Eu, a distribuir elogios no Diário Económico.
A blindagem dos estatutos das empresas, especialmente a banca, nunca teve outro objectivo que não fosse proteger certos accionistas à custa de todos os outros, dos consumidores de serviços bancários e dos contribuintes.
Caro Helder, é isso mas não é apenas isso.
Essa “blindagem” foi inventada por administradores de bancos, como Jardim Gonçalves, para poderem mandar sem contestações.
Fez com que na prática as administrações dos bancos fossem os verdadeiros donos e não os accionistas.
Tudo isso se enquadra no perfil nacional de estagnação que caracteriza Portugal.
Faça a si próprio a mesma pergunta que faço a mim: quantos ricos novos surgiram em Portugal nos últimos 40 anos?
Eu comparo sempre com os EUA: há 25 anos atrás o Bill Gates ainda não era o Homem mais rico do Mundo. E muito mais ricos têm aparecido por lá ao longo do tempo. Em Portugal são sempre os mesmos há décadas consecutivas.
Vivemos no típico país da esquerda: conservador, reaccionário, contrário à inovação (uber dixit), estratificação social cristalizada, clientelismo do Estado, nepotismo, compadrio, ausência de mérito para reconhecimento empresarial e social, etc.
Não é por acaso que já tivemos 3 resgates do FMI e vamos a caminho do 4º.