muito vai prejudicar muitos jovens oriundos de famílias carenciadas, sem vantagens que se vejam, antes pelo contrário.

  3. AG uma vez que temos o Caixa Campus no Seixal porque não propor que o SLB assuma os encargos dos vencimentos da administração da Caixa. A partida identifico duas vantagensz: poupança do incomomio a ggeringonça por ter de engolir um sapo gordo; início da amortização do desfalque do orelhas de 17 milhoes euros via bpn.se concordar com esta sugestão solicito ampla divulgação eventualmente uma peticao ao charroco.sublinho por último numa declaração de interesses eu quero o Sporting campeão!

  4. Fernand Personne

    “Retirando os insultos” – não se deve retirar os insultos, temos que chamar os bois, neste caso, a vaca (será voadora?) pelos nomes. O insulto é a melhor defesa contra o estado geral de bovinidade!

    O que aquela grande idiota disse foi, simplesmente, isto:

    “Se assim não fosse, [se eu não quisesse a melhor educação para as minhas filhas], andariam obviamente numa escola pública.”

    Grande desgraçada! Gente como ela devia ser presa pelo mal que fazem na sociedade em geral.

  5. jo

    Defende então que todos os colégios privados devem ser pagos pelo Estado.
    Porquê ficar pelos colégios?
    O povo não tem direito a dormir em hotéis de 5 estrelas quando quer. Subsidiem-se os hotéis.
    O povo não pode comprar Ferraris, subsidiem-se os carros de luxo.
    Ah! É verdade, o lóbi dos hotéis e dos importadores de automóveis não tem força suficiente… azar.

  6. JO : “Defende então que todos os colégios privados devem ser pagos pelo Estado.”

    Ninguém defende que “os colégios privados devem ser pagos pelo Estado”.
    O que se defende é que o Estado possa pagar a escolas privadas pelo ensino publico que estas possam prestar.
    E nem sequer se está a defender que sejam “TODOS”.
    Desde logo aqueles que já existem, que foram inicialmente contratados porque o Estado nem sequer tinha na altura capacidade instalada para o fazer, e têm vindo a fazer esse trabalho com custos não superiores para o Estado, com qualidade, com bons resultados e a contento das familias beneficiadas.
    Tenha-se em conta que, sem a contribuição do Estado, muitas destas familias não teriam sequer condições para dar aos seus filhos um ensino de qualidade.
    Não estamos sequer a falar de muitas escolas.
    Até agora, o numero de alunos do ensino publico em escolas privadas contratualizadas representava apenas 4% do total.
    O que era ainda muito pouco, nomeadamente quando comparado com o que acontece já noutros paises europeus mais avançados : 20% em Espanha, 25% em Franca, 50% no RU, 75% na Holanda.
    Tudo apontava para que Portugal continuasse a aumentar a parte do ensino publico contratualizado com escolas privadas de modo a descentralizar o sistema e a melhorar a qualidade média das prestações.
    Mas afinal não é o que está a acontecer com o governo actual (mais uma “reversão”) : no imediato aquela percentagem vai ser reduzida para 2% e dentro de 3 anos pode mesmo desaparecer completamente.

    Obviamente que é uma pouca vergonha a disparidade entre aquilo que a “esquerda caviar” defende e faz.
    “Faz o que eu digo, não faças o que eu faço !”

  7. JO : “O povo não tem direito a dormir em hotéis de 5 estrelas quando quer. Subsidiem-se os hotéis. O povo não pode comprar Ferraris, subsidiem-se os carros de luxo.”

    Se o “direito a dormir em hoteis de 5 estrelas” e a ter “carros de luxo” estivesse inscrito na Constituição !!…

    Mas, pela lógica do governo actual, os hoteis e os importadores de carros de luxo privados não seriam sequer “subsidiados” – o Estado teria a sua própria cadeia de hoteis “do povo” e teria as fábricas para produzir internamente os ditos carros “de luxo” !
    Este modelo de sucesso é mais conhecido por … “comunismo” !!

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