A cor do género (e da génera)

O tetracromatismo é uma variação genética em relação ao comum tricromatismo que se caracteriza por um quarto canal de recepção de cores (a maioria dos humanos tem apenas três). Um tetracromata vê um espectro mais amplo, ampliado até às radiações ultravioletas de maior comprimento de onda, e tem uma melhor aptidão na diferenciação das cores, uma paleta mais rica, mais refinada, entre o violeta e o vermelho. Sabe-se ainda que a condição ocorre com mais frequência nas mulheres do que nos homens.

Semelhantes considerações biológicas têm sido feitas para explicar o desvio feminino para o rosa dentro da preferência global dos humanos pelo azul. Os progressistas, porém, empenhados na cruzada contra os estereótipos, o épimiles e a organização espacial das lojas de brinquedos, fazem orelhas moucas à ciência e negam os dados, refugiando-se no «condicionamento cultural», a Trindade da nova religião. O seu amor pela genética e pelo darwinismo esgota-se no potencial para irritar os criacionistas. Para lá disso, tudo aquilo que ameaçar o edifício ideológico que construíram para controlar e prescrever a vida dos outros é devidamente assinalado com o rótulo de heresia.

Um pensamento sobre “A cor do género (e da génera)

  1. Não faz muito sentido. A escolha do cor de rosa para vestir as meninas é uma construção social com pouco mais de 150 anos.
    Noutras culturas associar o rosa ao sexo feminino poderá ser algo descabido.
    Já agora aproveito para apresentar Sua Majestade Bhumibol Adulyadej, Rei da Tailândia.

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