O Coeficiente de Gini mede (aqui) a desiguladade na distribuição de rendimentos. Expressa-se em pontos percentuais. Um Coeficiente de Gini igual a 100% representa o caso em que uma só pessoa recebe todo o rendimento de um país. Com 0%, tod0s os indivíduos da população recebem exatamente a mesma quantidade de rendimento.
Em 2014, o Coeficiente de Gini português registou a segunda marca mais baixa da história. Em 2010, último ano em que o PS governou antes de regressar sob a forma de geringonça, não só o Coeficiente de Gini foi mais elevado do que em 2014, como registou nesse ano a mais acentuada subida desta série. Muito provavelmente voltará a aumentar em 2016, pois o mix fiscal adoptado pela esquerda no poder carregou sobre os impostos indirectos, que são regressivos e, portanto, têm efeitos redistributivos desfavoráveis às pessoas de menores rendimentos. Vamos ter de esperar para ver.
A fonte é o INE e o Eurostat, via Pordata.
Bom post mas está no país errado. Ninguém vai querer saber do Coeficiente de Gini para nada. Nem entendem o que isso é.
A única coisa que entendem neste país é que o salvador Costa acabou com a austeridade. E repôs os salários da FP e aumentou as reformas, as mais baixas, em € 0.60. E ninguém refila. Aumentou despudoradamente os impostos indirectos e as pessoas estão mais felizes que nunca. Acabou a emigração de repente, os media regozijam com a nova ordem portuguesa, voltámos a ser o país de merda que a maioria adora ser.
Não vale a pena perder muito tempo a tentar mudar o imutável. 40 anos de lavagem ao cérebro não se resolvem em 4. São precisos muito mais.
Boa sorte…
Mais uma demonstração que a Direita Socialista ajuda a destruir a inovação e criação em Portugal.
LUCKLUCKY : “uma demonstração que a Direita Socialista ajuda a destruir a inovação e criação em Portugal.”
Porque “a inovação e criação” estava no máximo em 2004 ?!!…
A pergunta de Fernando S é pertinente e há mais: o coeficiente de Gini nada nos diz sobre o dispositivo que reduziu a desigualdade de rendimentos, se ela foi reduzida ao nível da distribuição primária, pela remuneração dos factores em mercado mais ou menos concorrencial, se por efeito da redistribuição. De resto, se o coeficiente de Gini estivesse relacionado diretamente com a inovação e criação, o Haiti, Angola ou as Comores seriam muitíssimo mais criativos do que os EUA, Singapura, para não falar da Noruega, dos países menos criativos e inovadores do mundo.
“Porque “a inovação e criação” estava no máximo em 2004 ?!!…”
Não faço ideia, a queda de Gini quer dizer que não há grande inovação, a sua subida poder querer dizer que há ou que não há. Pode-se aumentar o Gini por dar privilégios.
Por lógica o crescimento fomenta a desigualdade, o grau esta pode obviamente variar caso o crescer depender de muitos ou de poucos.
A palavra inovação quer dizer coisa ou coisas únicas que nunca foram feitas num determinado local, tecnologia.
Inovação aparece num projecto, na cabeça de um ou de poucos raramente na de muitos. Esses vão ganhar prosperidade sobre os demais.
Quer a inovação quer o crescimento levam à desigualdade.
“Throughout history, poverty is the normal condition of man. Advances which permit this norm to be exceeded — here and there, now and then — are the work of an extremely small minority, frequently despised, often condemned, and almost always opposed by all right-thinking people. Whenever this tiny minority is kept from creating, or (as sometimes happens) is driven out of a society, the people then slip back into abject poverty.
This is known as “bad luck.”
Robert A. Heinlein
“Não faço ideia …”
Então não pode dizer o que disse sobre a governação da direita a seguir a 2011 !!
Como sugere o Jorge Costa, o coeficiente de gini pode evoluir por diferentes razões e não se podem tirar ilacções sobre “a inovação e criação” apenas a partir deste idicador sobre o grau de desigualdade.
Ainda menos relativamente a periodos relativamente curtos.
O que o lucklucky diz no comentário anterior, sobre o facto do crescimento e da inovação poderem ser acompanhados e até favorecidos por um aumento da desigualdade, não é falso em certas circunstâncias.
Em particular, é verdade que uma forte igualdade forçada é inimiga do investimento privado e, consequentemente, da inovação e do crescimento.
A história está repleta de exemplos disto, incluindo o que aconteceu nos regimes comunistas, que começaram por forçar artificialmente a igualdade através da eliminação dos ricos mas que acabaram ainda mais inegualitários do que antes.
Mas também não é uma lei geral.
Por exemplo, o desenvolvimento do capitalismo, no longo prazo (secuar) acabou por fazer diminuir a desigualdade que vinha do antigo regime.
Poderiamos dizer que uma maior igualdade não é uma condição prévia do crescimento e da inovação mas antes uma consequência estrutural do capitalismo.
O ponto que o Jorge Costa quiz realçar – pelo menos foi o que eu percebi – foi apenas que, ao contrário do que diz a propaganda da esquerda, os 4 anos de governo austeritário da direita não fizeram aumentar a desigualdade.