A nossa torradeira vulcânica caixa em 2 (ou 3) números:
- 6.º ano consecutivo de prejuízos;
- 5.º aumento de capital desde 2009;
- 6.400 milhões de euros acumulados de aumentos de capital;
- Mais de 2.000 milhões de euros de prejuízos acumulados desde 2011 (ainda faltam 3 trimestres para o ano acabar).
É a Caixa, com certeza!
A ideia de financiar “berardos” correu mal. Como de costume, a CGD serve apenas para fins politicos.
Seria interessante ter o gráfico desde 2005. O Problema deve ter começado antes de 2009.
A malta do PS julgou que se brincava aos bancos como quem brinca aos robalos ao mesmo tempo que a regulação pré-desastre nada via.
O problema é que o Jorge Costa quer criar um banco em Portugal e não consegue, tendo em conta esta estado das coisas…
Ora bem, porque não aproveitou a época de saldos para comprar o BPN ou assim… por 1 euro (foi vendido por menos que isso).
A incompetência está instalada e tem de fazer o seu percurso, mas o grave, o gravíssimo, é que todos os contribuintes têm de pagar esta anarquia dirigente. O país não acaba, mas a miséria e uma vida vegetativa para uma parte significativa da população está a caminho. É a vidinha portuga no seu máximo esplendor!
“O país não acaba, mas a miséria e uma vida vegetativa para uma parte significativa da população está a caminho.”
O país não acaba, o mundo não acaba, o sol continuará a nascer e a pôr-se e a vidinha só acaba com a morte. O problema é o tipo de vidinha que teremos. Que futuro teremos? Infelizmente, o futuro não me inspira confiança mas sim muito medo… Que tristeza tão grande…
Porque raio a maior crise financeira global dos últimos 80 anos provocou rombos de centenas de milhares de milhões de euros, em dezenas de bancos, por todo o mundo, e o maior banco português ficaria incólume?
Já passei os 40, mas acho que vou embora daqui, isto está a bater no fundo, peço desculpa mas confiscarem 40% do ordenado, mais impostos na gasolina IVA e etc. Não trabalho para chulos.
LUCAS GALUXO : “Porque raio a maior crise financeira global dos últimos 80 anos provocou rombos de centenas de milhares de milhões de euros, em dezenas de bancos, por todo o mundo, e o maior banco português ficaria incólume?”
Porque é publico …
Logo, bem gerido, não especula com produtos “tóxicos” nem se envolve em negociatas duvidosas, …
Logo, não é sugado e descapitalizado por accionistas sedentos de lucros fáceis e imediatos …
Antes pelo contrário, tem sido regularmente e generosamente capitalizado pelo accionista Estado (isto é, por nós) …
Afinal, parece que os problemas com a banca privada não resultam da natureza privada do capital e da gestão e dos desmandos dos seus accionistas e gestores mas sim da “maior crise financeira global dos últimos 80 anos” …
O Lucas Galuxo até tem razão : um banco publico não é por definição melhor do que os privados !
Mas, sendo assim, porque raio tem o Estado de ser à partida propriétario de um banco ?..
O que é que a CGD tem de vantagens ou não tem de desvantagens que os bancos privados não tenham ou tenham ?..
Os bancos privados até têm à partida (e normalmente à chegada) uma grande vantagem sobre os publicos : não dependem de uma tutela governamental que administra segundo critérios politicos e regem-se sobetudo por critérios económico-financeiros.
Vendo bem, tendo em conta o total acumulado de dinheiro “injectado” (e a “injectar” no futuro) pelo Estado na CGD (e noutros bancos quando eram publicos), fica bem mais barato aos contribuintes que o Estado não seja propriétario permanente de nenhum banco e intervenha pontualmente nos bancos privados, se for mesmo o caso de intervir, apenas quando é preciso e na estrita dimensão do que é indispensável.
Fernando S,
O Estado português recebeu muitos dividendos da Caixa até ao eclodir da maior crise financeira global dos últimos 80 anos. Se temos que roer-lhes os ossos, quando a coisa dá para o torto, que fiquemos também com o bife, quando tudo corre bem. Até para tranquilidade dos depositantes, para que tenham sempre disponível, pelo menos um, um banco com risco igual ou superior ao risco país.
Lucas Galuxo, a partir de agora não há mais bife, só ossos, portanto é vendê-la.. Como aqueles seus colegas que dizem: a teta do Euro secou, então toca a sair (e não pagar a dívida).
E o que é ainda mais gritante é que o rombo que a CGD tem dado ao Estado ao longos dos anos é muito maior do que o de todos os bancos privados juntos!
Sem dúvida que este é um país feito à medidas dos funcionários públicos: desde ordenados, ao serviço de saúde e até ao próprio banco.
E depois ainda há totós do setor privado a votar na esquerda, quando tudo o que a esquerda faz é desviar fundos do privado para a função pública.
E os bancos privados só custaram bateladas ao Estado porque era a esquerda a governar na altura. Quanto ao BPN, Cadilhe disse para compensar apenas os depositantes, mas Sócrates e Teixeira dos Santos resolveram nacionalizá-lo.
O que a esquerda tem custado aos portugueses!…Tal como Joaquim Tapadinhas disse, uma vida vegetativa, a contar tostões, famílias separadas por emigração, etc.
Siga-se a mesma política do Tiago para o ensino.
É inconcebível que ao lado da CGD existam bancos privados a fazer-lhe concorrência.
Duplicação de despesas
E depois das falências o próprio estado vai injectar-lhes milhões.
Fechem já os bancos privados.
Não é senhor tiago?
E problema resolvido, senhor monhé.
Lucas Galuxo,
A missão e o papel do Estado não é ter e gerir empresas para ter dividendos.
Faz ainda menos sentido quando o saldo acumulado entre o dinheiro que é gasto e os dividendos é … negativo !
A missão e o papel do Estado é assegurar serviços publicos que não competem ou não podem ser fornecidos pelos privados e regulamentar as actividades privadas.
Não é fazer, muito pior, aquilo que os privados podem fazer, muito melhor.
Para ter as receitas indispensáveis à cobertura dos seus gastos, o Estado tem a possibilidade de cobrar impostos e taxas pelos serviços.
É muito mais eficaz e transparente.
Quanto à tranquilidade dos depositantes, o melhor contributo que o Estado pode dar é reduzir ao minimo o risco do … pais !…
O melhor modo de o fazer é controlando e limitando os seus gastos e favorecendo a existência de uma economia privada dinâmica e próspera.
Não é metendo-se em tudo e gastando o dinheiro dos contribuintes e dos credores em empresas publicas que poderiam e deveriam ser privadas.
“O Estado português recebeu muitos dividendos da Caixa até ao eclodir da maior crise financeira global dos últimos 80 anos. ” Este argumento ouve-se bastante, mas nunca o vi explicitado com números: em quantos anos é que o Estado recebeu dividendos da CGD (ou da GALP, CP, EDP, etc.) , e qual o montante desses dividendos comparado com as ajudas que essas empresas receberam do Estado? Terá de facto o saldo para o Estado sido positivo?….
PS: E se o saldo é positivo (como por exemplo o PCP e o BE tendem a sugerir) isso não significa que (na linguagem marxista advogada por estes quadrantes políticos) a distribuição dos dividendos para o Estado é moralmente tão abjecta como a distribuição de dividendos aos donos do capital, uma vez que a existência desses dividendos prova que a CGD (ou GALP, CP, EDP, etc.) se apropriou da mais-valia do trabalho dos colaboradores dessas empresas, que não foi por isso correctamente remunerado? 😉
A gestão do Carlos Santos Ferreira + Armando vara já foi escrutinada para eventualmente abertura de processos judiciais por gestão danosa? Madoff em seis meses estava condenado a 150 anos de choldra por cá continuo a ver estes chulos a usufruírem de uma situação económica invejável e aguardarem o fim da iinvestigação que vão habilmente protelando com expedientes dilatorios preparados por antecipação pelos grandes escritórios de advogados com o Proença a cabeça e o servulo no rabo.estendo esta apreciação ao Ricardo ddt e respectiva trupe.
A CGD emprestou dinheiro a muitos projectos inviáveis.
Antigamente, digo anos 60, 70, 80 e 90, os projectos turísticos eram feitas por fases, penso em Vilamoura ou na Quinta do Lago. Construíam-se umas casas, apartamentos e lojas, e uns anos depois, ou mesmo mais de uma década mais tarde, se houvesse condições, avançava-se com outra fase de expansão.
O que sucedeu a partir dos anos Guterres? É ir ao Algarve e ver os PINs e mega urbanizações na falência. Quem emprestou o dinheiro? Algum foi a Caixa. Houve mão política? Ora investigue-se o caso do Autódromo do Algarve, ou o caso da lagoa dos Salgados. E as urbanizações do Alqueva que não avançaram porque Passos chegou ao poder? E Tróia? E a Comporta? E a região de Óbidos? E o golfe do Marvão?
Já agora, o caso da recente falência do Alisuper no Algarve merecia ser primeira página nos jornais. É o exemplo perfeito do que acontece quando a política se mete na economia real para não deixar falir o que não é viável. E os buracos ficam na banca portuguesa.
Mas o grande cancro da nossa economia pós-cavaquismo foi a construção civil e obras públicas. Ausência de mercado de arrendamento e de reabilitação urbana, crédito à habitação ao desbarato, obras públicas desnecessárias, auto-estradas em vez de IPs, estádios do Euro, rotundas, compra de segunda habitação no Algarve com crédito à banca, que por sua vez se endividava lá fora…
Os portugueses ainda não perceberam a asneira colossal que fizeram ao longo de 20 anos.
Acrescento que continua a existir um excesso de balcões da CGD.
Por exemplo, Tavira para 25 mil habitantes tem um balcão. O Baixo Guadiana (VRSA, Monte Gordo e Castro Marim) para os mesmos 25 mil habitantes tem 3 balcões, e já teve 4.
No Porto em torno do Pólo Universitário da Asprela há 3 balcões, e não muito longe existem mais 2. E já foram encerrados em anos recentes dois balcões nas Antas.
Recentemente encerrou o balcão do Novo Banco do Centro Comercial ao lado do São João, hospital que por sua vez tem no seu interior um balcão do Novo Banco…
Há margem para encerrar umas dezenas de balcões da CGD pelo país.